O Passarinho Pentelhão tem a pachorra de ler os articulistas da grande mídia. Eu de há muito não tenho mais. As vozes e textos dessa mídia começaram a me causar asco. São cínicos. Defendem um Brasil bom para poucos. O resto... que se lixe. E, claro, que fiquem procurando sobreviver servindo a elite a baixos custos. O tal "custo Brasil", já ouviram falar?
Os "blogs sujos" (assim chamados pelo Serra na campanha de 2010) vêm se referindo aos grandes veículos da mídia como PiG (Partido da imprensa Golpista).
O PiG é composto pela linha de frente formada pelas Organizações Globo, pelo Estadão, por Veja e congêneres.
Paulo Henrique Amorim situa a Veja mais abaixo. Diz que ela é "detrito de maré baixa".
A idéia é a de que o PiG é elitista, não quer olhar para o Brasil como ele é.
Quer manter o Brasil preso aos moldes de sua envelhecida visão neoliberal.
Quer impor ao país suas próprias regras.
Quer impedir a saída do presidente da Vale.
Quer o retorno da austeridade financeira, com juros altos e corte de gastos públicos. Principalmente os sociais.
Agora dá para entender porque a revista Época tirou Diego Escosteguy da revista Veja. Queriam transformar-se em um panfleto sensacionalista nos moldes da última, e ninguém melhor que o “garoto de ouro” do Instituto Millenium para transformar aquela revista em mais um bueiro do esgoto jornalístico.
Essa semana, a Época veio com uma reportagem, assinada pelo famigerado repórter, baseada em relatório da Polícia Federal sobre o valerioduto do PT em que afirma que provou o “mensalão”. Como se sabe, o termo foi criado pelo então deputado Roberto Jefferson para denunciar o pagamento de parlamentares da base do governo para votar a favor do governo. Por não conseguir provar suas acusações o deputado foi cassado pelos seus pares.
A reportagem da Época traz personagens novos que foram beneficiados pelos recursos do valerioduto, mas nem de longe prova a existência do “mensalão”, ou seja, que houve cooptação financeira de parlamentares pelo governo, para votação de matérias no congresso de seu interesse. A tese do mensalão foi posta em prática pela oposição e meios de comunicação para desestabilizar o governo Lula, para tentar derrubá-lo a princípio e depois para inviabilizar sua reeleição. Ambas tentativas frustradas.
Usando da desonestidade intelectual que é marca registrada de suas reportagens, Diego mistura trechos do relatório com opiniões pessoais que não se sustentam, em mais uma patética tentativa de reviver o assunto. Afirma que foi provada a origem pública dos recursos, mas apenas cita a VISANET, que é uma instituição privada e que já tinha sido objeto de denúncia desde a CPI dos Correios em 2005, ou seja, nada além de um requentado morno.
A simples inclusão de parlamentares do PT, de partidos da base e até de um senador do PSDB na denúncia como tendo recebido recursos da empresa de Marcos Valério em período logo após as eleições apenas reforça a hipótese do caixa dois partidário, um mal também repugnante que era freqüentemente usado por todos os partidos na ocasião para saldar dívidas de campanha. Esse blogueiro não aprova caixa dois de partido e o PT que se envolveu em uma prática que condenava em outros partidos, sofreu merecidamente com o desgaste que a revelação lhe causou.
A tentativa de requentar o caso se presta a dois objetivos ordinários: colocar uma pressão no STF em relação ao julgamento da questão e tentar enfraquecer Lula, uma estratégia colocada em prática principalmente pelas Organizações Globo, do qual a revista faz parte.
O jornalista Diego Escosteguy ficou marcado durante o seu período da Veja pelas suas reportagens sensacionalistas e denúncias baseadas em depoimentos em “off” depois desmentidos pela “fonte”. Em um dos desmentidos, o repórter afiançou ter o áudio da gravação que provaria o conteúdo das “revelações” que atribuía à fonte. Até hoje o áudio não foi apresentado, nem explicações para o seu “esquecimento”.
Recentemente foi publicada na revista Época matéria assinada pelo repórter onde José Arruda faz revelações em que acusa líderes do DEM e PSDB de receber recursos provenientes do esquema de Durval Barbosa que resultou na queda e prisão do ex-governador. A entrevista foi realizada em período em que se tratava a disputa eleitoral de 2010, quando acusados concorriam a reeleições e fatalmente respingaria na candidatura de José Serra à presidência da República, porém não foi publicada naquele momento. Questionado do por que levou tanto tempo para publicar a matéria, Diego saiu-se com evasivas, fugindo de dar uma explicação razoável se limitando a defender a revista Veja, onde trabalhava à época.
Diego Escosteguy perdeu uma boa oportunidade de salvar a sua carreira com o recomeço na revista Época, prefere manter o estilo sensacionalista de fazer muito barulho com reportagens que criam expectativas e que acabam se revelando um blefe.
Autor: LEN - Químico, microempresário, libertário de esquerda sem filiação partidária, sem preconceitos, agnóstico, respeito o contraditório, flamenguista, cachorreiro, ultramaníaco e apaixonado há 22 anos pela mesma mulher, Cris, companheira de uma vida.
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