Na imagem abaixo explicita-se o "padrão Ricúpero" adotado pela mídia: uma notícia que os patrões saboreiam vem em manchete na capa do jornal, enquanto que uma notícia da qual os patrões não gostam vem num caderno interior ao pé da página, sem nenhum destaque gráfico.
Quem sou eu
- Aquiles Lazzarotto
- Bebedouro, São Paulo, Brazil
- Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Padrão Ricúpero de jornalismo do PiG (19set2011)
Ex-ministro de FHC, Rubens Ricúpero, sem saber que o áudio continuou ligado, comentou com o jornalista que o entrevistava na Globo que o governo mostrava o que achava que era bom e escondia o que seria ruim para o governo. Isso foi ouvido e gravado por telespectadores que recebiam a transmissão com antena parabólica.
Na imagem abaixo explicita-se o "padrão Ricúpero" adotado pela mídia: uma notícia que os patrões saboreiam vem em manchete na capa do jornal, enquanto que uma notícia da qual os patrões não gostam vem num caderno interior ao pé da página, sem nenhum destaque gráfico.
Na imagem abaixo explicita-se o "padrão Ricúpero" adotado pela mídia: uma notícia que os patrões saboreiam vem em manchete na capa do jornal, enquanto que uma notícia da qual os patrões não gostam vem num caderno interior ao pé da página, sem nenhum destaque gráfico.
Festival de notícias boas do Pentelhão (19set2011)
Posto juntas as notícias boas de quarta-feira e de domingo passados.
Querida Míriam, hoje não temos tempo nem espaço pra ficar de papo furado. Vamos, portanto, direto para as notícias boas de quarta, quinta e sexta-feira!!!
Coluna Mercado Aberto, Maria Cristina Frias, jornal Folha de S. Paulo, quarta-feira, dia 14/09/2011:
Domingão da Míriam Leitão!!! Dessa vez achamos que fomos longe demais com as notícias boas!!! Esperamos que ela aguente!!!
Querida Míriam, hoje não temos tempo nem espaço pra ficar de papo furado. Vamos, portanto, direto para as notícias boas de quarta, quinta e sexta-feira!!!
As empresas do povo
Petrobras
Coluna Mercado Aberto, Maria Cristina Frias, jornal Folha de S. Paulo, quarta-feira, dia 14/09/2011:
Avaliação de óleo e gás – A governança corporativa da Petrobras foi avaliada pela empresa de consultoria SAM, que fornece dados para o DJSI (Índice Dow Jones de Sustentabilidade), como acima da média mundial no setor de óleo e gás.
A nota recebida pela companhia brasileira foi de 82%, enquanto a média foi de 74%, segundo o levantamento.
Foram analisadas 118 empresas do setor de óleo e gás, sendo que 12 delas foram incluídas no DJSI, utilizado como critério para investimento de fundos que superam US$ 8 bilhões em valor.Comentário do Pentelhão: Oh Míriam, não é justo que seus leitores não fiquem sabendo dessas notícias! Nem que seja para você dividir sua raiva com eles!!!
O Brasil também se mobiliza (19set2011)
A olhos nus (José Miguel Wisnick)
Ná Ozzetti
Há algo de novo na República de Bruzundanga
O Brasil – devem alguns imaginar – talvez esteja mais uma vez excluído do bonde da História
Por Luiz Ricardo Leitão
Estudioso no mundo do trabalho, o professor Ricardo Antunes escreveu há poucos dias um oportuno artigo no qual enuncia que a percepção de que as elites saqueiam o Estado, “minguando os recursos para saúde, educação e previdência”, chegou definitivamente à periferia. “A tela está ficando quente”, sentenciou o titular de Sociologia da Unicamp, consignando em seu texto a série de protestos e revoltas deflagrados desde o início de 2011 nos quatro cantos do planeta.
Na Grécia, “a pólis moderna presenciou uma nova rebelião do coro”, em violenta reação à fórmula de captação de recursos públicos em prol das grandes corporações. Já a Tunísia deu o alerta no mundo árabe, farto da explosiva receita de opressão e miséria sob um regime de benesses dos clãs sustentados pela riqueza petrolífera. Portugal viu surgir a “geração à rasca”, que só em Lisboa reúne mais de 200 mil jovens e imigrantes, quase todos sem trabalho ou subempregados; são eles os criadores do movimento Precári@s Inflexíveis, cujo manifesto evoca o tom libertário dos documentos escritos pelas organizações de trabalhadores em épocas de agudo conflito social. Eis alguns trechos:
“Somos operadores de call center, estagiários, desempregados [...] Não temos férias, não podemos engravidar nem ficar doentes. Direito à greve, nem por sombras. [...] Estamos na sombra, mas não calados. Com a mesma força que nos atacam os patrões, respondemos e reinventamos a luta. Afinal, nós somos muito mais do que eles. Precári@s, sim, mas inflexíveis.”
domingo, 18 de setembro de 2011
Liberdade à moda norte-americana: falta de compaixão (18set2011)
Belle qui tiens ma vie (Jehan Tabourot)
Scholars of London
Livre para morrer
Por Paul Krugman
A falta de compaixão tornou-se uma questão de princípio, pelo menos na base republicana
EM 1980, justamente quando os Estados Unidos estavam descrevendo uma virada política para a direita, Milton Friedman defendeu a mudança com a famosa série de TV "Free to Choose" (Livre para escolher). Em um episódio após outro, o simpático economista identificou a economia do laissez-faire com a escolha e o empoderamento pessoais -uma visão otimista que seria ecoada e ampliada por Ronald Reagan.
Mas, hoje, "livre para escolher" virou "livre para morrer".
No debate dos pré-candidatos republicanos na última segunda-feira, Wolf Blitzer, da CNN, perguntou ao deputado Ron Paul o que deveríamos fazer se um homem de 30 anos que optou por não ter convênio médico precisasse de seis meses de atendimento em UTI.
Paul respondeu: "A liberdade implica nisso -assumir seus próprios riscos". Blitzer o pressionou outra vez, perguntando se "a sociedade deveria simplesmente deixá-lo morrer". A plateia explodiu com aplausos e gritos de "sim, sim!".
O incidente destacou algo que a maioria dos comentaristas políticos ainda não absorveu: hoje, a política americana envolve visões morais fundamentalmente distintas.
Poucas das pessoas que morrem por falta de atendimento médico se parecem com o indivíduo hipotético postulado por Blitzer, que poderia ter pagado seguro médico.
A maioria dos americanos sem seguro médico ou tem renda baixa e não pode pagar, ou é rejeitada pelos convênios porque sofre de problemas médicos crônicos.
Então pessoas da direita estariam dispostas a permitir que as pessoas que não têm seguro médico, sem serem culpadas por isso, morram por falta de atendimento? Com base na história recente, a resposta é um "sim!" retumbante.
No dia seguinte ao debate, o Birô do Censo divulgou suas estimativas mais recentes. O quadro geral é lamentável, mas um ponto relativamente positivo foi o atendimento médico a crianças. A porcentagem de crianças sem cobertura foi mais baixa em 2010 que antes da recessão, graças à ampliação em 2009 do Programa de Seguro-Saúde Infantil do Estado, ou SCHIP.
O ex-presidente George W. Bush tinha bloqueado tentativas anteriores de proporcionar cobertura a mais crianças -sob aplausos de muitos da direita.
Logo, a liberdade de morrer se estende não apenas aos imprevidentes, mas também às crianças e às pessoas sem sorte. E a adesão da direita a essa noção assinala um deslocamento importante na natureza da política americana.
Agora, a compaixão está fora de moda -na realidade, a falta de compaixão tornou-se uma questão de princípio, pelo menos na base republicana.
O conservadorismo moderno é, na realidade, um movimento profundamente radical, hostil ao tipo de sociedade que temos há três gerações - que, agindo por meio do governo, procura mitigar alguns dos "perigos comuns da vida" por meio de programas como a Previdência Social, seguro-desemprego, Medicare e Medicaid.
Os eleitores estão preparados para aderir a uma rejeição tão radical do tipo de América em que todos nós crescemos? Vamos descobrir em 2012.
Tradução de Clara Allain
Publicado na Folha e postado ontem no blog O Esquerdopata.
MST responde à revista IstoÉ (18set2011)
Saudade de minha terra (Belmonte / Goiá)
Orquestra de Violeiros de Mauá
O fim da ética da IstoÉ, a revista que vende reportagens por quilo
18 de setembro de 2011
Da Secretaria Nacional do MST
A revista IstoÉ publica na capa da edição desta semana um boné do MST bem velho e surrado, sob terras forradas de pedregulhos.
Decreta na capa “O fim do MST”, que teria perdido a base de trabalhadores rurais e apoio da sociedade.
Premissa errada, abordagem errada e conclusões erradas.
A mentira
A IstoÉ informa a seus leitores que há 3.579 famílias acampadas no Brasil, das quais somente 1.204 seriam do MST.
A revista mente ou equivoca-se fragorosamente. E a partir disso dá uma capa de revista.
Segundo a revista, o número de acampamentos do MST caiu nos últimos 10 anos. E teria chegado a apenas 1.204 famílias acampadas, em nove acampamentos em todo o país.
Temos atualmente mais de 60 mil famílias acampadas em 24 estados.
Levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aponta que há 156 mil famílias acampadas no país, somando todos os movimentos que lutam pela democratização da terra.
A revista tentou dar um tom de credibilidade com as visitas a uma região do Rio Grande do Sul, onde nasceu o Movimento, e ao Pontal do Paranapanema, em São Paulo.
Se contasse apenas os acampados nessas duas regiões, chegariam a um número bem maior do que divulgou.
A reportagem poderia também ter ido à Bahia, por exemplo, onde há mais de 20 mil famílias acampadas que organizamos.
O repórter teve oportunidade de receber esses esclarecimentos e até a lista de acampamentos pelo país.
Mas não quis ou não fez questão, porque se negou a mandar as perguntas por e-mail para o nosso setor de comunicação.
Outra forma seria perguntar para o Incra ou pesquisar no cadastro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
Tampouco isso a IstoÉ fez.
Se foi um erro, além de incompetente, a direção da IstoÉ é irresponsável ao amplificá-lo na capa da revista.
Se não foi um erro, há mais mistérios entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia, como escreveu William Shakespeare.
O desvio
A IstoÉ se notabilizou nos últimos tempos nos meios jornalísticos como uma revista venal. A revista é do tipo “pagou, levou”. Tanto é que tem o apelido de "QuantoÉ".
Governos, empresas, partidos, entidades de classe, igrejas (vejam a capa da semana anterior) compram matérias e capas da revista. E pagam por quilo, pelo “peso” da matéria.
A matéria da IstoÉ não é fruto de um trabalho jornalístico, mas de interesses de setores que são contra os movimentos sociais e a Reforma Agrária.
Não é de se impressionar uma vez que a revista abandonou qualquer compromisso com jornalismo sério com credibilidade, virando um “ativo” para especuladores.
Nelson Tanure e Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, banqueiro marcado por casos de corrupção, disputaram a compra da revista em 2007.
Com o que esses tipos têm compromisso? Com o dinheiro deles.
Reação do latifúndio
A matéria é uma reação à nossa jornada de lutas de agosto.
Foram mobilizados mais de 50 mil trabalhadores rurais, em 20 estados.
Um acampamento em Brasília, com 4 mil trabalhadores rurais, fez mobilizações durante uma semana e ocupou o Ministério da Fazenda para cobrar medidas para avançar a Reforma Agrária.
A jornada foi vitoriosa e demonstrou a representatividade social e a solidez das nossas reivindicações na luta pela Reforma Agrária.
O governo dobrou o orçamento para a desapropriação de terras para assentar 20 mil famílias até o final do ano, liberou o orçamento para cursos para trabalhadores Sem Terra, anunciou a criação de um programa de alfabetização e a criação de um programa de agroindústrias.
Interesses foram contrariados e se articularam para atacar o nosso Movimento e a Reforma Agrária. Para isso, usam a imprensa venal para alcançar seus objetivos.
Os resultados da jornada e a reação do latifúndio do agronegócio, por meio de uma revista, apenas confirmam que o MST é forte e representa uma resistência à transformação do Brasil numa plataforma transnacional de produção de matéria-prima para exportação e à contaminação das lavouras brasileiras pela utilização excessiva de agrotóxicos.
A luta vai continuar até a realização da Reforma Agrária e a consolidação de um novo modelo agrícola, baseado em pequenas e médias propriedades, no desenvolvimento do meio rural, na produção de alimentos para o povo brasileiro sem agrotóxicos por meio da agroecologia.
Publicado hoje no sítio de Luís Nassif .
sábado, 17 de setembro de 2011
Curso Básico de Jornalismo Manipulativo: a "Marcha" (17set2011)
It's not enough (Marina Lima / Pat McDonald / Reed Vertelney)
Marina Lima
Para entender a Marcha contra a Corrupção
Alguns de nossos alunos ficaram confusos sobre qual posição adotar a respeito da chamada “Marcha Contra a Corrupção”, patrocinada e incentivada por nossos aliados, e realizada no dia 7 de setembro.
* * * * *
O blogueiro da “Veja”, Reinaldo Azevedo, comemorando a adesão ao seu lema pelos participantes da marcha:
* * * * *
A confusão procede: uma ação mais incisiva contra a corrupção poderia chegar a setores nada recomendáveis. Mesmo a aparentemente inócua (para o “nosso lado”) CPI da Corrupção, apoiada por eminentes oposicionistas, …
… poderia ser desvirtuada pela convocação de notórios corruptores, colocando em risco alguns dos principais financiadores do “nosso lado”.
Vamos, então, aos esclarecimentos necessários.
Primeiro, consideramos infeliz a escolha do nome “Marcha”. Civil não faz marcha: faz passeata. A palavra “marcha” lembra um tempo que a maioria da população preferiria esquecer, embora muitos dos nossos colegas sonhem com a volta dos valores e das práticas daquela época sombria.
Segundo, precisamos explicar por que uma marcha contra a corrupção feita em São Paulo não trouxe nenhuma lembrança dos mais notórios casos de corrupção verificados naquela cidade e naquele Estado – a saber, nenhuma faixa sobre:
. O escândalo internacional da Alstom.
. O caso do Rouboanel (denominação criada pelos próprios paulistanos).
. Os postos de arrecadação política dos pedágios.
. As fraudes comprovadas na construção das linhas do metrô.
. A famosa Cratera do Metrô.
. O Caso Paulo Preto.
. Os casos dos parentes do governador Alckmin.
. O aparelhamento de órgãos estatais com políticos do PSDB e do DEM derrotados em outros Estados.E muitos outros mais.
A explicação é simples. Para todo o Brasil, São Paulo é o símbolo nacional da impunidade, na luta contra a corrupção. Tanto a Câmara Municipal quanto a Assembleia Estadual barram, por ordem do Executivo, qualquer tentativa de apuração de irregularidades e de desvio de verbas.
No Estado, governado pelo PSDB desde 1995, nenhuma CPI investigativa foi instaurada pelos legisladores. Mais de 70 pedidos de investigação repousam nas lixeiras da Casa.
Em nossas marchas, você jamais verá um cartaz desses tendo São Paulo como alvo.
(E se você estranhou a presença de faixas contra o prefeito Gilberto Kassab na Marcha, e também a denúncia do “Estado de S. Paulo” sobre uma concorrência fraudada, feita no dia seguinte, saiba que o prefeito se tornou um inimigo político de José Serra. A crítica, antes proibida, agora está liberada.)
Em São Paulo nada se investiga, nada se pune. Não faria sentido o “nosso lado” apoiar uma marcha que fizesse denúncias contra nossos mais ilustres políticos. Nesse Estado e em todo o País, o foco deve ser o mesmo de sempre: o Governo Federal e os políticos do grupo que substituiu nosso grupo de aliados em Brasília.
Terceiro, façamos uma breve e didática análise do processo da corrupção para que você entenda o sentido desse movimento em nossa luta pelo poder.
O processo da corrupção
A corrupção é um processo, e como todo processo ela se desenvolve por fases. Didaticamente, a prática desse processo desenvolve-se deste modo.
1. A intenção de corromper.
Alguém tem a ideia de lucrar, de maneira ilícita, com uma oportunidade: um amigo bem colocado na estrutura do poder, uma concorrência pública, uma verba recém-aprovada. No processo, esta é a fase “Luzinha acesa sobre a cabeça”.2. A iniciativa de corromper.
Essa pessoa (ou esse grupo empresarial, como uma empreiteira, um banco, uma holding) toma a iniciativa de buscar ativamente esse benefício. A corrupção deixa de ser subjetiva e passa ao plano objetivo, da realidade, do comportamento. No processo, esta é a fase “Tô chegando”.3. A proposta de corrupção.
O agente da corrupção faz a proposta à pessoa certa, diretamente ou, na maoria dos casos, por meio de um representante. Essa é a função clássica dos lobistas, profissionais especializados em cor… convencer uma outra pessoa sobre as vantagens mútuas de um negócio ilícito. No processo, esta é a fase “Vamos lucrar?”.Você já pensou por que quase não se encontram reportagens sobre lobistas na imprensa, essa categoria de profissionais sombrios que infesta as casas legislativas e que promove animadas festas noturnas nas quais…? Bem, você sabe.
4. A aceitação da proposta.
O alvo do corruptor aceita a proposta. No processo, esta é a fase “Oba!”.5. O fechamento do trato.
As duas partes chegam a um acordo, mutuamente benéfico. No processo, esta é a fase “Unidos venceremos”.6. O primeiro pagamento.
Em certos casos, um primeiro pagamento consolida o acordo e garante ao corrupto um ganho concreto, mesmo que o resultado futuro não seja o pretendido por ambas as partes. No processo, esta é a fase “Te paguei em confiança. Olha lá, heim?”.7. O cumprimento do acordo.
O corrupto cumpre o acordo: o negócio ilícito é afinal realizado. Um benefício é concedido a uma pessoa ou empresa, uma concorrência é fraudada, uma verba é destinada a quem não a merece. No processo, esta é a fase “Gostou do resultado?”.8. O pagamento final.
O corruptor, que tinha iniciado o processo, põe um termo a ele ao fazer o pagamento do serviço prestado. No processo, esta é a fase “Unidos, vencemos”.Repare como esse processo serve para mapear até mesmo uma corrupção em escala menor, como o suborno de um guarda: pego numa blitz, o motorista tem ideia de sair-se da enrascada sem pagar a vultosa multa (1), engata uma conversa inicialmente cautelosa (2) e, percebendo a receptividade do guarda, faz a proposta (3): uma cerveja caprichada, e estamos conversados. O policial aceita a proposta (4), os dois combinam como o pagamento será feito (5), este é realizado (6-8), e o policial cumpre o acordo de não multar o infrator, em troca de um benefício ilegal (7).
Qualquer análise racional descobrirá o óbvio: o corruptor está no início, no meio e no fim do processo. Sem ele, não existiria corrupção. É ele quem toma a iniciativa de corromper, e é ele quem tem o recurso mais valioso na negociação (o dinheiro), quem estabelece as bases da proposta e quem faz o pagamento que concretiza a corrupção.
A lei reconhece essa verdade simples ao denominar os crimes como corrupção ativa (o crime do agente, do corruptor) e corrupção passiva (o crime do corrompido, daquele que aceita participar do esquema ilícito).
Reza o ditado: “Corruptos são ervilhas; corruptores são pérolas”. De um lado, uma multidão disponível e barata; do outro, poucos endinheirados. Corruptos são substituíveis: se determinado alvo faz jogo duro, cisma de ser honesto, recusa-se a aceitar propostas mutuamente vantajosas, basta uma campanha pela imprensa, um lobby num Ministério, ou mesmo uma ação mais radical, como o assassinato, e está resolvido o problema eventual. Uma autoridade mais compreensiva assume a função, e segue o jogo.
Um exemplo: há poucos anos, no Rio de Janeiro, vários responsáveis pela compra de medicamentos para os hospitais públicos foram alvos de atentado por se recusarem a fazer o jogo das empresas.
Já os corruptores são poucos e poderosos.
Portanto, um movimento inteligente de combate à corrupção focaria em três medidas básicas:
1. Ataque à causa do problema, ou seja, à fonte da corrupção: o corruptor.
2. Redação de leis inteligentes e ágeis, em que as penas fossem proporcionais à responsabilidade: no caso, uma pena bem maior para o corruptor.
3. Punições adicionais que atingissem o “bolso” do corruptor.Por exemplo, após a condenação, a proibição de realizar, durante 10 anos, outro negócio com o Estado.
No âmbito psicossocial, esse movimento lutaria por uma cena de impacto: a foto da prisão de um corruptor. Uma situação capaz de assustar toda a cadeia (opa!) da corrupção.
Tenho certeza de que você se lembrará de uma foto semelhante, que marcou uma operação da Polícia Federal, há alguns anos (e ele foi algemado, ainda por cima…), como também se lembrará da reação imediata e surpreendente das “altas esferas” que tornou impossível repetir esse procedimento humilhante contra notórios corruptores.
Você já deve ter reparado que os interessados na continuidade do processo da corrupção e na continuidade dos benefícios financeiros, políticos e sociais advindos desse processo intuem a importância primordial de proteger, a qualquer custo, o agente da corrupção: ele é a galinha dos ovos de ouro (e dos relógios, canetas e barras de ouro, das notas verdinhas etc.).
Que fiquem em paz os maiores financiadores da mídia, da política e da advocacia.
Essa atividade de proteção, quando assumida por quem fiscaliza as ações dos homens públicos (os legisladores e a mídia), gera a situação de impunidade. Ou seja, paradoxalmente, a atividade de proteção se manifesta pela inatividade ante a ação criminosa. Basta isso.
Nossa posição quanto ao movimento
Agora você entende por que a nossa Equipe jamais apoirá uma passeata que tenha como alvo a causa da corrupção. Porque, se ela for bem-sucedida em seus desdobramentos, esse sucesso representará um ataque a alguns dos principais anunciantes da mídia, além de colocá-la na constrangedora obrigação de fazer matérias policiais contra eles, e de impor um silêncio suspeito ou uma defesa insustentável dos corruptores aos nossos colunistas.
Essa situação significará também o fim da irrigação dos bolsos dos nossos aliados políticos.
Apoiamos, assim como os principais órgãos da mídia nacional, marchas, passeatas e campanhas que associem a corrupção ao “outro lado”, visando desgastar os atuais ocupantes do Governo Federal. E só.
Apoiamos também a posição de nossos aliados do PSDB em São Paulo: “CPI contra a corrupção em nosso quintal, jamais!” Um partido que dá 16 anos de garantia de impunidade a seus financiadores cria um ambiente ideal para o fluxo de recursos, das mãos de quem os tem para as de quem precisa tê-los.
Outro ponto importante: este movimento possui duas vias, uma negativa e outra positiva. Na via negativa, a do “combate” à corrupção, procuramos desgastar nossos inimigos políticos: é a via ladeira abaixo. Na via positiva, a do voto distrital, procuramos criar um caminho para a volta dos nossos aliados ao poder: é a via ladeira acima.
Você já deve ter reparado na identidade entre os atores políticos: aqueles que estão à frente do “combate” à corrupção são os mesmos que defendem o voto distrital.
* * * * *
Acima, imagem do blogue de Reinaldo Azevedo. Abaixo, imagem do site oficial da campanha (Eu Voto Distrital, antes pertencente à Associação Comercial de São Paulo, e, depois de denúncia de desocupados na Web, transferido para Luiz Felipe Charles d’Ávila):
Todos do “nosso lado”.
Abram alas para nosso principal think-tank (e chega daquela gracinha: “mais tank do que think”…).
Nome onipresente no Colóquio: o dono do site “Eu Voto Distrital”.
http://www.imil.org.br/divulgacao/sp-7-coloquio-instituto-millenium-voto-distrital-ou-voto-proporcional/
https://registro.br/cgi-bin/whois/?qr=009.512.143/0001-57&#lresp
* * * * *
“Corrupção” e “voto distrital” são as novas palavras de ordem, a serem usadas liberalmente em colunas, artigos, manchetes. O tema corrupção irá desgastando o “outro lado”, enquanto o tema voto distrital irá promovendo o “nosso lado”. Eles descendo, nós subindo.
Apoie o voto distrital, mesmo sem saber como funcionaria essa novidade. Venda-o como vendemos ao povo o Plano Collor, o programa de privatizações, o presidente Fernando Henrique Cardoso e a necessidade de sua reeleição: como a única salvação para o País.
E lembre-se: a manipulação dos movimentos cívicos “espontâneos” (isto é, incentivados, quando não criados, pela mídia) sempre foi uma das formas inteligentes de luta pelo poder: sob a fachada de um valor edificante, as velhas e sórdidas manobras políticas. A juventude ingênua e bem-intencionada ainda não aprendeu essa verdade – melhor para nós, porque assim podemos comandá-la com a ajuda de seus ídolos.
* * * * *
Agora, de posse dessas informações esclarecedoras, você tem todos os elementos necessários para praticar com eficiência o bom e velho jogo da manipulação jornalística, trazendo mais apoiadores para o “nosso lado”.
Às ruas, portanto, porque 2012 já está chegando, e 2014 (nosso foco mais importante) poderá nos reservar boas surpresas, depois de 12 anos sem elas.
* * * * *
Publicado hoje no blog Curso Básico de Jornalismo Manipulativo.
Comunicação à Polícia Militar de SP do Ato Público (17set2011)
Formigueiro (Ivan Lins / Vitor Martins)
Ivan Lins e Tim Maia
Comando da Polícia Militar da Capital/SP.
At. Ilmo. Sr. Comandante
Ref: Comunicação de realização de Ato Público dia 17/09/2011, das 14,00 as 18,00 horas, no vão livre do MASP
Museu de Arte de São Paulo, Avenida Paulista, nº 1.578, Capital/SP
Prezado Senhor Comandante
Venho, respeitosamente, através do presente, comunicar essa D. Corporação que realizaremos, juntamente com outras entidades da sociedade civil brasileira, um Ato Público no próximo dia 17/09/2011, sábado, das 14,00 as 18,00 horas, no vão livre do MASP – Museu de Arte de São Paulo, situado na Avenida Paulista, nº 1.578, nesta capital.
A manifestação, como outras já realizadas por esta ONG na capital, terá caráter pacífico e será um protesto dos cidadãos e entidades da sociedade civil contra os grandes meios de comunicação, que não divulgam ou não dão o devido destaque contra os corruptores em negociatas feitas com a administração pública no Brasil, dando destaque apenas aos que são corrompidos por esse crime que lesa os cofres públicos e o direito dos cidadãos de terem esses recursos aplicados na educação, saúde, segurança e infra-estrutura públicas do nosso país.
O ato público também abordará como a grande midia faz denuncias seletivas visando atingir apenas determinados governos e instituições públicas brasileiras. Queremos que a grande midia fiscalize e denuncie as irregularidades, desvios ou mau uso do dinheiro público de todos os governos , sejam eles de quaisquer partidos, que haja de forma republicana e imparcial na defesa dos interesses do país e da nossa sociedade.
O ato público também apoiará a democratização e a regulamentação legal dos meios de comunicação no Brasil, hoje controlada e monopolizada por apenas 4 grandes grupos empresariais.
O Ato Público vai ser realizado apenas no vão livre do MASP, não havendo caminhada ou passeata pela via pública depois do seu final, respeitando-se o direito de ir e vir dos demais cidadãos.
A manifestação está sendo convocada pelas redes sociais do facebook e por blogs da internet e já temos confirmada a presença de cerca de 1.300 (mil e trezentas ) pessoas, podendo seu numero variar para mais ou para menos, já que a divulgação é ampla quando se trata de internet.
Atenciosamente
Eduardo Guimarães
Presidente
ONG MOVIMENTO DOS SEM MÍDIA – MSM
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Abaixo a corrupção da mídia (15set2011)
Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro (Louis Moreau Gottschalk)
Orquestra Sinfônica de Berlin
O texto a seguir será mantido em evidência até sábado, dia 17 de setembro, quando será lido pelo Movimento dos Sem Mídia durante o Ato Público Contra a Corrupção da Mídia. Se você apóia, deixe seu comentário no Blog da Cidadania. Eu já deixei lá consignado o meu apoio. O manifesto será enviado à Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação com Participação Popular, com os nomes de quem apoiá-lo.
Senhoras e senhores,
Estamos aqui hoje para nos manifestar contra a corrupção, mas não como aqueles que estiveram neste mesmo local no último dia 7 de setembro dizendo que se manifestavam pelo mesmo motivo. O que aquelas pessoas fizeram, na verdade, foi um ato orquestrado por grandes impérios de comunicação e que teve como objetivo favorecer partidos políticos.
Antes de prosseguir, é bom explicar que este Ato Público não pertence a nenhum partido político, a nenhum sindicato, a nenhum grupo de interesse. Foi convocado pelo Movimento dos Sem Mídia, que luta pela democratização da comunicação no Brasil, ou seja, para que essa comunicação não continue na mão de meia dúzia de famílias.
Quem são esses impérios de comunicação? São a Globo, os jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo e a revista Veja e alguns outros que repetem o que eles dizem. Esses veículos estimularam a manifestação que ocorreu aqui no Masp no último dia 7 usando artigo escrito por um jornalista espanhol ligado a esses empresários de comunicação.
O jornalista espanhol Juan Arias disse que os brasileiros seriam acomodados com a corrupção porque não saem às ruas para protestar como no país dele. Escreveu aquilo apesar de que seu povo está indo às ruas porque a Espanha está em uma terrível crise econômica, com desemprego nas alturas. Os brasileiros não fazem o mesmo porque este país está indo muito bem, obrigado.
Os tais impérios de comunicação, dessa forma, passaram a reproduzir sem parar aquele texto sem sentido em seus jornais, revistas, rádios, televisões e portais de internet. Poucas semanas depois, aparecem essas manifestações “contra a corrupção” como a que aconteceu aqui no Masp no último dia 7 de setembro.
Naquela manifestação, o que se viu não foram críticas a toda corrupção, mas a políticos e ao partido aos quais as famílias Marinho (dona da Globo), Frias (dona da Folha de São Paulo), Mesquita (dona do Estadão) e Civita (dona da revista Veja) se opõem há muito tempo, ou seja, ao Partido dos Trabalhadores, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff.
Não foi por outra razão que aquela manifestação que ocorreu há cerca de duas semanas aqui neste mesmo local tinha faixas e cartazes acusando de corrupção o ex-presidente Lula, o PT e a presidente Dilma e foi acompanhada por políticos do Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB. Foi um ato político disfarçado de “marcha contra a corrupção”.
Não há brasileiro que não saiba que a Globo e os outros veículos já mencionados – e alguns menores que agem sob sua influência – fazem oposição ao PT e a todos os políticos deste partido ou a ele aliados. Desde 1989, quando Lula disputou sua primeira eleição presidencial, que esses impérios de comunicação fazem isso.
E por que fazem? Porque são contra a distribuição de renda, contra a melhora de vida do povo mais pobre e a favor da corrupção, pois todos sabem que quando denunciam políticos eles são sempre do PT e de partidos aliados e nunca do PSDB e dos aliados dele. E o que é pior: só denunciam quem se vende, quem se corrompe, mas nunca quem suborna porque são empresas que anunciam nesses jornais, revistas, tevês etc.
Durante semanas, esses veículos martelaram esses atos públicos artificiais que sairiam às ruas no 7 de setembro. Com publicidade dessa dimensão sendo veiculada sem parar nas televisões, rádios, jornais, revistas e portais de internet, claro que inocentes úteis que acharam que estavam se manifestando “contra a corrupção” foram atraídos e engrossaram as manifestações.
Se quisessem se manifestar contra a corrupção, os que estiveram aqui no Masp naquele dia também acusariam o governo de São Paulo, que impede que uma única CPI contra si seja aprovada na Assembléia Legislativa, onde há mais de cem pedidos de investigação que não vão para frente porque a imprensa, diferentemente do que faz contra o PT, não divulga.
E não divulga porque o governo de São Paulo acaba de gastar NOVE MILHÕES DE REAIS comprando assinaturas da Folha, do Estadão e da Veja, por exemplo. Dinheiro dos seus impostos, cidadão, que vai para o bolso desses impérios de comunicação.
Um bom exemplo de escândalos do PSDB que a mídia esconde está nas obras do Rodoanel, contra as quais pesam denúncias de superfaturamento. Ou, por exemplo, as obras de limpeza do rio Tietê, que neste ano transbordou porque o ex-governador José Serra diminuiu aquelas obras e aumentou gastos em publicidade que infestou a tevê durante o ano passado, quando o ex-governador disputou a Presidência da República.
A corrupção da mídia, portanto, está em ela jamais expor empresas que subornam políticos corruptos simplesmente porque são suas anunciantes. Assim, atacando só quem se vende e nunca quem compra políticos, a corrupção no Brasil não diminuirá nunca.
Há, sim, escândalos e corrupção nos governos do PT, do PSDB, de todos os partidos. Por isso há que investigar a todos e não só aos inimigos políticos das famílias Marinho, Frias, Civita, Mesquita e outros empresários da comunicação que acobertam políticos amigos e denunciam os políticos inimigos até mesmo quando não há prova alguma.
Nada a espantar vindo de impérios de comunicação que ajudaram a implantar e a sustentar a ditadura militar que manteve este país nas trevas de 1964 a 1985 e que torturou e assassinou pessoas apenas porque tinham opinião política diferente.
Ser contra a corrupção é ser contra quem corrompe e quem é corrompido. É não dar propina ao guarda de trânsito, é não subornar funcionário público para ele “agilizar” aquele processo em um órgão público. Não será atacando só os políticos inimigos e protegendo os amigos que este país reduzirá a corrupção, portanto.
O Movimento dos Sem Mídia, assim, é contra TODA a corrupção e não apenas contra a corrupção de alguns. Por isso, quando você, cidadão, ler ou ouvir esses jornalistas que se vendem aos patrões dizendo só aquilo que eles querem, acusando só petistas e aliados e dizendo que não votando neles a corrupção acabará, não acredite. É tramóia.
Corrupção existe no mundo inteiro. Em governos de todos os partidos. Há que dificultá-la, mas nunca se conseguirá acabar com toda ela. Não adianta demonizar a classe política porque sem políticos não há democracia. Voltaremos à ditadura militar, a um tempo em que os políticos eram amordaçados por generais que roubavam sem ter quem contestasse.
Assim sendo, se você quer uma imprensa que combata toda a corrupção, é preciso que essa imprensa não fique na mão de meia dúzia. Nos Estados Unidos, por exemplo, um mesmo empresário não pode ter jornal e televisão na mesma cidade. No Brasil, a Globo tem tudo – jornal, revista, TV, rádio, portal de internet – em todas as cidades.
Isso se chama concentração de propriedade de meios de comunicação. O que se quer, assim, é aprovar leis que existem em todos os países desenvolvidos e que não permitem que uma Globo use concessão pública como é um canal de tevê para fazer jogo político em favor dos partidos e políticos amigos.
Esses impérios de comunicação acusam quem pede leis para a comunicação de querer “censura”. É mentira. Ninguém quer que esses impérios não falem o que pensam. Só o que se quer é que quem pensa diferente da Globo possa ir em suas tevês contradizer a família que as controla, pois a faixa de onda eletromagnética que usam é uma concessão do povo.
Isso não é e nem jamais será censura.
MOVIMENTO DOS SEM MÍDIA
São Paulo, 17 de setembro de 2011
OEA não condena mais Belo Monte: “faltou informação" (15set2011)
Postagem de hoje no blog OpenSante:
OEA não condena mais Belo Monte: “faltou informação...:
Saiu no Globo , na pág. 25 (será que a Urubóloga leu?): “OEA volta atrás sobre Belo Monte” “Comissão de Direitos Humanos..."
OEA não condena mais Belo Monte: “faltou informação...:
As bem informadas
Saiu no Globo , na pág. 25 (será que a Urubóloga leu?): “OEA volta atrás sobre Belo Monte” “Comissão de Direitos Humanos..."
Pressionada, Grécia corta empregos e gastos com pessoal (15set2011)
Contra a moratória, demissões
Pressionado pelo Banco Central Europeu e pelo FMI, o governo de Atenas assumiu novas medidas de ajuste, como o cancelamento de contratos de 10% dos funcionários de empresas públicas. Brasil e os outros países do BRIC ofereceram sua ajuda ao Velho Continente
O governo grego trabalha contra o relógio para evitar que os crescentes rumores de moratória compliquem ainda mais suas finanças públicas. O Ministério de Finanças ordenou ontem (13/09) a 151 empresas com participação estatal que reduzam seus quadros de funcionários em 10%. Entre as companhias afetadas encontram-se a ferrovia, a radiotelevisão estatal, uma agência de notícias e uma distribuidora de gás. Os anúncios detiveram a tendência de baixa dos mercados europeus, ao menos até que o stablishment financeiro considere que isso não é suficiente e peça mais ajustes. Os índices das principais bolsas do Velho Continente conseguiram uma melhora de até 2,2% no caso das praças mais castigadas nos dias anteriores. Apesar do rebote, as incertezas se multiplicam e são produzidos fatos impensáveis até dois anos atrás. Por exemplo, que os países do BRIC - Brasil, Índia, Rússia e China - discutirão na próxima semana a forma de ajudar a União Europeia para que possa enfrentar sua crise econômica.
Tal como fez a Argentina antes de sair da convertibilidade com uma crise sócio-econômica sem precedentes, a Grécia pretende converter-se no "melhor aluno" para a visão dos organismos de crédito. Mas as receitas de ajuste a que é submetida obscurecem mais o panorama. Também assim sucedeu na Argentina. A pedido da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo grego anunciou um novo corte de folhas de pagamento. A medida contempla deixar 20.000 trabalhadores públicos congelados um ano, período durante o qual receberão 60% de seus salários. Se nesse lapso não voltarem a ser contratados, estarão formalmente despedidos.
Movimento por uma Universidade Popular (15set2011)
Militantes participam do I SENUP
(Crédito da fotografia: União da Juventude Comunista)
Por Mauro Iasi.
Entre os dias 02 e 04 de setembro aconteceu em Porto Alegre um encontro que sobre muitos aspectos é uma grata novidade no movimento estudantil: o I Seminário Nacional de Universidade Popular (SENUP). Primeiro uma novidade porque em momentos como os nossos de fragmentação ele se construiu como um espaço unitário e, segundo, porque começa a superar a mera agenda reativa e toma uma direção ativa na construção de uma proposta para a Universidade no Brasil.
Os modelos universitários sempre guardam relação profunda com as formas societárias que lhes abrigam e refletem a luta entre interesses e perspectivas das classes em disputa em cada momento histórico. Foi assim na experiência Inglesa nos séculos XVII e XVIII , quando tentou-se inserir novos conteúdos, adequados aos interesses burgueses em formação, mantendo-se a velha forma da Universidade medieval baseada no conhecimento como revelação e domínio de poucos iluminados. No século XIX, principalmente na França de Napoleão, exige-se do conhecimento e da Universidade que forme os profissionais do Estado, que desempenhe uma função prática e útil ao desenvolvimento do capitalismo, como se expressa na briga entre Napoleão e o Institut de France de Destutt de Tracy e seus ideólogos, fazendo com que a Universidade se fragmentasse em faculdades específicas formando profissões especializadas na lógica positivista.
Na Alemanha, em 1810, através das reformas de Humboldt, a questão era outra. A Alemanha, ainda parte do Império Prussiano, não realizara nem sua revolução industrial, nem a revolução política típicas da ordem burguesa e exigia do Estado o papel de indutor desta mudança, tal como ocorreria depois, entre 1870 e 1871, com Bismarck. Neste cenário a Universidade deveria fornecer as bases para o desenvolvimento de um pensamento próprio que fundamentasse a pesquisa e servisse de cimento de uma unidade nacional e formação.
É, no entanto, no século XX e em nossa América Latina que um elemento da moderna concepção de Universidade emerge. Além de sede do conhecimento acumulado, da formação dos profissionais e loucus da pesquisa, a Universidade seria chamada a olhar para a sociedade real e suas demandas, dialogar com o conhecimento produzido fora dela e enfrentar as lutas sociais que exigiam que rompesse seu casulo. Um dos momentos decisivos deste processo se dá na Argentina em 1918, na esteira de acontecimentos como a Revolução Mexicana e a Revolução Russa. Protagonizada por uma revolta estudantil na cidade de Córdoba a Universidade foi sacudida pela exigência de democratização, eficácia e um papel mais atuante na sociedade.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Desapropriações da Copa em Cuiabá terão custo inicial de R$ 14 milhões (14set2011)
Por Ericksen Vital / G1
O governo de Mato Grosso tem previsto destinar R$ 14,346 milhões para ressarcir as famílias que vivem em cinco ruas e avenidas de Cuiabá onde inicialmente serão feitas desapropriações para a realização das obras de desbloqueio do trânsito para a Copa do Mundo de 2014.
O valor foi apontado por laudos técnicos feitos por uma empresa terceirizada contratada pelo governo do estado.
O valor será destinado para as desapropriações ao longo da rota das obras de adequação viária nas Avenidas Jurumirim, Vereador Juliano Costa Marques (Bela Vista), Senegal (Canjica) e nas ruas Barão de Melgaço (Porto) e Mangueira (9º BEC).
Segundo os laudos técnicos apresentados à Secretaria de Apoio Institucional às Ações da Agecopa e PAC, nessas avenidas serão realizadas 104 desapropriações de um total de 434 que já estão previstas.
Cada imóvel foi avaliado conforme preço de mercado. Só para a Barão de Melgaço, que corta o centro da cidade e vai até o bairro do Porto, serão destinados cerca de R$ 3 milhões para a desapropriação de pelo menos 25 imóveis, alguns antigos.
No entanto, no valor de R$ 14 milhões não constam os recursos que serão destinados para as principais avenidas da capital como a Miguel Sutil, onde foram definidos ao menos 330 locais de desapropriações.
O total a ser pago aos proprietários desta avenida ainda não foi definido. Ao todo, Cuiabá terá 37 pontos de desbloqueio para as obras da Copa do Mundo.
Segundo o secretário-extraordinário de Apoio Institucional às Ações da Copa, Djalma Sabo Mendes Júnior, a fase atual é de análise dos laudos técnicos que devem ser homologados por uma equipe técnica da Secretaria. Ele explicou ao G1 que em seguida as famílias serão chamadas para negociar uma indenização e o estado assumirá o imóvel.
“Primeiro vamos notificar o proprietário. Depois apresentar o valor a ser pago pelo estado, depositar o dinheiro na conta do cidadão e passar o imóvel para o estado. Caso não haja esta disposição em negociar, poderemos entrar com uma ação judicial contra o proprietário”, explicou Mendes Júnior.
Obras federais
As obras de desbloqueio serão necessárias para desafogar o trânsito na capital de Mato Grosso quando começarem as grandes obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo, como a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e as obras federais a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
As grandes obras previstas para Cuiabá serão federais, mas os processos licitatórios foram suspensos pelo Dnit, após suspeitas de irregularidades cometidas no órgão.
Estão previstos cerca de R$ 357 milhões que vêm por meio do órgão federal. Os processos estavam em fase de licitação quando pararam.
As obras federais serão feitas em trechos urbanos de estradas federais que se interligam às principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.
Obras do VLT
Com a escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte para a Copa na capital mato-grossense, serão construídas quatro pontes sobre os rios Cuiabá e Coxipó.
As pontes vão interligar o metrô de superfície a Várzea Grande. A estimativa do governo é reduzir cerca de 90% o número de desapropriações com o VLT em relação ao antigo projeto do BRT. Até o momento, porém, as desapropriações que serão feitas por conta do VLT ainda não foram definidas.
Publicado hoje no sítio Agência T1.
O governo de Mato Grosso tem previsto destinar R$ 14,346 milhões para ressarcir as famílias que vivem em cinco ruas e avenidas de Cuiabá onde inicialmente serão feitas desapropriações para a realização das obras de desbloqueio do trânsito para a Copa do Mundo de 2014.
O valor foi apontado por laudos técnicos feitos por uma empresa terceirizada contratada pelo governo do estado.
O valor será destinado para as desapropriações ao longo da rota das obras de adequação viária nas Avenidas Jurumirim, Vereador Juliano Costa Marques (Bela Vista), Senegal (Canjica) e nas ruas Barão de Melgaço (Porto) e Mangueira (9º BEC).
Segundo os laudos técnicos apresentados à Secretaria de Apoio Institucional às Ações da Agecopa e PAC, nessas avenidas serão realizadas 104 desapropriações de um total de 434 que já estão previstas.
Cada imóvel foi avaliado conforme preço de mercado. Só para a Barão de Melgaço, que corta o centro da cidade e vai até o bairro do Porto, serão destinados cerca de R$ 3 milhões para a desapropriação de pelo menos 25 imóveis, alguns antigos.
No entanto, no valor de R$ 14 milhões não constam os recursos que serão destinados para as principais avenidas da capital como a Miguel Sutil, onde foram definidos ao menos 330 locais de desapropriações.
O total a ser pago aos proprietários desta avenida ainda não foi definido. Ao todo, Cuiabá terá 37 pontos de desbloqueio para as obras da Copa do Mundo.
Segundo o secretário-extraordinário de Apoio Institucional às Ações da Copa, Djalma Sabo Mendes Júnior, a fase atual é de análise dos laudos técnicos que devem ser homologados por uma equipe técnica da Secretaria. Ele explicou ao G1 que em seguida as famílias serão chamadas para negociar uma indenização e o estado assumirá o imóvel.
“Primeiro vamos notificar o proprietário. Depois apresentar o valor a ser pago pelo estado, depositar o dinheiro na conta do cidadão e passar o imóvel para o estado. Caso não haja esta disposição em negociar, poderemos entrar com uma ação judicial contra o proprietário”, explicou Mendes Júnior.
Obras federais
As obras de desbloqueio serão necessárias para desafogar o trânsito na capital de Mato Grosso quando começarem as grandes obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo, como a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e as obras federais a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
As grandes obras previstas para Cuiabá serão federais, mas os processos licitatórios foram suspensos pelo Dnit, após suspeitas de irregularidades cometidas no órgão.
Estão previstos cerca de R$ 357 milhões que vêm por meio do órgão federal. Os processos estavam em fase de licitação quando pararam.
As obras federais serão feitas em trechos urbanos de estradas federais que se interligam às principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande.
Obras do VLT
Com a escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte para a Copa na capital mato-grossense, serão construídas quatro pontes sobre os rios Cuiabá e Coxipó.
As pontes vão interligar o metrô de superfície a Várzea Grande. A estimativa do governo é reduzir cerca de 90% o número de desapropriações com o VLT em relação ao antigo projeto do BRT. Até o momento, porém, as desapropriações que serão feitas por conta do VLT ainda não foram definidas.
Foto: Arte/ Agecopa
Publicado hoje no sítio Agência T1.
Bens de consumo são muito mais caros no Brasil - é o LUCRO BRASIL (14set2011)
Por que os brasileiros pagam mais caro pelos bens de consumo?
Postado hoje no sítio Projeto Nacional.
Símbolo turístico de Salvador, Elevador Lacerda será privatizado (14set2011)
Elevador Lacerda será privatizado, diz secretaria dos transportes
Além do elevador, planos inclinados e Estação da Lapa também serão administrados pelo sistema privado
Por Assis Ribeiro / Correio 24 horas
Um dos maiores símbolos turísticos de Salvador, o Elevador Lacerda será privatizado pela prefeitura, segundo a Secretaria Municipal dos Transportes e Infraestrutura. Os planos inclinados Gonçalves, Pilar e Liberdade e a Estação da Lapa também serão privatizados.
Com a privatização, a expectativa é de que a taxa do Elevador Lacerda fique três vezes mais caras - passará de 15 centavos para 50 centavos, segundo informações da TV Bahia. De acordo com a prefeitura, esse reajuste é necessário para melhorar o serviço oferecido.
Além do elevador, os planos inclinados também serão terceirizados. Atualmente, cerca de 30 mil usuários utilizam o Elevador Lacerda por dia e cerca de 10 mil usam os planos.
"Nós precisamos melhorar a qualidade de atendimento para que possamos fazer um preço justo que a população tenha condições de pagar, mas ao mesmo tempo que possa cobrir os custos operacionais para que tenhamos um equipamento adequado", disse o secretário de transporte José Mattos à TV Bahia.
Plano Gonçalves será um dos privatizados; elevador terá tarifa triplicada, diz prefeitura
Em nota, a prefeitura informa que começou os estudos para a concessão da operação do elevador e dos planos inclinados. "A concessão deverá ser feita através de concorrência pública e as regras para os interessados na operação dos sistemas ainda serão elaboradas", diz a nota. A secretaria "também iniciou as avaliações para concessão da operação e manutenção dos terminais de transbordo da cidade pela iniciativa privada, sendo a maior delas a Estação da Lapa".
Além da tarifa, as empresas que vencerem a concessão terão direito a explorar a publicidade nos espaços. “Isso já acontece em todas as cidades do mundo. O importante é que as pessoas contem com um serviço confiável e de qualidade”, diz o secretário.
A expectativa é de que a concorrência e a consequente privatização aconteçam ainda no primeiro trimestre de 2012.
Problemas no elevador
O Elevador Lacerda vem sofrendo com problemas que fizeram com que suas cabines parassem de funcionar - no final de agosto, as quatro cabines pararam de trabalhar por motivos diversos. A cabine número 1 teve um curto-circuito em seu gerador e foi desativada - a número 2, que funciona como par da outra, foi desativada preventivamente.
A cabine de número 3 parou de funcionar no dia 10 de agosto depois de uma pane elétrica e a número 4 foi desligada pouco depois por medidas de seguranças.
O Elevador Lacerda e os planos inclinados são administrados pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).
Publicado hoje no sítio de Luís Nassif.
Foto de 1982, quando eu e minha mãe conhecemos Salvador, onde aparecem a parte de cima do Elevador Lacerda e a Baía de Todos os Santos como pano de fundo.
Projeto visa retirar ensino superior do MEC (14set2011)
Mais um adeus (Toquinho / Vinícius de Moraes)
Vinícius de Moraes, Toquinho e Marília Medalha
Transferência da gestão do ensino superior para o MCT será votada na próxima semana
Por Iara Farias Borges / Agência Senado
O projeto de lei (PLS 518/2009), de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que visa transferir a gestão do ensino superior público do Ministério da Educação para o Ministério da Ciência e Tecnologia será votado na próxima semana, conforme prometeu o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e informática (CCT), senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Walter Pinheiro (PT-BA) pediu vista
Pedido de vista é a solicitação feita por senador, ou por um grupo de senadores, para examinar melhor determinado projeto, adiando, portanto, sua votação. Quem concede a vista individual ou coletiva é o presidente da comissão onde a matéria está sendo examinada, por prazo improrrogável de até cinco dias. Caso a matéria tramite em regime de urgência, a vista concedida é de 24 horas, mas pode ser somente de meia hora se o projeto examinado envolve perigo para a segurança nacional. do projeto, que também transforma o Ministério da Educação em Ministério da Educação de Base, que passaria a ser responsável apenas pelos ensinos fundamental e médio.
Walter Pinheiro concordou com o mérito da proposta, uma vez que, para ele, o ministério, ao cuidar de vários aspectos da educação, acaba dividindo atenção e orçamento. Ele disse, no entanto, ser contrário à proposta por considerar a reformulação da estrutura administrativa do Estado papel do Executivo.
O autor afirmou que o Ministério de Ciência e Tecnologia é favorável ao projeto. Com a mudança, observou Cristovam Buarque, o Ministério da Educação poderá intensificar a atenção na educação de base, que, em consequência, contribuirá para aprimorar a educação superior.
Para ver a íntegra do que foi discutido na comissão, clique aqui.
Postado hoje no sítio de Luís Nassif.
Estudantes e professores paulistas expostos a lavagem cerebral (14set2011)
Alckmin: 9 milhões pela fidelidade da 'Proba Imprensa Gloriosa'
E seu Barão assina os jornais e revistas para as Escolas Públicas
Interrompemos nossas saudáveis férias nas paradisíacas selvas de Bornéu para informar que a chuva é molhada, o sol é quente, a grama é verde e a Educação de São Paulo continua a mesma, embora sob completa nova direção.
O Barão de Taubaté, ou melhor, o Sr. José Bernardo Ortiz Monteiro é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) desde sua nomeação pelo Governador Geraldo Alckmin, em janeiro deste ano. Pois não é que depois de ferrenha labuta nas negociações, Ortiz acatou ordem superior e assinou milhares de exemplares de jornais e revistas do PIG (Proba Imprensa Gloriosa) – para as melhores escolas públicas do mundo, cujos professores são também os mais bem remunerados do planeta? Sim. Exatamente como fizeram seus antecessores, o ex-governador José Serra e o finado Paulo Renato Costa Souza, ex-secretário de Educação de SP, o Barão de Taubaté fechou com a Folha de SP, Estadão, Revista Veja, IstoÉ e Época. Tudo, como sempre, sem licitação.
Desnecessário dizer que, mais uma vez, a Carta Capital não aparece no rol dos favorecidos.
Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:
27/julho/2011 – Época
- Contrato: 15/00628/11/04
- Empresa: Editora Globo S/A
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da "Revista Época" - 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.203.280,00
- Data de Assinatura: 26/07/2011
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
29/julho/2011 – Isto É
- Contrato: 15/00627/11/04
- Empresa: Editora Brasil 21 LTDA
- Objeto: Aquisição pela FDE, de 5.200 (cinco mil duzentas) assinaturas da "Revista Isto É", 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.338.480,00
- Data de Assinatura: 25/07/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
3/agosto/2011 – Veja
- Contrato: 15/00626/11/04
- Empresa: Editora Abril S/A
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Veja”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo
- Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.203.280,00
- Data de Assinatura: 01/08/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
6/agosto/2011 – Folha
- Contrato: 15/00625/11/04
- Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.581.280,00
- Data de Assinatura: 01/08/2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)
17/agosto/2011 – Estadão
- Contrato: 15/00624/11/04
- Empresa: S/A. O Estado de São Paulo
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “O Estado de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo - Projeto Salas de Leitura.
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.748.616,00
- Data de Assinatura: 01-08-2011.
(*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)
Total: R$ 9.074.936,00.
Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.
Extenuado de tanto firmar tão bons acordos pedagógicos, o presidente da FDE, José Bernardo Ortiz Monteiro, como faz qualquer funcionário público, foi ter uns dias de férias lá na Europa.
Oh là là!
Alvíssaras, confrades.
Publicado em 13 de setembro de 2011 no blog NaMaria News.
Charge do Bessinha publicada junto com esta matéria, na mesma data, no sítio Conversa Afiada.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Atos contra corrupção da Mídia em São Paulo e no Rio (13set2011)
Por Eduardo Guimarães
Haverá ato contra a corrupção da mídia também no Rio, na Cinelândia, na próxima sexta-feira, dia 16 de setembro, às 17 horas. Está sendo organizado pelo companheiro Sergio Telles.
Em São Paulo, a página do ato do Movimento dos Sem Mídia no Facebook já conta com 1000 confirmações de presença e mais de 300 adesões na página da Marcia e do Adolfo, que criaram o ato antes do MSM mas depois se uniram a ele. Aqui no blog, contabilizei umas 200 pessoas que não têm Facebook e que prometem comparecer.
No Rio de Janeiro, de ontem para hoje o ato pulou de 36 adesões para mais de 70 durante a madrugada. Possivelmente não haverá tempo para fazerem um ato mais denso, mas, pelo menos, farão alguma coisa.
Para o ato paulista – no Masp, no próximo sábado, 17 de setembro, às 14 horas – já conseguimos um carro de som e o MSM fará algumas faixas. Não temos recursos para fazer muitas, então peço que quem puder faça a sua e leve.
A mídia não deu nem uma notinha, claro. Mas quem viu os atos recentes do novo Cansei “contra a corrupção” na avenida Paulista, verá agora um ato contra a corrupção da mídia e quem tiver cérebro perceberá que a mesma mídia escondeu.
Os discursos e faixas pedirão o marco regulatório da comunicação e denunciarão que a mídia só noticia corrupção dos políticos do PT e aliados e ignora a dos governos tucanos como o de São Paulo. E que, acima de tudo, ignora os corruptores, ou seja, os que corrompem os políticos.
Estou preparando o manifesto do Movimento dos Sem Mídia que, como em todos os atos da ONG, será lido na abertura do evento, para que depois quem quiser faça uso da aparelhagem de som (potente) que levaremos.
São Paulo e Rio, portanto, começam reação contra um movimento engendrado, financiado e amplamente divulgado pela mídia, e que, lendo os leões-de-chácara dessa mídia em suas colunas e blogs, percebe-se que pretende atingir o governo Dilma e o legado de Lula.
É preciso reagir. No Rio, uma empresária “cansada” está convocando um ato genérico “contra a corrupção” para o próximo dia 20; em São Paulo, os “cansados” locais querem voltar à avenida Paulista em 12 de outubro; em Florianópolis e em Recife, outros “cansados” irão à rua no mesmo dia.
Os atos contra a corrupção da mídia não têm outra fonte de divulgação além deste blog, do facebook e do Twitter do blogueiro e no boca a boca dos leitores na internet, além de outros blogs que estão veiculando, enquanto que os atos da mídia saem em todos os grandes jornais, revistas, tevês, rádios e portais de internet.
É uma luta desigual? Sim, mas aí é que está o valor da iniciativa.
Para confirmar presença no Facebook no ato contra a corrupção da mídia em São Paulo, clique aqui, e para confirmar presença no ato do Rio, clique aqui
Postado hoje no Blog da Cidadania.
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