Na tarde de terça-feira (5/4) uma teoria conspiratória circulou entre alguns jornalistas de Brasília: os oficiais-generais recém promovidos, durante a cerimônia de apresentação à presidenta da República, Dilma Rousseff, ocorrida na manhã daquele dia, não fizeram continência à comandante-em-chefe das Forças Armadas. Portanto, estavam se rebelando contra a presidenta.
A assessoria do Palácio do Planalto mostrou aos jornalistas o equívoco daquela leitura, pois não se presta continência nesse tipo de cerimônia. Mostrou-se que, ao contrário, essa forma de cumprimento é vedada por escrito. Para comprovar, foram distribuídas aos jornalistas cópias de uma página do roteiro da última cerimônia de apresentação do governo Lula (20/12/2010), onde constava: “Durante a apresentação, o Oficial-General não presta a continência individual, apenas declina o posto e o nome de guerra”. Foram distribuídas cópias também do mesmo livreto da cerimônia desta semana, onde a comparação mostrava textos quase idênticos, apenas com ajustes relativos à mudança de gênero do Chefe de Estado.
O esclarecimento, no entanto, não desfez a teoria conspiratória, que apenas, teve seu lado invertido. O sujeito da ação deixou de ser o militar e passou a ser a presidenta, que segundo noticiado, “abriu mão de receber continências”. E nesta quarta-feira (6/4), novo questionamento foi feito sobre o assunto. Cobrou-se informação sobre cerimônias mais remotas, como se não bastasse uma cerimônia do governo anterior para jogar por terra a teoria conspiratória de que uma mudança de ritual ocorrera na atual gestão.
Diante da situação inusitada, e para esclarecimento cabal do assunto, reproduzimos abaixo três vídeos com cenas das cerimônias de apresentação de oficiais-generais, em 2008, 2009 e 2011. Desta forma, qualquer cidadão poderá comprovar que em nenhuma delas há a prestação de continência, e que o cerimonial foi mantido sem mudanças no atual governo.
Extraído do Blog do Planalto, postagem de 6 de abril de 2011.
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