terça-feira, 29 de março de 2011

Lula homenageado em Lisboa e Coimbra (29mar2011)

"O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva vai receber hoje na Assembleia da República, em Lisboa, o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Centro Norte-Sul do Conselho da Europa. A homenagem, que Lula receberá ao lado de Louise Arbour, presidente do International Crisis Group, a outra galardoada, antecederá outra importante distinção, a de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra.

Por Domingos G. Serrinha, Correspondente Brasil

O Prémio Norte-Sul distingue anualmente personalidades que, pela sua acção e exemplo, contribuem para a promoção da solidariedade e interdependência mundiais. Lula foi escolhido este ano, segundo o Centro Norte-Sul, pelo dinamismo que imprimiu às relações Sul-Sul e por ter conduzido uma política externa apostada em promover à escala mundial a luta contra a pobreza, o desenvolvimento económico e a igualdade social.

Amanhã, Lula receberá em Coimbra o doutoramento honoris causa pela Faculdade de Direito, uma honra que, há anos, seria inimaginável para um operário pobre e pouco instruído. Um dos símbolos dessa ligação definitiva que Lula passará a ter com uma das mais antigas universidades europeias é um anel de ouro português. Criado pelo joalheiro António Cruz, o anel, maior do que o usual para estes casos, tem 13 gramas de ouro e um rubi cor de sangue de pombo, remetendo para as insígnias vermelhas do Direito.

A seu lado, amanhã, Lula terá outra mulher que faz história no mundo, a actual presidente do Brasil. Dilma Rousseff efectua uma visita de três dias a Portugal, a convite do homólogo Cavaco Silva. A presidente visita hoje, a título particular, a Universidade Coimbra, estando também presente amanhã na cerimónia de doutoramento do seu antecessor. De regresso a Lisboa, Dilma encontra-se com o presidente da República e com o primeiro-ministro José Sócrates."


Comentário: Se aqui a grande mídia não publica, por querer jogar Lula no esquecimento, eu ajudo a publicar, porque quando o fhc recebeu esse mesmo título não faltaram loas ao "iluminado" presidente intelectual que fala francês (dizem os entendidos que um francês bem ruim).

Alguns blogueiros temem que, depois dessa, fhc se enforque num pé de couve, pulando do  banquinho abraçado a uma bíblia.


Até 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que você bebe (29mar2011)

Por Manuela Azenha, de Cuiabá (MT)

Há cinco anos, Lucas do Rio Verde, município de Mato Grosso, foi vítima de um acidente ampliado de contaminação tóxica por pulverização aérea. Wanderlei Pignati, médico e doutor na área de toxicologia, fez parte da equipe de perícia no local. Apesar de inconclusiva, ela revelava índices preocupantes de contaminação.

Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pignati passou então a dirigir suas pesquisas à região Centro-Oeste. Professor na Universidade Federal do Mato Grosso, há dez anos ele estuda os impactos do agronegócio na saúde coletiva. É o estado onde mais se aplica agrotóxicos e fertilizantes químicos no Brasil, país campeão no consumo mundial dessas substâncias. Pignati alerta que três grandes bacias hidrográficas se localizam no Mato Grosso, portanto quando se mexe com agrotóxico no estado, a contaminação da água produz impacto enorme.

O projeto de pesquisa coordenado por Pignati tem o compromisso de levar às populações afetadas os dados levantados e os diagnósticos. Para ele, é fundamental promover um movimento social de vigilância sanitária e ambiental que envolva não só entidades do governo, mas a sociedade civil organizada e participativa.

Diferentemente da União Européia, aqui a legislação não acompanha a produção de conhecimento científico acerca do tema. Segundo Pignati, a legislação nacional, permissiva demais, limita a poluição das indústrias urbanas e rurais, enquanto paralelamente a legaliza.

As portarias de potabilidade da água, por exemplo, ampliaram cada vez mais o limite de resíduos tóxicos na água que bebemos. E na revisão da portaria que está prestes a acontecer, pretende-se ampliar ainda mais.

Pignati condena a campanha nacional em prol do álcool e do biodiesel, energias que considera altamente prejudiciais e poluentes para o país que as produz: “Se engendrou toda uma campanha para dizer que o biodiesel viria da mamona, do girassol, de produtos que incentivariam a agricultura familiar, mas é mentira, vem quase tudo do óleo de soja”.

Assim como a pesquisadora cearense Raquel Rigotto, Pignati também questiona a confiabilidade do “uso seguro dos agrotóxicos”, um aparato de normas e procedimentos que mesmo se contasse com estrutura para seu funcionamento ideal, ainda assim não garantiria o manejo absolutamente seguro dos venenos.

Para Pignati, a falta de investimento na vigilância à saúde e ao ambiente no Brasil é uma questão de prioridade: “Tem muito dinheiro para vigilância, mas não para o homem. Existe um verdadeiro SUS que cuida de soja e gado, produtos para exportação”.

Veja a íntegra da entrevista aqui.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Obra de ferrovia no Mato Grosso está adiantada (25mar2011)

6 de janeiro de 2011

A construção do trecho da ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), que irá interligar os municípios de Alto Araguaia e Rondonópolis (a 415 km e 212 km de Cuiabá, respectivamente), está com 40% das obras executadas. A distância entre as duas cidades é de 260 quilômetros. A ferrovia é um importante modal esperado pelos produtos e industriais de Mato Grosso, pois ajudará no escoamento da produção, com frete reduzido se comparado ao rodoviário.

Na última semana, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) emitiu a licença para a instalação do terminal da América Latina Logística (ALL), em Itiquira, por onde passarão os trilhos até chegar em Rondonópolis. O investimento na construção do trecho está estimado em R$ 800 milhões, segundo o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Conforme ele, cerca de 60 km já passaram por terraplanagem, considerando que os trilhos foram instalados ao longo de 40 km. “Estamos com quase metade da obra concluída”. A construção do terminal de Itiquira terá início ainda este mês, com previsão de término em 6 meses.

A licença emitida pelo Ibama, segundo o superintendente do órgão em Mato Grosso, Ramiro Martins Costa, considerou todo um estudo de impacto ambiental e social. Ele explica que a Licença de Instalação (LI) abrange a Licença Prévia (LP), e considera também as audiências realizadas com a comunidade.

Ele acrescenta que, após a construção do terminal, ainda será necessário liberar a Licença de Operação (LO). A área cedida pela Prefeitura de Itiquira, localizada a 14 quilômetros do centro da cidade tem 73 hectares. Conforme a ALL, a capacidade do terminal será para carregar um trem com 120 vagões por dia, com a possibilidade de aumento gradativo de até dois trens/dia. Aproximadamente 200 colaboradores de Itiquira trabalharão no projeto.

Outro investimento ferroviário projetado para Mato Grosso é a chegada dos trilhos de Rondonópolis a Cuiabá, somando cerca de 200 km. Conforme o secretário estadual de Logística Intermodal de Transporte (Selit), Francisco Vuolo, essa obra custará cerca de R$ 750 milhões, devendo ser iniciada após a conclusão do trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis, prevista para 2012. Conforme ele, é estudada a possibilidade de transportar passageiros neste trecho, além grãos e farelos. A empresa que executará a obra será definida após a conclusão dos estudos de impacto, executados pelo governo de MT.

Fonte: ANTF

Extraído de: www.agenciat1,com.br

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mercadante sugere ônibus verde e trem magnético nos aeroportos do Rio para a Copa de 2014 (24mar2011)

Mercadante visitou a Coppe, da UFRJ, onde os dois projetos foram desenvolvidos


O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, sugeriu na manhã desta quinta-feira (17) que o ônibus movido a hidrogênio e o trem de levitação magnética desenvolvidos pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) sejam usados como meio de transporte nos aeroportos do Rio durante a Copa de 2014 e os Jogos de 2016.

O ônibus híbrido movido a eletricidade e a hidrogênio e o trem que dispensa a utilização de trilhos e de rodas foram desenvolvidos pela Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Mercadante sugeriu que o trem, batizado de Maglev-Cobra, faça a ligação entre os terminais 1 e 2 do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, na zona norte, e que o ônibus transporte passageiros entre este aeroporto e o Santos Dumont, localizado no centro do Rio.

- Há um esforço do ministério da Ciência e Tecnologia para apresentar essas duas alternativas de transporte já na Copa do Mundo.

Segundo Mercadante, o governo federal está negociando a implantação dos dois projetos pioneiros com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O coletivo foi desenvolvido com tecnologia 100% nacional e já faz o transporte de passageiros no campus do Fundão da UFRJ. O ônibus funciona de forma híbrida, com energia elétrica e bateria movida a hidrogênio, não emite poluentes e libera apenas vapor d’água.

O trem magnético é mais econômico, além de não poluir o meio ambiente. Segundo os coordenadores do projeto, implantar o sistema de levitação custa o equivalente a um terço do valor necessário para construir uma linha de metrô.

Mercadante citou uma medida provisória, de sua autoria, que permite que o governo brasileiro pague até 25% acima do valor do mercado em projetos que tragam inovação, mas deu um puxão de orelhas na iniciativa privada, que na sua opinião não investe o suficiente em inovação.

- É uma ousadia e a gente tem que apostar. Inovação é sempre uma aposta. A indústria automotiva tem que ajudar a financiar ciência e tecnologia. Não se pode ter uma postura passiva.

Ao visitar a Coppe hoje pela manhã, o ministro circulou entre os laboratórios no ônibus híbrido e “levitou” na plataforma do trem magnético.

- É silencioso e bem agradável. O design também é muito bonito.

Ao fim da visita, Mercadante concedeu uma entrevista coletiva e deu uma aula inaugural para estudantes da Coppe.

Fonte: R7

Foto: Tasso Marcelo / Agência Estado

Fonte para esta postagem: www.agenciat1.com.br

É uma universidade pública federal que desenvolve tecnologia.

Por outro lado, está chegando a hora de Cuiabá se mexer com relação à melhoria e humanização de seu transporte coletivo. Uma boa rede de transportes coletivos (ônibus, metrô de superfície etc.) permitiria que muitas pessoas deixassem em casa seus carros, preferindo o conforto de um veículo adequado que o apanhasse e o deixasse nas proximidades de origem e destino.


Agnelli amava Lázaro, que amava Dantas, que amava... (24mar2011)

Do sítio Tijolaço: Agnelli amava Lázaro, que amava Dantas, que amava...

A privataria de FHC aflora...

O cinismo e a guerra (24mar2011)

Do sítio Tijolaço: O cinismo e a guerra

Há posições diferentes do que noticia a grande mídia quanto à guerra na Líbia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Raízes (9mar2011)

Vou publicar fotos sem especificar os nomes. Quem os conhece, ou me conhece, saberá quem são. Se alguém tiver algo a acrescentar sobre as pessoas apresentadas nas fotos, pode fazer um comentário na postagem. Esse comentário não será publicado, exceto se o/a comentarista assim o quiser. A partir dos comentários poderei acrescentar informações sobre as fotos. Ainda assim, não colocarei nomes. Precaução com o que se divulga na internet, certo?


Começo por meu avô paterno. Era ferroviário e morreu relativamente jovem. Italiano, de Veneza. Trabalhou na Ferrovia Curitiba-Paranaguá. Esta é a única foto que tenho dele.

Minha avó paterna. Italiana, professora de Português. Oriunda de Forly, mas conheceu meu avô em Veneza, onde foi criada e vivia com sua família. Acompanhou o marido para o Brasil, sem a intenção de voltar à Itália. Ambos aprenderem rapidamente a falar o português e, segundo meu pai, não conversavam em italiano nem entre eles dois. Em italiano, somente cantavam árias de óperas: ela soprano e ele tenor.

Meu avô materno. Essa é a única foto que tenho dele. Espanhol, de Murcia, veio para o Brasil para ganhar a vida e voltar à Espanha. Deixou a chave de sua chácara com os parentes, seus vizinhos, e veio buscar meios de poder sobreviver em retornando à sua chácara. Nunca mais voltou. Nem para uma visita. Depois de trabalhar como lavrador em fazendas de café, tornou-se comerciante. Morreu também relativamente jovem.

Minha avó materna. Não tenho fotos dela mais jovem. Essa foto foi tirada poucos anos antes de sua morte. Espanhola, de Murcia, acompanhou o marido ao Brasil, tendo com ele trabalhado na lavoura de café e no pequeno armazém que vieram a ter posteriormente. Ficou viúva com seis filhos. Também nunca voltou à Espanha.