sexta-feira, 9 de março de 2012

Sediando novos equipamentos bélicos dos EUA e da OTAN, Espanha tende a tornar-se alvo militar (9mar2012)

Rota Oriental, Spain (Rafael Alberti / Soledad Bravo)
Soledad Bravo


Estudo apresentado no Informe número 10 do Centre D'estudis per a la Pau JM Delàs, de autoria de Teresa de Fortuny e Xavier Bohigas, explicita detalhes e perigos associados à participação da Espanha no sistema de escudos antimísseis, com a utilização da Base Naval de Rota para sediar novos navios e equipamentos dos Estados Unidos e da OTAN.

A íntegra do estudo, em espanhol, pode ser acessada aqui. Abaixo apresento o resumo do trabalho, com tradução minha.

Escudo antimísseis na Base de Rota. Um passo a mais na militarização mundial

Resumo

No início de outubro de 2011, o governo espanhol anunciava a participação espanhola no desenvolvimento do sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos e da OTAN, que se traduzirá na instalação do componente naval do sistema na base de Rota.

A implementação do projeto realizar-se-á através do sistema defensivo Aegis BMD, integrado no sistema global de defesa de mísseis balísticos (BMDS). Aegis BMD é o componente do BMDS que fica instalado em navios.

Os navios, além de exercerem a função de escudo antimísseis, participarão em missões marítimas da OTAN e em missões de apoio de resposta rápida aos comandos militares estadunidenses AFRICOM e CETCOM.

As previsões do governo espanhol de impacto econômico positivo na zona são pouco realistas. A geração de riqueza e de hipotéticos postos de trabalho, se chegarem a ser criados, serão muito voláteis e dependerão unicamente dos interesses estadunidenses.

A instalação do escudo terá uma série de efeitos negativos:

- provocará uma revitalização da corrida armamentista

- a Espanha converter-se-á em um objetivo militar de primeira ordem

- a Rússia considera-se ameaçada e não descarta a possibilidade de abandonar o tratado de redução de armamento nuclear START e de tomar medidas para destuir o escudo

- a função de apoio a operações da OTAN e dos Estados Unidos colocará a Espanha em uma posição de maior cumplicidade na estratégia belicista estadunidense.

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