quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Roberto Gurgel parece ser o instrumento escolhido para se consumar um golpe à moda paraguaia
(31jan2013)


Peço vênia ao Eduardo Guimarães para publicar seu texto tão rapidamente. Acabei de lê-lo e considerei imprescindível divulgá-lo. Acredito que muitos outros blogueiros e sitiantes deverão faze-lo para estendermos uma rede de alerta sobre os malefícios que a mídia da elite vem "cozinhando" em seu caldeirão de antidemocracia para depois ministrar a um povo supostamente ignorante.

Quando percebemos que alguém está a preparar um roubo (no caso, o nosso Estado de Direito Democrático), há que se gritar a plenos pulmões: "Pega ladrão!".

Gostaria de lembrar ou informar aqui, também, que o digníssimo Sr. Roberto Gurgel está à frente de uma licitação feita pela PGR para a compra de 1226 tablets na qual a única vencedora somente poderia ser a Apple. A licitação chega a citar a marca do processador e dá as exatíssimas dimensões do aparelho produzido por aquela marca (leia a matéria aqui).

A PGR informou que a lei faculta a escolha de uma determinada marca quando a tecnologia desejada tiver somente um fabricante. No entanto, não se explica pelo fato de a empresa que ganhou a concorrência ser uma média empresa de faturamento anual muito pequeno que tem uma pequena loja em Brasília e se apresenta como "especialista em licitações". Também não explica porque o mesmo Ipad (com capa incluída) ficou, segundo o jornalista Renato Rovai, a um preço unitário R$15,00 mais alto do que se tivesse sido comprado no site das lojas Americanas. Pressupõe-se que a compra em grande quantidade e que a concorrência deveriam ter como consequência preços menores a serem pagos pelo erário.

Por fim, a data em que foi feito o pregão, 31 de dezembro de 2012 à tarde, quando sequer havia expediente no serviço público federal, é, para dizer o mínimo, estranha.

Mas vamos à desconfiança que recai sobre o Sr. Procurador Geral da República quanto ao seu possível papel num golpe orquestrado pela direita midiática e pelas elites retrógradas associadas à direita política, todas furiosas porque o povo "não sabe votar". Há uma frustração imensa da direita porque não consegue mais fazer do povo aquela velha massa de manobra, dócil e amestrada pela vênus platinada e pela revista inominável. TV e revista que querem tudo, menos um Brasil pujante, igualitário, feliz e ativo no concerto das nações. Um Brasil feliz escapa das garras da elite, da opressão econômica e da exploração brutal - praticamente escravagista - da capacidade de trabalho de seu povo.

Direita midiática aposta todas as fichas em Roberto Gurgel

Por Eduardo Guimarães no blog Cidadania

O Script do Golpe vai sendo encenado com uma rapidez que supera várias previsões que foram feitas neste espaço nos últimos meses. Em 4 de novembro do ano passado, por exemplo, escrevi sobre tal script em post que antecipava o que estamos vendo acontecer. Abaixo, um trecho daquele texto profético.
“(…) há poucas dúvidas – se é que existe alguma – de que o doutor Roberto Gurgel aceitará, gostosamente, a denúncia que a oposição faz àquele que responsabiliza por suas derrotas eleitorais (…)”
Gurgel já encampou as denúncias contra Lula. E, agora, vai se cumprindo a segunda parte do “espetáculo do golpe” com a representação da oposição contra Dilma feita à instituição que o mesmo Gurgel chefia. Esta previsão foi feita em 27 de dezembro último, no post 2013, o ano do golpe. Abaixo, outro trecho profético.
“(…) O golpe “institucional” à brasileira, pois, já está desenhado. Lula (…) dificilmente deixará de ser denunciado por iniciativa da mesma Procuradoria Geral da República que dispõe, também, da prerrogativa de denunciar presidentes da República. Roberto Gurgel (…) ficará mais sete meses no cargo. Uma eternidade, em termos de tempo para tentar inviabilizar Lula ou Dilma como candidatos (…)."
É tudo tão previsível que chega a dar sono. Inclusive, vale refletir que o noticiário imbecil sobre catástrofes na economia que tantos veem como má estratégia da direita midiática, pode vir a calhar em um momento em que seja preciso “justificar” alguma medida mais, por assim dizer, “radical”.

Devemos notar, portanto, que a inviabilização dos dois gigantescos candidatos que o PT tem para escolher para disputar a sucessão presidencial de 2014 (Lula e Dilma) com o anti-Lula da vez dependerá de um só homem.

Não serão Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes ou qualquer outro teleguiado da direita midiática no STF. Este precisa de uma provocação e só quem pode fazê-la também contra a presidente da República é ninguém mais, ninguém menos do que ele, Gurgel.

Como já foi dito repetidas vezes nesta página, no tempo que lhe resta à frente do Ministério Público Federal o atual procurador-geral pode fazer muito estrago, ainda. Além de arrolar algum parlamentar para remeter a ação contra Lula ao STF em vez de à primeira instância, ele tem a prerrogativa de denunciar a presidente da República.

Eis que o PSDB e a mídia fornecem o material para Gurgel moldar o golpe “institucional” à brasileira: a representação daquele partido contra o pronunciamento de Dilma na semana passada, quando ela foi à tevê e defendeu seu governo dos ataques tucano-midiáticos.

Detalhe: a representação contra Dilma que o PGR deverá aceitar baseia-se, exclusivamente, em matérias de Globo, Folha, Estadão e Veja ao criticarem a presidente por ter ido à tevê.

Restam poucas dúvidas, assim, de que Gurgel irá propor ao STF ações contra Lula e Dilma. E apesar de não haver tempo para tais ações serem julgadas até outubro do ano que vem, a iniciativa, em ano eleitoral, servirá de discurso para uma oposição que pouco tem a dizer.

Claro que restam a Dilma algumas cartas na manga. Ainda há mais dois ministros do STF para ela nomear (caso Celso de Mello antecipe mesmo sua aposentadoria). E, em agosto, ela nomeará o novo procurador-geral da República.

Do jeito que as coisas vão, porém, quem garante que a configuração atual do STF não cometa mais uma barbaridade jurídica e conclua os processos contra Lula e a presidente da República à moda paraguaia, de forma relâmpago? Eis por que o procurador-geral da República é a grande esperança da direita midiática.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FIESP explica a mamata de CESP, CEMIG e COPEL, contrárias à redução do preço da energia elétrica
(30jan2013)

No vídeo abaixo, o Secretário de Infraestrutura da FIESP, Carlos Cavalcanti, explica que a energia elétrica no Brasil tem custos absurdos, pois continuamos a amortizar o custo de construção de infraestrutura energética (hidrelétricas e redes de distribuição) muitos anos depois que esses custos já foram pagos por nós, consumidores, há muito tempo. Seria o mesmo que continuar a pagar as prestações de algo que compramos em uma loja depois de já termos pago todas as parcelas. O argumento utilizado pelo dono da loja - o mesmo utilizado agora pelas empresas (CESP, CEMIG e COPEL, além da CELESC - Santa Catarina) - seria o de que há a necessidade de continuar indefinidamente o pagamento de parcelas para não diminuir a receita da loja.

A entrevista esclarece bem a posição de políticos que pensam mais nos acionistas proprietários das empresas de energia (privatizadas mormente para bancos e grupos estrangeiros, diga-se de passagem) do que no que seria justo e favorável à população em geral. Parece que esse pessoal está mesmo querendo abrir mão de ganhar eleições futuras. Para eles, que se dê continuidade à farra do lucro desmedido e que se dane o povo.

Seguir o que faz seu coração cantar os ajuda a navegar por seu caminho único
(30jan2013)


Canalizado por Shelley Young, no blog SÍNTESE

Quando vocês eram adolescentes, seu maior interesse era se divertir.
Vocês estavam muito centrados no que lhes parecia bom e trazia alegria.
Havia uma razão para isso!
É pelos seus interesses e paixões que vocês descobrem o propósito de sua vida!
Seguir o que faz seu coração cantar os ajuda a navegar por seu caminho único.
Infelizmente foi ensinado a muitos de vocês que assim fazer era frívolo, irresponsável e inadequado.
Não é de se estranhar que tantos humanos adultos levam vidas insatisfatórias e experimentam depressão e ansiedade!
Queridos, conheçam-se novamente!
Descubram o que os anima, o que lhes traz alegria, o que os faz abraçar o momento presente.
É através desses momentos que vocês se aproximam mais da Fonte e são capazes de descobrir seu propósito divino.
Deem-se permissão para seguir o caminho da alegria e sua vida começará a florir e se expandir dos modos mais maravilhosos.

Arcanjo Gabriel

Arcanjo Gabriel através de Shelley Young

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Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com

“Morri um pouco hoje”
(30jan2013)


Por A. C. Fon, no Escrevinhador

Todas as imagens daqueles 17 dias no inferno desfilaram na minha cabeça

Camaradas,

Convidados pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, fizemos hoje (29/1/2013) uma visita de inspeção às instalações onde funcionou, principalmente, nas décadas de 60 e 70 – depois, já sem tanto poder, nos anos 80 – o Doi-Codi de São Paulo, inicialmente batizado de Operação Bandeirantes. A visita foi programada pela OAB-SP diante das informações de que o prédio onde funcionou o mais sinistro aparelho de repressão já montado neste país, e onde dezenas de pessoas foram assassinadas, estava sendo descaracterizado como parte de uma estratégia para subtrair da memória deste país os crimes ali perpetrados e seus autores, funcionários públicos das três Forças Armadas e da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.


Delegacia na rua Tutoia, que servia de fachada às atividades da Oban

Fiquei encarregado de fazer o relatório da visita, coisa que pretendo fazer nos próximos dias com a colaboração dos demais companheiros que fizeram a visita. Esse, porém, é um relato pessoal e impressionista dessa visita. Desde o dia 16 de outubro de 1969, quando deixamos a Operação Bandeirantes, algemados uns aos outros, eu, o Manoel Cyrillo e o Paulo de Tarso, nunca mais eu havia colocado os pés sequer no pátio do 36º Distrito Policial, em cujos fundos funcionava a Oban. Eu até já participei de manifestações ali em frente, mas nunca tive a coragem de passar da calçada.

Dizem que, como num filme, a vida inteira passa por nossos olhos na hora de morrer. Se for verdade, eu morri um pouco hoje. Apesar de todas as obras e mudanças feitas, quando cheguei na porta da edícula onde funcionava a Oban, todas as imagens daqueles 17 dias no inferno desfilaram pela minha cabeça, a começar pelas palavras do delegado Raul Nogueira – membro do CCC, assassino do comandante Marquito e, mais tarde, condenado pelo assassinato de um soldado do Exército – ao me entregar a uma dupla de psicopatas, o capitão do exército Benone de Arruda Albernaz e o sargento PM Paulo Bordini (que ficou conhecido como “Risadinha”, devido ao riso histérico enquanto torturava): “Esse é daqueles que não sabem nada. Tratem bem dele”, recomendou o Raul Careca ao Albernaz. Eu logo descobriria o que era o bom tratamento do lugar.

O filme continuou se desenrolando enquanto subia as escadas. No primeiro andar ficava a sala do major Waldir Coelho, primeiro comandante da Oban, que uma noite me tirou da cela para fazer café e conversar sobre a minha e a sua situação.

No segundo andar, na parte dos fundos da edícula, uma sala maior, na época separada por divisórias de Eucatex em três salas de interrogatório: duas menores, onde era armado o pau-de-arara; a terceira, mais espaçosa, com uma escrivaninha e a cadeira-do-dragão. Foi nesta terceira sala que eu fui jogado, as pernas paralisadas devido a algo entre três e quatro horas de pau-de-arara, para que a câmara de torturas pudesse ser usada para assassinar o Virgílio Gomes da Silva, nosso Comandante Jonas.

As lembranças de 43 anos atrás devem ter feito minha pressão arterial chegar a 18 ou 19. Tive de sentar nas escadas para recuperar o fôlego.

E consegui, finalmente, entender um detalhe que não conseguia explicar. Por que eu não ouvi os gritos do Celso Horta, torturado na outra câmara de torturas, separada da minha apenas por uma divisória de Eucatex, e ouvi os assassinos do Jonas enquanto o interrogavam? Quem matou a charada foi a Darci [Miyaki], que passou por essa experiência inúmeras vezes: a gente não ouve os gritos das outras pessoas enquanto nós mesmos estamos gritando.

Não entrei na área onde ficavam as celas – a carga emocional do dia já era bastante pesada e as pessoas estavam preocupadas com minha reação. E confesso que eu também estava.

De qualquer forma, pudemos comprovar que foram e estão sendo feitas mudanças para descaracterizar o que foi o maior centro de torturas já instalado neste país.

Enfim, companheiros, saí com a impressão de que nós e nossos companheiros continuamos a ser torturados. E que as Forças Armadas precisam decidir se vão continuar, por puro espírito de corpo, a defender e procurar encobrir os crimes desses criminosos ou vão renegá-los para ajudar a construir o Brasil que todos nós queremos.

Foi um dia doloroso, mas essencial para entender muita coisa sobre nosso passado, presente e futuro.

Um abraço a todos,

A. C. Fon

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Islandeses mostram que existe vida fora do
amargo receituário imposto à Europa
(29jan2013)


Mais uma luz no fim do túnel  Os países que estão respondendo à "crise" fabricada por banqueiros com aperto fiscal e corte de direitos dos trabalhadores e dos aposentados e pensionistas. MENOS UM! Na Islândia a coisa caminha de modo diferente.

Esta notícia que publico abaixo dificilmente aparecerá nos nossos grandes órgãos da imprensa, todos mancomunados com e dependentes dos interesses do capital. Se falarem, acredito piamente que será para tentar desqualificar essa corajosa atitude do povo islandês, que não se deixou chantagear por ameaças provenientes dos poderosos de Nova York e de Londres.

Após quebra dos bancos, Islândia vence batalha judicial contra Reino Unido e Holanda

Sul 21, Da Redação

Quem deve pagar a conta quando os bancos internacionais quebram? A Islândia ofereceu uma resposta diferente de seus vizinhos europeus que vivem dilemas semelhantes, como Espanha e Irlanda. Indo contra as advertências da Europa, os cidadãos da Islândia, através de dois referendos, se negaram duas vezes a compensar os britânicos e os holandeses que haviam depositado dinheiro nos bancos da ilha que vieram a quebrar.

Nesta segunda-feira (28), quatro anos depois do falência dos bancos do país, um tribunal de Luxemburgo deu razão à Islândia, que se recusou a pagar os clientes estrangeiros que possuíam contas chamadas “Icesave”, do banco Landsbanki, com dinheiro público.

O Tribunal da Associação Europeia de Livre Comércio determinou que o governo de Reykiavik não violou a lei quando fez com que 300 mil clientes bancários britânicos ficassem sem o dinheiro que haviam depositado nos bancos. Após a quebra dos bancos, em 2008, os governos do Reino Unido e da Holanda compensaram os usuários do serviço com dinheiro público, mas iniciaram um processo legal contra a Islândia – cuja primeira etapa se encerrou nesta segunda-feira (28).

Com informações do El País

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Direito à Saúde versus Saúde Mercadoria
(28jan2013)

O documentário de Michael Moore, Sicko (SOS Saúde) ilustra com maestria as diferentes visões sobre a Saúde em diferentes países.

Relembro que enquanto a Saúde for uma mercadoria (que gere lucros) será impossível a implementação de um sistema público de saúde que tenha qualquer resquício de boa qualidade, bem como capacidade de satisfazer a população.

Mensagem espiritualista profundamente política
(28jan2013)


Convido meus valorosos leitores a se desvestirem de possíveis preconceitos e a lerem um texto de origem espiritualista que reflete em profundidade o momento político que vivemos, bem como aponta para mudanças possíveis e necessárias:


Vocês, Portadores da Luz, estão enchendo o mundo com o fogo do Amor

Mensagem de Saul
Por John Smallman, publicada no blog SÍNTESE
Em 27 de janeiro de 2013


Quando vocês assumirem como em breve assumirão a conscientização de que uma alteração extraordinária de energia ocorreu em dezembro do ano passado, afetando a Terra e todas as formas de vida que ela mantém tão amorosamente, vocês ficarão verdadeiramente surpresos.

Não foi um evento momentâneo único; foi um evento de enorme poder e magnitude planejado cuidadosamente para num período de meses uma interação crescente do campo de energia divina com a Terra atingir o pico na metade de dezembro, quando a Nova Era começou e impulsionou a humanidade para um caminho novo e mais direto para Casa - um que provocou um curto-circuito naqueles caminhos antigos, extremamente vagos e ziguezagueantes que vocês tentaram seguir por éons com sucesso muito limitado.

Vocês passaram muito mais tempo na ilusão do que vocês previram quando entraram nela.

Sim, vocês pensaram que uma existência separada de seu Pai seria tanto inspiradora como libertadora, mas no fundo de seu ser vocês sabiam que jamais renunciariam à sua ligação com a Realidade.

Vocês ocultariam de si a Realidade para que sua experiência ilusória parecesse muito real, mas não iriam e realmente nem poderiam verdadeiramente se separar d'Ela.

E vocês sabiam que quando seus jogos ficassem chatos ou assustadores, vocês poderiam voltar para Casa.

Entretanto, vocês fizeram um trabalho tão bom de construção do labirinto que é a ilusão, que vocês se perderam e não conseguiam achar a saída.

Havia muitos caminhos possíveis que os levariam para fora, mas vocês ficavam desencorajados, se desviavam e se esqueciam de para onde vocês tentavam ir.

Os caminhos ziguezagueavam por ambientes estranhos e assustadores que vocês criaram para adicionar interesse e "tempero" à experiência que vocês escolheram empreender.

Grande medo e confusão os engoliram e vocês começaram a brigar uns com outros com mais e mais ferocidade, enquanto que lá no fundo de seus corações vocês continuavam a apelar para Deus salvá-los.

Ele ouviu seus apelos, mas não os despertaria porque a enorme e chocante diferença entre seu mundo ilusório e a Realidade lhes teria provocado dor intensa.

Ao invés de despertá-los, Ele lhes enviou santos, guias, místicos e mestres que criaram um caminho para Casa bem mais curto para vocês e se esforçaram para conduzi-los por ele.

Finalmente, nas últimas décadas do seu século XX, muitos que ficaram totalmente desiludidos com seu mundo ilusório começaram a levar em consideração as alternativas maravilhosas oferecidas, começaram a se beneficiar da assistência espiritual que sempre esteve aí para ser solicitada e descobriram que havia um caminho para Casa muito mais curto do que todos imaginavam.

Eles eram vocês, os Portadores da Luz e os Mostradores do Caminho, e durante este breve momento de tempo vocês obtiveram resultados extraordinários quando comparado com o pouco que foi alcançado nos milênios anteriores.

Vocês iluminaram o caminho para a humanidade seguir, e agora que ele está tão brilhantemente iluminado, a humanidade realmente está se movendo!

Como lhes é dito constantemente, todos voltarão para Casa, ninguém será abandonado porque o Amor nem rejeita nem discrimina, Ele aceita todos.

Aqueles que escolheram cooperar no estabelecimento da ilusão ainda não estão prontos para parar de fazer seus jogos insanos nela, então eles se encontrarão capazes de continuar com os jogos em um ambiente adequado para esse tipo de atividade por tanto tempo quanto eles escolherem se esconder do Amor, da Realidade.

O Amor recepciona, o Amor abraça, Ele não impõe.

A vasta maioria da humanidade apenas deseja despertar e ela não terá que esperar até essa minoria mal orientada finalmente decidir que é hora de mudar sua mente e escolher despertar.

Vocês, Portadores da Luz e Mostradores do caminho, estão enchendo o mundo com o fogo do Amor, e somente esses poucos que continuam determinadamente com a intenção de manter os hábitos da ilusão não serão afetados por Ele.

A influência e o carinho do Amor infiltrando-se nos corações de todos que conscientemente não têm intenção de resistir a Ele, e os efeitos dessa infiltração estão dissolvendo os conceitos antigos que favoreciam julgamento e punição ao invés de amor, compaixão e perdão.

Seus noticiários não se preocupam em divulgar as boas notícias sobre o abrandamento e amolecimento dos corações, e a crescente conscientização de que todos estão conectados, interligados e são partes do Todo.

Conforme esta consciência se desenvolve e fortalece, a capacidade de qualquer tipo de forças autoritárias de reprimir e manter o controle sobre o povo se dissolve.

Vocês viram isto acontecer em muitos países durante estes últimos anos.

A mídia focaliza nos danos e no sofrimento que acontecem quando as pessoas se levantam e dizem que já chega, e, enquanto são controladas por aqueles que têm as rédeas do poder, eles tentam coagir o povo a obedecer às autoridades que prometem abrir um diálogo se o povo obedecer.

Mas o tempo deste tipo de troca sem sentido que somente ajuda as autoridades a manter e estabilizar a ordem antiga está terminado.

Demonstrações pacíficas aumentarão em número enquanto a ordem antiga estremece confusa e assustada, tentando manter sua posição de poder e direito.

É óbvio até para os mais inconscientes que esta situação atual é insustentável.

Somente aqueles que têm "reinado" e continuam a tentar "reinar" estão em negação quanto à sua incapacidade de manter suas posições de poder e controle.

A Nova Era começou e a antiga ordem estabelecida está pacificamente (em sua maior parte) ruindo, pois desaparece o apoio geral de que antes ela desfrutava.

Pessoas novas com ideias novas e corações compassivos apresentam-se para substituir aqueles que comandavam os sistemas falidos e ineficientes de governos que provocaram tanto prejuízo - indo para a guerra, por exemplo - em sua determinação insana de permanecer no poder.

Eles não têm poder; eles nunca tiveram poder.

Mas a humanidade escolheu educar indivíduos como heróis e líderes e então deu a eles o seu poder.

Não mais.

Foi uma oferta louca por parte dos mal orientados aos insanos que agora é revogada.

Os povos do mundo perceberam que ninguém tem o direito de controlá-los e reprimi-los, e eles não estão mais dispostos a se submeter à autoridade daqueles que constantemente abusaram de suas posições de confiança que eles mantinham.

Enquanto o antigo sistema colapsa, haverá obviamente alguma violência, pois os uma vez poderosos tentam manter sua autoridade.

Mas aqueles que colaboram com eles também estão percebendo a completa inadmissibilidade dos meios antigos.

Eles têm preocupações, porque eles ganhavam a vida servindo ao sistema, mas o campo de energia divina não está deixando ninguém sem ser afetado e incapaz de ver os danos que foram e continuam sendo provocados pelos sistemas autoritários de governo, e eles, principalmente, não desejam mais participar da desonestidade e da corrupção que possibilitaram esses danos.

Focalizem-se nas energias amorosas que estão surgindo dentro de vocês.

Compartilhem-nas livremente e saibam que vocês estão prontos para liberar seus medos e ansiedades enquanto vocês avançam para tomar suas posições no mundo cooperativo e harmonioso que vocês estão construindo para substituir aquele que tão miseravelmente tem falhado para vocês.

As novas energias estão fluindo poderosa e abundantemente por vocês, então se beneficiem delas ao aceitá-las e aprender a utilizá-las.

Elas são um presente divino, lhes dado para que vocês possam se reconectar com Vocês mesmos, reconhecer quem Vocês realmente são e se abrir para a alegria e maravilha perpétuas desse estado divino.

Com muito amor, Saul

Fonte: http://johnsmallman.wordpress.com/
Tradução: Blog SINTESE
Respeite os créditos

domingo, 27 de janeiro de 2013

Novidade boa no humor brasileiro:
grupo Porta dos Fundos
(27jan2012)

Será que finalmente teremos uma alternativa ao humor de baixa qualidade que vem imperando no país nos últimos anos?

Surtiu no Youtube o grupo Porta dos Fundos. Abaixo está um vídeo do grupo que ironiza a forma como jornalistas "espremem" um entrevistado para dele extrair aquilo que ele, o jornalista, quer publicar. Muito bom o jogo de palavras e o timing da filmagem. Para quem conhece ou percebe o modo de trabalho da grande mídia nacional, o vídeo é um prato cheio para boas risadas.

Um registro raro e cruel
(27jan2013)


Por Jimmy Carter*, no New York Times, postagem do blog do bourdoukan

Os Estados Unidos estão abandonando seu papel de campeão global dos direitos humanos.

Revelações de que altos funcionários do governo dos Estados Unidos decidem quem será assassinado em países distantes, inclusive cidadãos norte-americanos, são a prova apenas mais recente, e muito perturbadora, de como se ampliou a lista das violações de direitos humanos cometidas pelos EUA.

Esse desenvolvimento começou depois dos ataques terroristas de 11/9/2001; e tem sido autorizado, em escala crescente, por atos do executivo e do legislativo norte-americanos, dos dois partidos, sem que se ouça protesto popular. Resultado disso, os EUA já não podem falar, com autoridade moral, sobre esses temas cruciais.

Por mais que os EUA tenham cometido erros no passado, o crescente abuso contra direitos humanos na última década é dramaticamente diferente de tudo que algum dia se viu. Sob liderança dos EUA, a Declaração Universal dos Direitos do Homem foi adotada em 1948, como “fundamento da liberdade, justiça e paz no mundo”. Foi compromisso claro e firme, com a ideia de que o poder não mais serviria para acobertar a opressão ou a agressão a seres humanos. Aquele compromisso fixava direitos iguais para todos, à vida, à liberdade, à segurança pessoal, igual proteção legal e liberdade para todos, com o fim da tortura, da detenção arbitrária e do exílio forçado.

Aquela Declaração tem sido invocada por ativistas dos direitos humanos e da comunidade internacional, para trocar, em todo o mundo, ditaduras por governos democráticos, e para promover o império da lei nos assuntos domésticos e globais. É gravemente preocupante que, em vez de fortalecer esses princípios, as políticas de contraterrorismo dos EUA vivam hoje de claramente violar, pelo menos, 10 dos 30 artigos daquela Declaração, inclusive a proibição de qualquer prática de “castigo cruel, desumano ou tratamento degradante.”

Legislação recente legalizou o direito do presidente dos EUA, para manter pessoas sob detenção sem fim, no caso de haver suspeita de ligação com organizações terroristas ou “forças associadas” fora do território dos EUA – um poder mal delimitado que pode facilmente ser usado para finalidades autoritárias, sem qualquer possibilidade de fiscalização pelas cortes de justiça ou pelo Congresso (a aplicação da lei está hoje bloqueada, suspensa por sentença de um(a) juiz(a) federal). Essa lei agride o direito à livre manifestação e o direito à presunção de inocência, sempre que não houver crime e criminoso determinados por sentença judicial – mais dois direitos protegidos pela Declaração Universal dos Direitos do Homem aí pisoteados pelos EUA.

Além de cidadãos dos EUA assassinados em terra estrangeira ou tornados alvos de detenção sem prazo e sem acusação clara, leis mais recentes suspenderam as restrições da Foreign Intelligence Surveillance Act, de 1978, para admitir violação sem precedentes de direitos de privacidade, legalizando a prática de gravações clandestinas e de invasão das comunicações eletrônicas dos cidadãos, sem mandato. Outras leis autorizam a prender indivíduos pela aparência, modo de trajar, locais de culto e grupos de convivência social.

Além da regra arbitrária e criminosa, segundo a qual qualquer pessoa assassinada por aviões-robôs comandados à distância (drones) por pilotos do exército dos EUA é automaticamente declarada inimigo terrorista, os EUA já consideram normais e inevitáveis também as mortes que ocorram ‘em torno’ do ‘alvo’, mulheres e crianças inocentes, em muitos casos. Depois de mais de 30 ataques aéreos contra residências de civis, esse ano, no Afeganistão, o presidente Hamid Karzai exigiu o fim desse tipo de ataque. Mas os ataques prosseguem em áreas do Paquistão, da Somália e do Iêmen, que sequer são zonas oficiais de guerra. Os EUA nem sabem dizer quantas centenas de civis inocentes foram assassinados nesses ataques – todos eles aprovados e autorizados pelas mais altas autoridades do governo federal em Washington. Todos esses crimes seriam impensáveis há apenas alguns anos.

Essas políticas têm efeito evidente e grave sobre a política exterior dos EUA. Altos funcionários da inteligência e oficiais militares, além de defensores dos direitos das vítimas nas áreas alvos, afirmam que a violenta escalada no uso dos drones como armas de guerra está empurrando famílias inteiras na direção das organizações terroristas; enfurece a população civil contra os EUA e os norte-americanos; e autoriza governos antidemocráticos, em todo o mundo, a usar os EUA como exemplo de nação violenta e agressora.

Simultaneamente, vivem hoje 169 prisioneiros na prisão norte-americana de Guantánamo, em Cuba. Metade desses prisioneiros já foram considerados livres de qualquer suspeita e poderiam deixar a prisão. Mas nada autoriza a esperar que consigam sair vivos de lá. Autoridades do governo dos EUA revelaram que, para arrancar confissões de suspeitos, vários prisioneiros foram torturados por torturadores a serviço do governo dos EUA, submetidos a simulação de afogamento mais de 100 vezes; ou intimidados sob a mira de armas semiautomáticas, furadeiras elétricas e ameaças (quando não muito mais do que apenas ameaças) de violação sexual de esposas, mães e filhas. Espantosamente, nenhuma dessas violências podem ser usadas pela defesa dos acusados, porque o governo dos EUA alega que são práticas autorizadas por alguma espécie de ‘lei secreta’ indispensável para preservar alguma “segurança nacional”.

Muitos desses prisioneiros – mantidos em Guantánamo como, noutros tempos, outros inocentes também foram mantidos em campos de concentração de prisioneiros na Europa – não têm qualquer esperança de algum dia receberem julgamento justo nem, sequer, de virem a saber de que crimes são acusados.

Em tempos nos quais o mundo é varrido por revoluções e levantes populares, os EUA deveriam estar lutando para fortalecer, não para enfraquecer cada dia mais, os direitos que a lei existe para garantir a homens e mulheres e todos os princípios da justiça listados na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Em vez de garantir um mundo mais seguro, a repetida violação de direitos humanos, pelo governo dos EUA e seus agentes em todo o mundo, só faz afastar dos EUA seus aliados tradicionais; e une, contra os EUA, inimigos históricos.

Como cidadãos norte-americanos preocupados, temos de convencer Washington a mudar de curso, para recuperar a liderança moral que nos orgulhamos de ter, no campo dos direitos humanos. Os EUA não foram o que foram por terem ajudado a apagar as leis que preservam direitos humanos essenciais. Fomos o que fomos, porque, então, andávamos na direção exatamente oposta à que hoje trilhamos.

*Jimmy Carter, 39° Presidente dos EUA, Prêmio Nobel da Paz em 2002.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Ramses II: "Presidenta não cumpre a
palavra e põe as garras de fora"
(26jan2013)

By Ramses II no sítio Hariovaldo Almeida Prado

Desesperada e com o país caindo aos pedaços, ao contrário da prosperidade
 em aceleração no north desenvolvido, Dilma intenta contra as instituições
 jogando pesado contra nossos lucros

Prezados amigos de fé em San Francisco Franco,

Contrariando as previsões mais otimistas de afamados analistas e colonistas de nossa valorosa, independente, livre, ética e democrática imprensa, prevendo o inevitável, o apagão geral e inexorável que se aproxima celeremente dos Estados Unidos do Brazil (também conhecido como Terra de Vera Cruz), apagão esse a dar bis na Copa das Confederações e tris na Copa do Mundo, o que nos fará passar vergonha ante  as nações superiores do north, e quanto a necessidade premente e absoluta de aumentar imediatamente as tarifas de energia elétrica, uma vez que petralhas construíram termelétricas de matrizes variadas e usinas eólicas para nos prejudicar e inflar custos, vem a presidenta usurpadora a anunciar uma redução IN-JUS-TI-FI-CÁ-VEL nas contas de eletricidade!


Imprensa isenta e democrática previu a escassez de luz 
e o racionamento, além da prisão do apedeuta

A presidenta bolchevique querendo esconder a realidade e contrariar as certeiras previsões dos ilibados analistas e colonistas dos órgãos de informação do Brazil insiste em afirmar, procurando enganar o povo para tentar se reeleger a qualquer custo, que NÃO faltará energia elétrica NEM haverá racionamento, um total absurdo, fruto de uma demagogia com fins eleitoreiros, que esperamos o supremo não deixe passar batido, conforme já nos assegurou fontes que preferem não se identificar, ligados a próspero e perseguido empresário do ramo zoo-editorial.

Os custos da geração termelétrica que os petralhas por falta de boa gestão nos impõe, nos querem fazer engolir, são astronômicos e certamente serão logo repassados à tarifa, como informou concessionárias ouvidas pelo maior jornal do mundo em fins de dezembro de 2012:

 Conta de luz vai aumentar até 15% no Rio no próximo ano

Cálculo considera gasto com geração térmica e reajuste da tarifa da Light

Já com a economia em total descontrole, salários em baixa acentuada, uma das maiores taxas de desemprego do mundo, juros astronômicos, inflação de dois dígitos, crise do tamanho de um Tsunami, revoltou-se a búlgara populista, atéia  e abortista, não conseguindo manter a redução que ela própria prometeu nas contas de eletricidade de 16,2% para os consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias, e com sua incompetência de fêmea insubmissa e não bastando isso, petralha, está anunciando uma redução tarifária de 18% para as residências e, pasmem, até 32% para indústria, agricultura e comércio, o que deixa claro mais uma tentativa solerte de comprar o voto dos cidadãos, assim como faz com o PAC-Mentira, o Bolsa-Esmola e o Minha Casa- Seus Impostos.


A fêmea insubmissa que usurpou a presidência, blindada por sua Stasi, é 
recalcitrante como nos bem informa afamado jornal de bons filhos da pátria

Obreiros de San JoseMaria Escrivá de Balagüer, não se fazem mais governantes com verniz, com PhD, como nosso Pharol de Alexandria, que nos saudosos anos das privatizações soube colocar as então diminutas tarifas dos elephantes brancos estatais a serem privatizadas em patamares palatáveis aos ganhos e lucros dos homens de bens e benz, além do que nos bons idos de 2001 recusou-se, como excelente e competente gestor que é, a construir termelétricas de altos custos de manutenção para nossas empresas, e ainda promoveu um eco-racionamento de energia elétrica voluntário para diminuir o efeito estufa, colaborando com a preservação do meio ambiente.

Isto é boa gestão, nada parecido com o que faz esta fêmea satânica insubmissa e seus asseclas do mal, populistas bolivarianos e ateus comunistas, cometem contra os homens de muitos bens e benzs!

Não vai ser necessário o último a sair apagar as luzes!!

Alvíssaras!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um mundo saturado de palavras
e esvaziado de sentido
(24jan2013)


Por Marco Aurélio Weissheimer em RS Urgente

Imaginem um mundo saturado de ruído a tal ponto que um barulho de alguns decibéis poderia provocar explosões destruidoras. Esse é o tema de uma história em quadrinhos publicada na revista Kripta (1976-1981, editora RGE), que embalou a imaginação de uma geração de adolescentes nos anos 70. Esse conto de ficção científica inscreve-se em um gênero temático que só ia crescer a partir dali: o agravamento das mais diversas formas de poluição que estariam levando o planeta a situações catastróficas. Poluição sonora, atmosférica, da água, do solo, dos alimentos, doa utensílios e ferramentas que utilizamos cotidianamente. Lembrei-me dessa história para falar de um outro tipo de poluição que vem assumindo proporções dramáticas: a proliferação desenfreada de opiniões sobre tudo e todos, especialmente (mas não só) nas chamadas redes sociais. O paralelo deve-se também ao fato de que cresce assustadoramente o volume de opiniões, palavras que não passam, na verdade, de ruídos bloqueadores da reflexão e do sentido.

O silêncio é uma condição necessária para que as palavras ganhem sentido e se transformem em algo mais do que sinais físicos. Silêncio interior e exterior, de minutos, não segundos. Convivemos hoje com uma proliferação desenfreada de palavras que vêm ao mundo cercadas de barulho e urgências discutíveis. Há um sistema de comunicação e de entretenimento em expansão ininterrupta que trabalha diariamente contra o silêncio, a reflexão e o sentido, oferecendo velocidade, euforia, instantaneidade, celebridade ou, simplesmente, alguma distração.

Somos convocados a emitir opiniões rápidas sobre os “fatos do dia”, quer sejam ele fatos reais ou meros boatos ou especulações. E, de um modo geral, essa convocação vem sendo atendida com entusiasmo, alimentando um exército de opinadores e opinadoras, comentadores e comentadoras, mais ou menos avessos à reflexão, que não se intimidam a “compartilhar” seus pontos de vista e convicções sobre os temas mais variados. Há pouco lugar para a dúvida ou a reflexão neste campo de batalha repleto de pessoas apaixonadas pela própria voz, de egos inflados e/ou desesperados.

E, de um modo crescente, há pouco lugar também para bons modos rudimentares. Não é preciso muito para a agressão, a intolerância, a irracionalidade, a proliferação de imperativos e o obscurantismo assumirem o comando de certos “debates”. Novos tipos de “especialistas” e “ativistas” surgem a cada dia. É difícil não utilizar aspas para designar esses personagens virtuais, pois não se trata estritamente de especialistas, ativistas ou debatedores, ao menos nos termos mais ou menos estabelecidos até aqui.

Exércitos de um homem (ou mulher) só também proliferam, lançando campanhas, abaixo-assinados, cartas dirigidas a autoridades, divulgando frases e fatos muitas vezes atribuídos falsamente a determinadas personalidades. A fauna é variada e crescentemente diversificada. Essa nova realidade não é resultado de nenhuma propriedade maligna das redes sociais ou de outras inovações tecnológicas na área da comunicação. Como ferramentas tecnológicas, elas podem servir para distintas finalidades. A poluição opiniática não nasce nas ou das redes sociais. O problema é bem mais complexo e está associado à indústria da comunicação de um modo mais geral que vem se dedicando com afinco a transformar desde as mais singelas e primitivas formas de expressão em mercadoria.

A questão aqui não é o direito de termos opiniões e de expressá-las do modo que achamos mais conveniente, mas sim a transformação desse direito em um fenômeno bizarro e com implicações nada inocentes. Não somos mais apenas convidados e convocados a consumir, mas também a compartilhar, a curtir, a enviar torpedos, a participar de campanhas interativas, a dizer o que estamos pensando a cada instante, o que estamos fazendo, não importa se é lendo um livro de Platão ou escovando os dentes. E, por trás desses convites, cada vez mais, há uma iniciativa destinada a ganhar dinheiro. Por trás de toda essa poluição semântica há uma dimensão de acumulação econômica. Uma nova fronteira de acumulação monetária e de esvaziamento semântico.

As consequências desse “mundo novo” ainda são imprevisíveis. O que é perceptível, por enquanto, é um crescente desconforto que já vem levando muita a gente a se desconectar ou ao menos se afastar desses espaços. De modo similar à história de ficção científica sobre o mundo saturado pelo ruído, é como se estivéssemos respirando um ar cada vez mais pesado, carregado de opiniões, frases, citações sobre todo e qualquer tema, sobre tudo e sobre nada, tudo ao mesmo tempo agora. Uma saída, assim como na história do mundo insuportavelmente barulhento, seria recusar essa realidade em busca de um território onde o silêncio e a reflexão não estejam soterrados por debates que não são debates, pautas que não são pautas, campanhas que não são campanhas, palavras que não chegam a ser palavras, pois não chegam a constituir sentido. A tentação é grande. O ruído está ficando insuportável.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Os aposentados e pensionistas (alcunhados de vagabundos por FHC) drenam recursos que poderiam socorrer os banqueiros e os ricaços
(23jan2013)


Desde que me entendo por gente, tenho a compreensão de que o homem organizou-se socialmente de forma tal que cada grupo social estabelecesse regras de proteção e amparo para crianças, idosos e indivíduos por alguma razão incapacitados de garantir a própria sobrevivência. Para isso, todos pagamos impostos e taxas as mais variadas que têm, naturalmente, em sua destinação, a parcela destinada ao cumprimento dessa obrigação nossa para conosco. Todos já fomos crianças e a maioria de nós ficará velha mais cedo ou mais tarde. Essa rede de proteção aos mais frágeis ou vulneráveis é prevista em nossos grandes acordos coletivos, principalmente no que designamos como Constituição Federal, e derivativamente nas legislações infraconstitucionais. Por isso, considero absurdo, por exemplo, falar-se em déficit previdenciário. A previdência pública deve estar lastreada pelo Tesouro Nacional, uma vez que todos nós acordamos, via Constituição, que seria dada essa cobertura e garantia de vida digna aos cidadãos que chegassem ao estágio da vida em que necessitassem de tal suporte.

Ao se tratar a Previdência como mero balanço contábil, como se uma empresa fosse, retira-se o foco de seu papel e de sua função originários para tentar justificar cortes em benefícios cujas "promissórias" assinamos um dia. Trata-se na verdade de buscar calotear o cidadão que por toda a vida fez sua parte para ter direito a essa cobertura.

Os mesmos que vivem urrando contra o "déficit" da previdência esquecem-se, providencialmente, de que os recursos da previdência foram utilizados largamente para cobrir outras despesas do Estado, como a construção da Ponte Rio-Niterói (e os aposentados e pensionistas sequer têm passe livre em seus pedágios), a Transamazônica e sabe-se lá quantas outras obras faraônicas erigidas durante a ditadura civil-militar que vivemos. Há quem afirme que o dinheiro da previdência também verteu generosamente para a construção de Brasília, com polpudos abusos de sobrepreço que enriqueceram uma geração de "empresários" que hoje estufam o peito fazendo-se de pais da moralidade e dos bons costumes - ou pior, seus herdeiros achando-se o ó do borogodó porque nasceram em "berço de ouro" fruto do "trabalho incansável" de seus pais ou avós. Pois sim, berço de ouro...

Finalmente, no Japão, conhecido mundialmente pelo milenar respeito aos anciãos ali desenvolvido, um político abre o jogo do capital, verbaliza aquilo que os donos do capital pensam como mais uma forma de mais acumular. Leia a matéria Os idosos “devem se apressar e morrer”, de Altamiro Borges, em seu blog Viomundo, e pasme com a desfaçatez desses caras. A que ponto estamos chegando... tsc, tsc!!

Interessante é que ELES (os mesmos) sempre reclamam de inseguranças jurídicas relativas aos seus contratos e seus bens pessoais a cada vez que um governo em algum país resolve aumentar de alguma maneira o bem-estar de seus cidadãos. No entanto, quem vive em total pânico de insegurança jurídica são os aposentados e pensionistas, pois a estes não é dado sequer uma chance de se contrapor às reformas que lhes retiram (olha o calote aí) direitos trabalhistas e previdenciários.

domingo, 20 de janeiro de 2013

O PT e uma sensação que as pesquisas não medem
(20jan2013)


Por Luiz Carlos Azenha em Viomundo

Numa recente palestra na França, aquela em que, ao cobrir, a Folha tirou do contexto palavras do ex-presidente, Lula fez uma declaração de deixar a esquerda brasileira arrepiada, sobre o que ele vê como objetivos do trabalhador (a) brasileiro (a), quiçá mundial: um homem/mulher bonito (a) para casar, uma casinha, um carrinho e um computador/ipad/ipod.

Dado o tom descontraído em que foi feita a declaração, não devemos levá-la ao pé da letra. Porém, fica clara a dimensão material da “ideologia” do lulismo. Lula não se referiu no discurso à necessidade de conquistar o poder para atender àqueles objetivos que havia elencado, talvez um cacoete dos que não querem deixar o jogo muito explícito diante do adversário de classe. Mas ficou subentendido, já que quem discursava era um ex-presidente de dois mandatos.

Lula fez o nome no estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.

Por obrigação de ofício, conheci a cidade operária nos anos 80. Não propriamente nas grandes greves do ABC, nem na história subsequente do Partido dos Trabalhadores. Eu era um repórter de TV iniciante, na TV Globo de Bauru, e vinha a São Paulo cobrir férias de outros repórteres.

Depois que os metalúrgicos inventaram “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, a emissora deixou de enviar repórteres mais graduados para cobrir os eventos no ABC. Sofreram os de escalão médio, que nos contavam histórias passadas. Eu era peão. Fui lá em outras circunstâncias, gravar o Globo Cidade, boletim sobre problemas comunitários.

Estive lá outras vezes, mas neste sábado passei algumas horas em São Bernardo por conta do jogo entre o time local e o Santos, na abertura do Campeonato Paulista.

Lula estava em seu camarote com dona Marisa e cartolas, o que diz muito sobre como o Brasil mudou nos últimos 30 anos. Havemos de concordar que boa parte das mudanças se deveu ao Partido dos Trabalhadores, com seus erros e acertos, virtudes e defeitos.

A mídia corporativa, fiel aos ditames neoliberais do PSDB, mesmo sem querer contribuiu muito com o PT: o partido que ocupa o Planalto há dez anos, que administra estados e centenas de prefeituras, nunca sentiu-se confortavelmente no poder, por conta das críticas diárias e muitas vezes injustas.

E isso, de certa forma, faz bem, já que suscita os debates internos que podem levar o partido a avançar. Ou não.

O fato é que o estádio da Vila Euclides, hoje Estádio Primeiro de Maio, está um brinco. São Bernardo passou por uma transformação completa. A cidade operária é hoje uma cidade de classe média.

Cerca de 15 mil pessoas no estádio e eu, com um amigo, no meio da torcida do Bernô.

Gente de todo tipo, como a gente sempre encontra nas arquibancadas de um estádio.

Muitos superlativos: “O presidente tá aí hoje” (em São Bernardo, Lula não é ex); “tá na SporTv, tem gente do mundo inteiro olhando”; “o Samuel vai acabar com o Neymar”.

Todas as jogadas em que o craque do Santos se aproximava da lateral, as pessoas corriam com os celulares para fotografar (a caminho do Ipad, diria Lula).

Na arquibancada, dezenas de meninos com o corte de cabelo e os brincos do Neymar, não por serem santistas, mas porque Neymar é um produto de seu tempo (e, lembrem-se, ascendeu na vida).

As crianças ao meu lado eram de uma família muito, muito simples.

Estavam todas claramente encantadas com o espetáculo, desde os fogos de artifício da abertura até as malandragens do Neymar. Os pais complementaram a festa com salgadinhos e refrigerantes. Nem a chuva os espantou: a família comprou capas para todos, a 5 reais a unidade.

Apesar da derrota, saíram todos alegríssimos do estádio pelo simples fato de terem participado.

Quem conhece o Brasil, sabe que isso nem sempre foi possível.

Nas minhas viagens pelo país, sempre me encanta ver a alegria espontânea de quem antes não podia e hoje pode. Comprar carne, andar de avião, comprar celular com três chips (para escapar das tarifas altíssimas entre operadoras), comprar a Honda Biz ou Pop.

Fico fascinado especialmente pela liberdade geográfica: quem antes não podia sair de sua região, hoje pode. De moto ou de avião. O cara que economizava na passagem de ônibus hoje vai ao Ibirapuera com a família, aos domingos. Quando o bilhete único do Haddad estrear, preparem-se: o que o cara antes gastava no transporte vai bombar o comércio e o lazer.

O Merval provavelmente se arrepia com tudo isso, mas o fato é  que desconhecer estes acontecimentos, em si, turva as análises políticas que ele produz. Estamos falando de algo que escapa ao Ibope ou ao Datafolha.

Por mais que a gente despreze esta ascensão material, ela se traduz também numa sensação de pertencimento que nenhuma pesquisa de opinião é capaz de medir.

Pertencimento equivale, sem ser, a uma libertação de classe.

Faz alguns anos fui ao Quênia fazer uma reportagem sobre a família de Barack Obama.

Ficamos em um hotel de Kisumu, na margem do lago Vitória.

Num momento de folga, fui ao bar do hotel, o mais chique da cidade. Fiquei de papo com o barman. A certa altura ele me contou que até hoje recebia visita de gente vinda dos confins do interior queniano. Aquele hotel tinha sido famoso durante o colonialismo britânico e era segregado, ou seja, exclusivo dos brancos. Tinha a primeira piscina de Kisumu, onde negros não se banhavam.

Alguns visitantes, segundo ele, não consumiam absolutamente nada: vinham para ter certeza de que, agora, podiam entrar. Vinham, olhavam e iam embora, provavelmente concluindo que, sim, os tempos tinham mudado.

Era a certeza de que agora pertenciam. Tinha a sensação, ainda que falsa, de que estavam plenamente integrados à sociedade.

Dividiam os ídolos (o zagueiro Samuel), os líderes (o Lula vem ao estádio comigo), os bens físicos (eu também posso ser explorado por preços caríssimos de refrigerantes) e imateriais (vou botar a foto do Neymar no Face e tirar uma onda desse moleque folgado que eu só via na Globo).

O grande problema da oposição brasileira é que, gostem ou não do PT, o partido está associado a esta sensação compartilhada hoje por milhões de brasileiros.

Colocado de forma simples, o PT pode até ser aquele homem (mulher) feio (a), mas foi o único (a) que, no baile, me tirou para dançar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Danilo Gentilli e a "piada" sobre homicídio de homossexuais: uma resposta
(17jan2013)


Há alguns anos conheci um jovem ator de São Paulo que visitava Cuiabá. Eu gostava bem de contar piadas e fazia isso habitualmente entre os meus amigos. Reparei que o jovem não ria de nenhuma das piadas. Inicialmente encarei como um desafio encontrar uma piada que o fizesse rir. Sem sucesso. Depois ele me explicou que não gostava de piadas porque elas sempre elegiam algum personagem para ser ridicularizado por sua nacionalidade, sua cor da pele ou qualquer outra característica que o diferenciasse dos demais seres humanos. Piadas sobre negros, portugueses, gays etc., todas elas tinham como fundo o reforço a preconceitos ou o estabelecimento de estereótipos. Vasculhando meu repertório fui me convencendo da veracidade daquela afirmação. Não perdi meu senso de humor por causa disso. Passei a cuidar mais da elaboração de gostosas ironias em diálogos que se tornaram, a meu ver, bem mais inteligentes e fluidos, sem a necessidade de generalizações bobas envolvendo qualquer tipo de grupamento humano.

Hoje li esta resposta a Danilo Gentilli escrita por Tédney Moreira da Silva e publicada no sítio Maria Frô. Não assisti ao Danilo Gentilli porque não gosto do tipo de humor que ele e seus congêneres fazem, mas, pela resposta, imagino qual teria sido o teor de sua "piada". Por ter algumas crianças como leitores do blog, não tenho a prática de publicar termos que crianças não precisam ler. Assim, vou substituir uma palavrinha do texto por **, o que não prejudicará o seu entendimento por parte de leitores não-crianças.

Minha resposta ao Danilo Gentilli sobre a piada (ironia) de homicídio de homossexuais:

Prezado Danilo Gentili,

Como muitos, sou um telespectador. Ou como qualquer um, na verdade – pois a lógica midiática atual nos considera a nós, seres humanos, números com que aumentar lucros e, por esta razão, descartáveis e substituíveis. As críticas que eu fizer a tal ou qual programa, propaganda, não serão impactantes conquanto eu possa ser, número que sou, trocado por outro “número”, bastando cooptá-lo na tão valorosa (ironia) tarefa de aumentar o “ibope” e o sucesso das suas produções.

Mas, ainda assim, e talvez porque ainda me reste a dignidade de um ser humano em latência (elemento esquecido da lógica midiática), eu insisto em criticar e em refletir sobre o que se passa e o que se profere em nome dessa liberdade de expressão e de comunicação que, a despeito do que se impõe a todos os demais direitos fundamentais (isto é, sua equiparação), se considera superior a todos os demais e, por isso, intocável.

Suas “piadas” são abjetas e a última delas (sobre homicídios de homossexuais), um delito. Não se preocupe: a homofobia não foi criminalizada pelo nosso Congresso, composto por representantes de “números” quando eles mesmos não o são. Mas incentivar a intolerância, a violência, achar risível a miséria humana (sempre esqueço do desconhecimento da mídia sobre o assunto) e torná-la porta de entrada de lucros é dos atos cruéis o mais comum e, por isso mesmo, o mais velado e recorrente.

Penso agora que os “números” que picharam as paredes do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, com os dizeres “Quem gosta de dar, gosta de apanhar”, devem ter rido bastante com a sua piada infame. Parabéns por diverti-los e, num mesmo ato de “expressão”, ter varrido para debaixo do tapete toda a violência contra pessoas que não têm como se defender, a não ser assumindo estereótipos também engraçados (ironia) de alguém que gosta de dar o ** e que, na sua visão que é a de muitos, limita-se a isso.

Este “número” que vos fala ainda tem uma voz (aliás, talvez fosse o caso de vossa senhoria começar a pensar em piadas que nos tornem também mudos, para facilitar a liberdade de vocês, “comunicadores sociais”) e ela não quer se calar diante do riso irrisível.

Ao contrário do que imagina, não é dando o ** que você conseguirá ter mais segurança. Sinto informá-lo (se este tiver sido o seu único plano de autodefesa), mas isto apenas o tornará alvo da violência, que não se limita a uma violência de sangue.

Caravanas de Lula: a pedra no meio do caminho
(17jan2013)


Foto: sítio da Fundação Perseu Abramol

Por Saul Leblon, na CartaMaior, reproduzdo no Escrevinhador

Antes que o PT esboçasse o roteiro das caravanas que Lula planeja realizar este ano o dispositivo midiático iniciou a sua.

Reportagens publicadas nos últimos dias pelo ‘Estadão’ e ‘O Globo’ revisitaram marcos do governo petista.

Alguns títulos pinçados desse primeiro arranque :
‘Dez anos depois, população pobre do Brasil permanece refém de programas de renda’;
‘Berço’ do Fome Zero não muda com programas sociais’;
‘Em Guaribas, 87% da população vive do Bolsa Família’.
‘PT tira milhões da pobreza, mas abandona responsabilidade fiscal’
Vai por aí a coisa.

As referências de partida às cidades pobres de Guaribas (PI) e Itinga (BA), recheiam o propósito de alvejar por antecipação os símbolos previsíveis de um roteiro petista.

Ambas estão associadas ao Fome Zero, o primeiro programa lançado por Lula no primeiro ato, do primeiro dia, do seu primeiro governo, em 3 de janeiro de 2003.

Emerge dos textos a ordem unida que deve afinar a desconstrução desse ciclo incômodo.

Na superfície, benevolência: milhões deixaram a pobreza, mas…