EUA: 'Ocupar Wall Street' reage em todo o país
Mais de 30 mil desfilam em Nova York sobre a ponte do Brooklyn, numa jornada que teve mobilizações em cidades como Los Angeles, Las Vegas, Boston, Washington, Dallas, e Portland.
"Somos indestrutíveis, um mundo diferente é possível", cantava a multidão.
Foto de GunGirlNewYork
Milhares de pessoas participaram na noite desta quinta-feira em Nova York numa manifestação sobre a ponte do Brooklyn, que culminou uma jornada de protestos do movimento "Ocupar Wall Street", que marcou também o segundo mês de existência do movimento.
Durante a tarde, ativistas tentaram bloquear o acesso à Bolsa de Nova York, impedindo o seu funcionamento. A polícia prendeu quase 200 manifestantes para evitar a ação e permitir pelo menos a passagem dos funcionários de Wall Street.
A jornada de protestos contra a ganância do sistema financeiro foi marcada também por manifestações em cidades como Los Angeles, Las Vegas, Boston, Washington, Dallas, e Portland.
Na última terça-feira, uma ação policial retirou à força manifestantes que estavam acampados há dois meses no Parque Zuccotti, em Nova York, após uma ordem do presidente da câmara, Michael Bloomberg, que alegou razões sanitárias e de segurança.
"Somos indestrutíveis, um mundo diferente é possível", cantava a multidão sobre a ponte, uma das construções emblemáticas de Nova York, enquanto os motoristas buzinavam para mostrar apoio. A mobilização contou com o apoio de sindicalistas e estudantes que desfilaram da Union Square até à Foley Square, a poucos metros da ponte.
Um ponto alto do protesto ocorreu quando a manifestação atingiu o meio da ponte, na altura do arranha-céus da Verizon, considerado o edifício mais feio da cidade. Nessa altura, começou uma projeção gigante sobre as paredes do prédio onde se podia ler: “Somos os 99%”, “Ocupar Wall Street”, “Ninguém nos consegue parar”, “Outro mundo é possível”.
No total, mais de 300 ativistas foram detidos durante a jornada.
Na próxima segunda-feira, o movimento anuncia oficialmente uma iniciativa de recolha de um milhão de assinaturas de estudantes dispostos a não pagar os empréstimos universitários até que se façam reformas no sistema financeiro. A dívida média de um estudante que se licencia em Nova York é de 25 mil dólares.
Postagem de 18 de novembro de 2011 do sítio Esquerda.net.
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