Tudo é ilusão, de Aníbal da Silva, Eden Silva e Tufy Lauar, interpretada por Clara Nunes
Você acredita em tudo que assiste na TV, ouve no rádio ou lê nos jornais? Então é hora de repensar a forma que consome conteúdo: o ideal é acompanhar, no mínimo, dois veículos diferentes e, desse modo, formar a sua própria opinião a respeito dos fatos e acontecimentos que envolvem o nosso cotidiano. Acredite!
Na edição de sábado (06/08), o Jornal Nacional, da Rede Globo, dedicou um pouco mais de quatro minutos, para um editorial no qual a emissora apresentou para o público os Princípios Editoriais das Organizações Globo. Ninguém entendeu nada. No Twitter foi um alvoroço. Será que isso foi um ataque ou uma estratégia para algo maior que ainda está por vir? Calma, o buraco é mais embaixo.
De acordo com a emissora, o documento tem como objetivo nortear o trabalho das redações do grupo, em TV, jornal, revista, rádio ou internet. Em um dos trechos da carta aos acionistas, há uma explicação do que motivou a criação do texto. “O documento resultou de muita reflexão, e sua matéria-prima foi a nossa experiência cotidiana de quase nove décadas. Levou em conta os nossos acertos, para que sejam reiterados, mas também os nossos erros, para que seja possível evitá-los”. Será? Clique aqui e confira a crítica publicada no blog Roteiro de Cinema News.
Confesso que por um segundo, pensei que a Globo iria abrir o jogo e explicar para o público os seus “reais” princípios editoriais e a sua visão político-partidária em relação aos assuntos pautados pela mídia. Ledo engano! O documento é uma forma, mesmo que sutil, de colocar o jornalismo produzido pela Vênus Platinada livre de qualquer acusação parcial ou tendenciosa, o que é uma pena. Não se engane: o jornalismo sempre será parcial, pois a informação recebe filtro do repertório cultural do jornalista que a produz e das decisões editoriais da empresa do qual ele trabalha. A imparcialidade é uma lenda e os jornalistas sofrem censura política e empresarial.
Leia a matéria completa no blog do jornalista Wander Veroni, Café com Notícias.
Por sua vez, Eduardo Magalhães, no Blog da Cidadania faz um desabafo apresentando sua descrença na formulação de uma Lei de Mídia no Brasil, entendendo que a Rede Globo lança esse editorial para marcar posição. Veja o seguinte trecho de sua postagem:
Muito já foi dito e escrito sobre essa aparentemente surpreendente iniciativa imperial. As pessoas se indignaram. Como pode o grupo empresarial de comunicação que não faz outra coisa além de manipular seu conteúdo jornalístico e enfiar ataques a inimigos políticos em novelas e programas humorísticos, dizer-se isento? É um acinte, dizem, escrevem e vociferam com a indignação dos justos.
Sim, é um acinte. E, como todo acinte, como toda a afronta, é proposital, pois a declaração de princípios da Globo se constitui em legítima bofetada no rosto daqueles que, por ora, foram “derrotados”, já que o Império midiático contra-atacou com a sua “Estrela da Morte” sorridente e colorida, essa esfera de hipocrisia que nos invade as casas dia após dia, noite após noite, há décadas e mais décadas.Por aqui você pode acessar o texto ao qual ele deu o título de "O império contra-ataca".
Para quem leu o texto de Rodrigo Vianna, publicado em 5 de agosto com o título "A Globo vai partir pra cima de Amorim", aqui vai um vídeo para mostrar que ela já começou o ataque a Celso Amorim, conforme determinação editorial da Rede Globo aos seus jornalistas, que é a de alimentar de todas as formas uma cisão entre o Ministro da Defesa e os militares:
Elos da tecedura:
A Globo e seus “princípios editoriais”
A vida desmente os “Princípios Editoriais” da Globo
O que a gente não vê na Globo: "Beyond cityzen Kane"
Lições de manipulação: Jornalismo partidário teu nome é Rede Globo
FHC, a oposição e a mídia
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