quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Roberto Gurgel parece ser o instrumento escolhido para se consumar um golpe à moda paraguaia
(31jan2013)


Peço vênia ao Eduardo Guimarães para publicar seu texto tão rapidamente. Acabei de lê-lo e considerei imprescindível divulgá-lo. Acredito que muitos outros blogueiros e sitiantes deverão faze-lo para estendermos uma rede de alerta sobre os malefícios que a mídia da elite vem "cozinhando" em seu caldeirão de antidemocracia para depois ministrar a um povo supostamente ignorante.

Quando percebemos que alguém está a preparar um roubo (no caso, o nosso Estado de Direito Democrático), há que se gritar a plenos pulmões: "Pega ladrão!".

Gostaria de lembrar ou informar aqui, também, que o digníssimo Sr. Roberto Gurgel está à frente de uma licitação feita pela PGR para a compra de 1226 tablets na qual a única vencedora somente poderia ser a Apple. A licitação chega a citar a marca do processador e dá as exatíssimas dimensões do aparelho produzido por aquela marca (leia a matéria aqui).

A PGR informou que a lei faculta a escolha de uma determinada marca quando a tecnologia desejada tiver somente um fabricante. No entanto, não se explica pelo fato de a empresa que ganhou a concorrência ser uma média empresa de faturamento anual muito pequeno que tem uma pequena loja em Brasília e se apresenta como "especialista em licitações". Também não explica porque o mesmo Ipad (com capa incluída) ficou, segundo o jornalista Renato Rovai, a um preço unitário R$15,00 mais alto do que se tivesse sido comprado no site das lojas Americanas. Pressupõe-se que a compra em grande quantidade e que a concorrência deveriam ter como consequência preços menores a serem pagos pelo erário.

Por fim, a data em que foi feito o pregão, 31 de dezembro de 2012 à tarde, quando sequer havia expediente no serviço público federal, é, para dizer o mínimo, estranha.

Mas vamos à desconfiança que recai sobre o Sr. Procurador Geral da República quanto ao seu possível papel num golpe orquestrado pela direita midiática e pelas elites retrógradas associadas à direita política, todas furiosas porque o povo "não sabe votar". Há uma frustração imensa da direita porque não consegue mais fazer do povo aquela velha massa de manobra, dócil e amestrada pela vênus platinada e pela revista inominável. TV e revista que querem tudo, menos um Brasil pujante, igualitário, feliz e ativo no concerto das nações. Um Brasil feliz escapa das garras da elite, da opressão econômica e da exploração brutal - praticamente escravagista - da capacidade de trabalho de seu povo.

Direita midiática aposta todas as fichas em Roberto Gurgel

Por Eduardo Guimarães no blog Cidadania

O Script do Golpe vai sendo encenado com uma rapidez que supera várias previsões que foram feitas neste espaço nos últimos meses. Em 4 de novembro do ano passado, por exemplo, escrevi sobre tal script em post que antecipava o que estamos vendo acontecer. Abaixo, um trecho daquele texto profético.
“(…) há poucas dúvidas – se é que existe alguma – de que o doutor Roberto Gurgel aceitará, gostosamente, a denúncia que a oposição faz àquele que responsabiliza por suas derrotas eleitorais (…)”
Gurgel já encampou as denúncias contra Lula. E, agora, vai se cumprindo a segunda parte do “espetáculo do golpe” com a representação da oposição contra Dilma feita à instituição que o mesmo Gurgel chefia. Esta previsão foi feita em 27 de dezembro último, no post 2013, o ano do golpe. Abaixo, outro trecho profético.
“(…) O golpe “institucional” à brasileira, pois, já está desenhado. Lula (…) dificilmente deixará de ser denunciado por iniciativa da mesma Procuradoria Geral da República que dispõe, também, da prerrogativa de denunciar presidentes da República. Roberto Gurgel (…) ficará mais sete meses no cargo. Uma eternidade, em termos de tempo para tentar inviabilizar Lula ou Dilma como candidatos (…)."
É tudo tão previsível que chega a dar sono. Inclusive, vale refletir que o noticiário imbecil sobre catástrofes na economia que tantos veem como má estratégia da direita midiática, pode vir a calhar em um momento em que seja preciso “justificar” alguma medida mais, por assim dizer, “radical”.

Devemos notar, portanto, que a inviabilização dos dois gigantescos candidatos que o PT tem para escolher para disputar a sucessão presidencial de 2014 (Lula e Dilma) com o anti-Lula da vez dependerá de um só homem.

Não serão Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes ou qualquer outro teleguiado da direita midiática no STF. Este precisa de uma provocação e só quem pode fazê-la também contra a presidente da República é ninguém mais, ninguém menos do que ele, Gurgel.

Como já foi dito repetidas vezes nesta página, no tempo que lhe resta à frente do Ministério Público Federal o atual procurador-geral pode fazer muito estrago, ainda. Além de arrolar algum parlamentar para remeter a ação contra Lula ao STF em vez de à primeira instância, ele tem a prerrogativa de denunciar a presidente da República.

Eis que o PSDB e a mídia fornecem o material para Gurgel moldar o golpe “institucional” à brasileira: a representação daquele partido contra o pronunciamento de Dilma na semana passada, quando ela foi à tevê e defendeu seu governo dos ataques tucano-midiáticos.

Detalhe: a representação contra Dilma que o PGR deverá aceitar baseia-se, exclusivamente, em matérias de Globo, Folha, Estadão e Veja ao criticarem a presidente por ter ido à tevê.

Restam poucas dúvidas, assim, de que Gurgel irá propor ao STF ações contra Lula e Dilma. E apesar de não haver tempo para tais ações serem julgadas até outubro do ano que vem, a iniciativa, em ano eleitoral, servirá de discurso para uma oposição que pouco tem a dizer.

Claro que restam a Dilma algumas cartas na manga. Ainda há mais dois ministros do STF para ela nomear (caso Celso de Mello antecipe mesmo sua aposentadoria). E, em agosto, ela nomeará o novo procurador-geral da República.

Do jeito que as coisas vão, porém, quem garante que a configuração atual do STF não cometa mais uma barbaridade jurídica e conclua os processos contra Lula e a presidente da República à moda paraguaia, de forma relâmpago? Eis por que o procurador-geral da República é a grande esperança da direita midiática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário