domingo, 4 de março de 2012

A matrix que enclausura os paulistas (4mar2012)

Por João Barbosa | Comentário em postagem do Blog da Cidadania

Os paulistas conseguiram o que eles sempre quiseram, tornaram-se os verdadeiros e legítimos europeus, ou seja, um povo mitomaníaco:


1- O mito: São Paulo é a locomotiva do país que carrega 23 vagões vazios.

A Realidade: 

A locomotiva virou Maria Fumaça. Na década de 70, a participação de São Paulo no PIB nacional correspondia a 40%. Caiu para 36% na década de 80, e 33% em 2007. Se confirmados as tendências e prognósticos, a perspectiva é de que a participação paulista esteja abaixo dos 30% já em 2014.


2- O Mito: A USP é uma das universidades mais importantes do mundo!

A realidade: 

A USP já foi uma grande universidade, nos tempos de Lévy-Strauss e outros, mas esse DNA já se tornou “viciado” há muito tempo, porque professor da USP fez graduação na USP, mestrado na USP, doutorado na USP. A USP é a universidade mais endógena e de importância inflada que se conhece.

Nos últimos 40 anos, que estudo da USP revolucionou alguma área do conhecimento científico? Nenhum.

Estudam nanotecnologia? E daí? Até a UF do Piauí estuda.

Estudam o genoma? E daí? Muitas outras universidades brasileiras também estudam.

A USP, tal como as Federais de outros estados, não é vanguarda em nenhuma área científica, apenas acompanha o desenvolvimento científico e tecnológico do primeiro-mundo. Tanto as estaduais paulistas quanto as federais apenas procuram reproduzir estudos estrangeiros.

A ficha só cai quando a USP é comparada a instituições de outros países. Nesse caso o resultado é humilhante: “A Universidade da 3ª maior cidade do mundo é apenas a 232ª do mundo em relevância”.


3- O Mito: São Paulo é a Capital Gastronômica Mundial

A realidade: 

Em 1995, a então, vereadora Aldaíza Sposati (PT-SP), baixou uma resolução criando um grupo de trabalho de vereadores de diversos partidos, que aprovaram por unanimidade a oficialização que prepararia a cidade para receber tal título. Logo, vê-se que o mesmo foi premeditado.

Para tal, em 1997, uma obscura feira de alimentos e turismo chamada Cihat, que ocorre todo ano em São Paulo, “elegeu” sic sua própria cidade como Capital Gastronômica Mundial. Ora, quem conferiu autoridade para a tal Cihat, titular a sua própria sede?

O curioso é que a Cihat não chegou a verificar quantas cozinhas regionais há em cidades como Paris, Londres, New York, Madrid e etc. Para piorar a Cihat inflou a lista de países com culinárias em São Paulo, incluindo Angola, República Tcheca, Bélgica, Islândia, Bulgária, Cabo Verde, Romênia, Canadá, Austrália entre outros, e por mais que você pesquise ou pergunte, nenhum paulistano sabe informar o endereço de tais restaurantes.


4- O Mito: Paulistas são ricos, têm dinheiro. O restante dos brasileiros são pobres e burros.

A Realidade:

Abaixo a lista dos 8 maiores bilionários do país
1º Eike Batista – mineiro (mora no Rio desde os 4 anos de idade)
2º Jorge Paulo Lemann – carioca
3º Joseph Safra – libanês
4º Marcel Telles – carioca
5º Benjamin Steinbruch – carioca
6º Carlos Alberto Sicupira – carioca
7º Antônio Ermírio de Moraes – paulista (origem nordestina)
8º Aloysio Faria – mineiro
Onde estão os bilionários paulistas? No Mulheres Ricas da Rede Bandeirantes?


5- O Mito: Todo paulista tem seus cérebros lavados desde criancinha com a CRENÇA de que italianos industrializaram São Paulo e são os responsáveis pelo que o estado é hoje.

A realidade:

Construiu-se toda uma mitomania em torno do empreendedorismo italiano que não se sustenta. Procuram-se hoje os reflexos dessa herança e não se acha. Pior: descobre-se que são até inexistentes. Ao analisarmos as 300 maiores empresas com “sede” em São Paulo listadas no volumoso encarte “Melhores e Maiores” da Revista Exame, verifica-se claramente que a esmagadora maioria trata-se de empresas de capital estrangeiro. Logo São Paulo não é “sede” de nada... “sede” é eufemismo.

São Paulo é apenas “filial”, porque as matrizes (sedes) dessas empresas estão no exterior. Suas ações são negociadas em seus países de origem. O faturamento e o lucro é todo remetido para fora. O empreendedorismo, portanto, não é paulista e sim estrangeiro.

Se pegarmos então outro ranking, mas nesse caso 100% nacional: “As ações mais negociadas da Bovespa de 2010″ e verificamos claramente a inexpressividade do empreendedorismo paulista: Os maiores conglomerados listados entre as dez ações mais negociadas não são empresas nacionais com sede em São Paulo e sim em sediadas em outros estados: Petrobras, OGX, Vale, CSN, Telemar, Usiminas, Gerdau etc. Entre as top 10 apenas uma única empresa representa o inflado empreendedorismo paulista: o Itaú/Unibanco. E é justamente a única blue chip que não é voltada para produção e sim para agiotagem financeira.


6: O Mito: São Paulo é a Nova York brasileira

A Realidade: 

Todo povo de mentalidade colonizada gosta de nomear a sua cidade mais populosa como a “nova iorque” local. Assim Lagos é a “nova-iorque-nigeriana”, Mumbai é a “nova-iorque-indiana”, Jacarta é a “nova-iorque-indonésia”, Karachi é a “nova-iorque-paquistanesa” e São Paulo é a “nova-iorque-brasileira”.

Mas há também cidades de personalidade tão fortes que não precisam pedir empréstimo a outras para serem conhecidas. Dessa forma no mundo.. Paris é “Paris”, Roma é “Roma”, Buenos Aires é “Buenos Aires” e etc…


Em resumo:

A julgar pela tradicional megalomania paulista, deduz-se que eles se pautam mais numa China superpopulosa e miserável, do que numa Suíça minúscula e rica.

Dentro deste contexto, José Chirico Serra sempre será o candidato predileto dos paulistanos, pois o paulistano não quer mudar, não quer pensar, não quer agir… ele quer apenas poder continuar vivendo em sua Matrix: a cidade de São Paulo.


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