Brasil, quem te viu, quem te vê
Postagem do blog Os Amigos do Presidente Lula.
Em 1999, FHC após quebrar o Brasil mais uma vez, foi à Florença (Itália) com o pires na mão, implorar aos países ricos que impusessem controle internacional de capitais.
Deu vexame e levou um sermão desconcertante de Bill Clinton, quando o então presidente estadunidense disse que isso era da competência dos governos nacionais de cada país (praticamente chamando FHC de bobo por acreditar na globalização desenfreada), explicando que o Chile impunha controle de capitais e não afugentava investidores. Se o Brasil não conseguia o mesmo, era por conta da má gestão e falta de credibilidade do governo demo-tucano.
Agora, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, impôs medidas ao mercado financeiro, o controle de capitais, taxando com uma alíquota alta de IOF (6%) sobre capitais que ficam menos de 2 anos no país. É o que o Chile conseguia fazer e o governo demo-tucano não.
Mais do que isso, agora é o FMI quem segue o receituário do Brasil e muda de posição sobre o tema. O FMI sempre condenara qualquer medida de controle de capitais, e passou a endossá-las neste ano, justamente por influência do Brasil e outros países emergentes.
Ontem, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, às vésperas do encontro entre ministros da finanças e presidentes de bancos centrais de vários países, reiterou a nova posição do fundo, chamando de fundamentalistas os economistas que ainda se opõem:
...medidas macroprudenciais, como controle de capital, podem ser úteis ... a realidade é muito simples. Ontem, controle de capitais não fazia parte do kit de ferramentas e hoje, faz!É estarrecedor como FHC, seguidor da cartilha neoliberal, depois de fazer o "dever de casa" do Consenso de Washington, através do entreguismo privatista da Vale, das Teles, das distribuidoras de energia elétrica, dos bancos públicos, e dos pedágios abusivos, não conseguia emplacar uma vitória política nos fóruns multilaterais, e saía derrotado com a cabeça abaixada.
É impressionante como Lula e Dilma viraram o jogo, contrariando o receituário (na verdade, os interesses) dos países imperialistas, seguindo o caminho próprio, de soberania nacional, de valorização do trabalho do povo brasileiro e seu mercado interno, de atuação estatal para o crescimento com distribuição de renda.
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