J Lo à Folha: f... you !
Saiu na ácida cobertura Folha do Caranaval carioca.
A Folha (*), como se sabe, é contra o Carnaval, o Google e a pasta de dentes.
Folha – Você gosta de cerveja?
Jennifer Lopez – Não, eu não sou o tipo que bebe cerveja, mas tenho muitos amigos que bebem [risos].
Então por que você aceitou fazer essa campanha [da Brahma]?
Porque era sobre o Brasil, sobre o Carnaval, sobre a celebração da vida. Era mais sobre essas coisas boas do que qualquer outra. E eu nunca tinha estado no Carnaval. Pensei que era uma boa maneira de ter essa experiência.
Ganhou muito dinheiro?
Hã? ‘Sorry?’ [Desculpe?]. Eu não sei. Eu não penso muito nessas coisas. E acho que falar disso é de mau gosto.
Quais os benefícios de se relacionar com alguém mais novo [seu namorado, Casper Smart, tem 24 anos]?
Ah! Ra-ra-ra [estica o braço em direção à repórter, fecha a mão em um gesto de acabou].
A assessoria fala: “Obrigada, gente. Acabou!”. Um dos dois seguranças que vieram dos EUA com J.Lo grita: “Todo mundo pra fora, agora!”.
Navalha
Foram perguntas inconvenientes, agressivas – e inúteis.
Tinham a única função de constranger e irritar o entrevistado.
E demonstrar que o entrevistador é mais importante que o entrevistado.
E a Folha foi embora sem a sua inesquecível entrevista.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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