domingo, 30 de março de 2014

Condicionamento: aquele que mantém as pessoas subservientes a lideranças abusivas
(30mar2014)

Por Peter Offermann, no sítio Two Ice Floes

peter@oceanfalls.org

Poucos dos que prestam atenção aos eventos mundiais, através de lentes mais precisas do que a da Grande Mídia, negariam que a vasta maioria dos seres humanos estão sendo maldosamente abusados por suas lideranças de uma forma variada, variando dos políticos e burocratas, dos administradores financeiros, dos controladores das corporações, dos líderes religiosos, dos chefões da mídia aos senhores da guerra, sejam locais, regionais, nacionais ou internacionais.

A vasta maioria dos seres humanos parece estar inconsciente desse abuso e passivamente aceita o que está sendo feito com ela. Por que isso acontece? Em uma palavra: 'condicionamento'.

O acesso vastamente ampliado à informação que a internet permite é responsável por um grande número de pessoas pelo menos se tornando consciente desse abuso. Contudo, mesmo dentro desse grupo mais consciente, está faltando muito para se tomar medidas efetivas para parar o abuso. Por que isso acontece? Em uma palavra: 'condicionamento'.

Há um grupo muito menor que está proativamente tentando conter o abuso por meio de protestos de grupos, mas eles estão perdendo a briga. Por que isso acontece? Em uma palavra: 'condicionamento'.

Com 68 anos de idade, já estou ficando idoso. Vivi intensamente e tive tempo para refletir sobre cada passo de minha vida. Como resultado eu vim a entender que a maior parte do condicionamento ao qual estamos todos submetidos não me incapacitaram nem de perto tanto quanto o fez com a maioria das pessoas. Acredito que o meu percurso para considerar minha aparente imunidade ao condicionamento é a fundação necessária requerida para as pessoas livrarem a elas mesmas da tirania que as escraviza.

Com essa esperança em mente, gostaria de compartilhar algumas experiências de minha juventude que ilustram o problema (condicionamento), e dão pistas para a solução.

Nosso condicionamento começa no momento de nosso nascimento. Embora não estejam conscientes disso, nossos pais, e membros da família, começam o processo. Nossos pais foram condicionados antes de nós e todas as suas tradições 'condicionadas' são repassadas a nós, sem que sejam consideradas suas consequências. "É assim que as coisas são, goste você ou não." Quantas vezes você ouviu essa justificativa? Há um grande livro de Wilhelm Reich chamado "A função do orgasmo", que explica a forma e as razões para esse condicionamento no início da vida. Sim, nossa sexualidade desempenha um grande papel.

É amplamente aceito que nossos anos do final da infância e do início da fase adulta são os nossos anos formativos, e também quando estamos na nossa melhor forma tanto intelectualmente quanto fisicamente. Historicamente, pessoas assumiram plena responsabilidade sobre suas vidas muito mais cedo em suas vidas, durante o que consideramos como o final da infância. Já houve almirantes de 14 anos de idade que comandaram imensas forças navais. O compromisso de casamento e da constituição de uma família começava muito cedo. Pioneiros partiram para descobrir e povoar novas terras misteriosas antes de atingirem a adolescência.

O condicionamento mais rígido e destrutivo nos é imposto durante nossa escolarização. Nossa escolarização está começando mais cedo e vai se tornando mais prolongada do que antigamente, e enquanto estamos sendo "escolarizados" não somos considerados adultos plenos com as responsabilidades e liberdades em que tal status implica.

Por que é assim? Será que o controle em nossa sociedade é muito mais rígido do que era antes? Aqueles que nos controlam entendem que uma rebelião de jovens é a do tipo mais perigosa. O que é melhor para minimizar seu impacto do que manter seu status como "crianças", com pouco acesso ao poder até que seus melhores anos estejam já bem passados? Se as pessoas cedem à 'escravidão' durante quando estão em sua melhor idade, qual a possibilidade de elas se rebelarem depois dessa melhor forma, especialmente se elas estão sobrecarregadas com o excessivo débito oriundo de sua educação?

Vou somente tocar levemente no assunto de nossa escolarização aqui, e destacar o que eu vejo como os mais debilitantes hábitos que nos foram ensinados. Esse é um assunto imenso bem estudados por pessoas tais como John Taylor Gatto, autor de "A história subterrânea da educação norte-americana" ("The underground history of American education").

Aviso: eu deixei a escola no início dos anos 1960 quando estava na nona série, com a idade de 14 anos. O motivo foi eu sentir que estava mais estúpido ao invés de mais esperto. A resposta de meus pais foi: "se você não vai à escola nós não o sustentaremos mais". Então, deixei minha casa e assumi a responsabilidade pela minha própria vida.

Mesmo tendo escolhido um caminho diferente do que o da maioria, eu realmente não entendi intelectualmente o porquê de eu fazê-lo até recentemente, cerca de meio século depois. O que eu fiz, então, o fiz intuitivamente, mais do que logicamente, aceitando total responsabilidade para as consequências.

Primeiramente eu gastei uns poucos anos perambulando pelo Canadá pegando qualquer tipo de trabalho que eu podia encontrar, sempre que eu precisava disso. Nenhum trabalho foi humilhante demais nem desafiador demais para ser aceito.

Aos 17 eu consegui um trabalho que mudou minha vida e me levou a que meus condicionamentos quase todos me fossem retirados.

Esse trabalho foi como observador de fogo no Serviço Florestal da Columbia Britânica. Por vários anos eu trabalhei e vivi no topo de montanhas remotas, por minha conta, por 3 a 4 meses a cada ano. Passar tanto tempo completamente sozinho e afastado da civilização, especialmente durante meus anos formativos, teve um efeito profundo em minhas percepções sobre a vida como um ser humano e sobre como me situava na sociedade.


Imagem produzida por mim a partir de uma foto de Kyle Johnson (http://kjphotos.com/portfolio/outside)

Eu não tinha uma máquina fotográfica naqueles dias, então a imagem acima, a qual representa proximamente a minha situação, é usada para ilustrar o cenário de então.

Abaixo está uma fotografia minha tomada poucos anos depois na mesma área geral em que eu passei tempo nos postos de observação. As outras fotografias interpostas neste ensaio foram tomadas por mim à medida em que eu explorava as montanhas próximas à minha casa após os anos de vigilância florestal.


Na sociedade de hoje, a pressão dos pares na infância e adolescência é imensa. Para sobreviver nesse cenário, precisamos prestar cuidadosa atenção nos outros ao redor de nós para obter pistas com relação ao que é e o que não é aceitável. Por causa dessa pressão, o grosso de nossa energia é gasto nas interações humanas e nós somos bastante inconscientes em relação a tudo que não seja nosso ambiente imediato. "Use-o ou perca-o" é um conselho sábio. Em função de se concentrar nas relações humanas durante seus anos formativos, a maioria das pessoas tem pouca ou nenhuma conexão com o mundo natural.

Tente imaginar como as pessoas seriam se, como jovens, elas gastassem tempo explorando e vivendo na natureza, enquanto responsáveis por suas próprias sobrevivência e ações, ao invés de vagarem pelos shoppings ou festejando com seus parceiros.

É justo se dizer que aqueles que vagueiam com a turma são incapazes de se tornarem cientes, ou aptos a entender, eventos de grande escala que não fazem parte de seu ambiente imediato?

O que dizer se pessoas fossem encarregadas de sobreviver no mundo maior usando somente suas habilidades? Elas teriam uma chance melhor de captar o que está acontecendo?

Esse fenômeno é relacionado ao uso comum do "ritual de maioridade" por muitas culturas nas quais os jovens adultos deixam a segurança de seu grupo para ficarem face a face com o ambiente natural por sua própria conta?


A maioria nas sociedades modernas nunca passa por esse habilitador rito de passagem, mas, ao contrário, vai da segurança dos cuidados de seus pais para a segurança do Grande Irmão Estado?

Um tempo substancial nos postos de observação, sem a pressão dos pares, me fez entender quão confinante é tentar se situar em turmas. A maioria das pessoas nem sentem essa pressão porque ela é tudo o que elas conhecem. É como o ar que respiramos. Ela está sempre ali, até que venha a não estar, e então morremos, a menos que estejamos preparados para um ambiente sem ar.

A maioria das pessoas também não percebem quanto de seu tempo e energia se gasta para ser 'social'. Ser removido da 'socialização' é extremamente estressante se ela é tudo o que você conhece.

Vários homens aspirantes a observador florestal precisaram deixar as montanhas prematuramente porque eles não conseguiam ficar sozinhos. Aqueles que se ajustaram ao isolamento, tal como eu mesmo, ganharam o tesouro da liberdade de estar confortável por extensos períodos com somente a sua própria companhia. A quantidade de tempo que, então, se torna disponível para outros afazeres possivelmente mais valiosos é substancial.

Na linha de frente desses benefícios está o olhar para dentro de você mesmo sem ser constantemente submetido à opinião de outros. Construir amizades toma tempo e esforço, e tornar-se amigo de você mesmo não constitui exceção. A maioria de nós nunca teve a oportunidade de fazer isso.

Aqueles que desejam controlar o comportamento humano entendem que as pessoas que não as melhores amigas de si mesmas são muito mais susceptíveis de serem controladas porque elas são solitárias e buscam conforto e amizade fora delas mesmas. Virtualmente toda campanha de vendas desde a do vendedor de porta em porta até a dos líderes mundiais está então apta a vender para você uma lista de bens que convencem você de que o que eles têm a oferecer tornar-se-ão seus melhores amigos.


Pequenas excursões, ou férias na natureza, geralmente com outros, situadas numa agenda repleta, fazem pouco para aumentar nossa conscientização sobre a realidade maior dentro da qual os seres humanos existem. Graças às modernas tecnologias, muito poucas dessas excursões levam pessoas para longe do ambiente humano controlado ao qual elas estão condicionadas.

Uma coisa é subir ao topo de uma montanha, conquistá-la, e então imediatamente retornar à civilização. Outra coisa completamente diferente é permanecer no ambiente natural por longos períodos com tempo para vir a conhecer aquelas outras espécies que estão em casa naquele ambiente. Isso permite que se entenda que os seres humanos não são o tudo e a finalidade da vida na terra.

Uma humildade nasce que nos serve muito bem. Nesse ambiente logo se percebe que aquelas espécies incluem a própria terra. Assistir o constante respirar dos padrões do clima e as mudanças diárias ou sazonais de energias faz com que se perceba que tudo é feito do mesmo material e 'vive' de seu próprio jeito único.

Assumir que a terra é uma massa úmida sem vida da qual podemos abusar sem consequência consciente é uma proposição muito arriscada.


A maioria das vidas das pessoas são vividas dentro de ambientes criados por e para seres humanos. A maioria, e mais todo o tempo, vive em um ambiente urbano.

Quando em férias, eles tomam alguns meios tecnológicos para viajar que rapidamente os leva para o outro espaço de habitação humana onde querem passar as férias. Porque a experiência de viagens das pessoas é tão breve, e perde o detalhe do terreno sobre o qual elas passam, a maior parte do qual normalmente não tem habitantes humanos, é fácil para elas concordarem, quando dito por 'experts', que a superpopulação humana é uma crise.

Sim, há vários lugares urbanos no planeta que sobre de superpopulação, e muitos outros lugares do planeta que são estripados para se manter aqueles centros urbanos, mas no todo há uma enorme quantidade de espaço livre, capaz de manter seres humanos, se simplesmente eles fosse aptos a se separar dos centros sociais dos quais agora dependem e nos quais se espremem.

No início da década de 1990, enquanto em transição da vida no Canadá para viver no México, eu dirigia entre o Canadá e o México toda segunda semana por três anos enquanto gradualmente concluía com meus clientes os serviços previamente oferecidos. Eu era viciado em trabalho e via o tempo na estrada como meu próprio, e curtia-o tomando diferentes rodovias em quase todas as viagens. Por vezes eu dirigia entre o México e o Canadá passando por muito poucas cidades todas menores do que cerca de 10.000 pessoas. A maior parte da distância nessas viagens era gasta em rodovias bastante remotas, praticamente sem tráfego.

Posso dizer, definitivamente, que entre Canadá, Estados Unidos e México há terra fértil desabitada suficiente para acomodar o mundo todo sem que os residentes sejam capazes de ver seus vizinhos mais próximos.

Isso permite que sobrepujemos nossa condição de necessitar ser parte das vastas hordas mantidas amontoadas, e também permite retirar o poder das leis daqueles que nos escravizam e que hoje tornam essa terra indisponível para nós.


Os seres humanos são de mais difícil controle se vivem em pequenas aglomerações, distribuídas por todo lugar, prestando pouca ou nenhuma atenção para a Grande Mídia. Os propagandistas não podem então criar uma mensagem simples que motivará toda a horda de seres humanos a agirem identicamente por transmissão de sua peça única de propaganda de um único lugar que alcance todo mundo.

A propaganda ainda funcionará, mas ela precisará ser talhada propriamente para se ajustar a cada situação única de modo a conseguir resultados consistentes. Se não há um serviço de emissão central, a mensagem deve também ser levada a cada localização única individualmente. Essa é uma situação impossível para nossos governantes, e é a razão pela qual nós somos todos tão pesadamente condicionados...

Necessitar estar em espaços fechados com outros seres humanos.

Necessitar da aprovação dos outros.

Pensar igual.

Pensar que precisamos ser parte de um time, grupo.

Tornar-se emocionalmente isolado de si próprio e dos outros, mesmo quando empilhado com os outros, de modo que somente o Grande Irmão possa oferecer conforto.

Desejar conhecimento especializado que resulta em somente ser apto a sobreviver como parte do time 'urbano'.

Desejar uma 'cenoura' de recompensa que somente a 'vitória' a qualquer custo (?) dentro da multidão pode proporcionar.

Depender de serviços centralizados, especialmente fontes de energia.

Depender da regência da lei 'humana' para a proteção em relação a cada outra pessoa.


O condicionamento mais destrutivo ocorre em nossas escolas, bem no tempo em que estamos mais susceptíveis a ele, durante nossos anos formativos. Durante aquele período temos pouca experiência própria para comparar com o que nos é dito, e o levantar questões sobre a validade da 'verdade' ensinada é rudemente punido de modo a nos forçar a depender da sabedoria de outros ao invés da nossa própria intuição.

Somos rudemente regulamentados para seguir ordens de modo que finalmente nos tornamos incapazes de pensar por nós mesmos e nos tornamos dependentes do 'chefe' para pensar por nós. A caixa intelectual na qual somos enfiados é definida pelo chefe.

A especialização em habilidades, e limitando-se o acesso a informação relevante, (compartimentalização) é crítica para o nosso condicionamento. Se não podemos pensar por nós mesmos, e somente entendemos parte do quebra-cabeça, e se somos incapazes de deduzir ou intuir respostas para dúvidas, ficamos presos e dependendo dos outros.

Eu pessoalmente encontrei diversos dos intelectuais de renome mundial que são extremamente brilhantes em seus próprios campos que, figurativamente, não conseguem dar o laço em seus cadarços. Essa situação não é acidental. Se somente o chefe tem a figura total, o chefe se torna o único que pode agir efetivamente. Qualquer outra pessoa torna-se, então, dependente do Chefe.


Afastado da civilização, onde o chefe não está disponível para segurar sua mão, tal condicionamento é um desastre esperando para acontecer. A menos que você rapidamente aprenda a identificar problemas antes que eles o destruam, e também aprenda a resolver problemas que você não possa evitar intuitivamente sem um manual de instrução do chefe, você não vai sobreviver por muito tempo.

A falta de educação formal, o muito tempo gasto longe das influências condicionantes, e dos seres humanos condicionados, mudaram fundamentalmente a forma como eu resolvo problemas.

Ao se deparar com um problema, um ser humano condicionado irá se embrenhar nos canais de soluções históricas até que encontre uma que funcione para ele.

Ao invés disso, eu considero os elementos do problema posto, tento intuir o funcionamento do equipamento ou da situação, e então localizar qual parte possui erro. Não é necessário nenhum manual, mas somente a habilidade de pensar a situação por mim mesmo.

Utilizando somente essa habilidade eu consegui viver bem minha vida inteira, mesmo que nem sempre confortavelmente, sendo considerado um recurso essencial por muitas pessoas com muito mais educação do que a minha, até em áreas nas quais elas tinham expertise.

Ninguém é perfeito e você cometerá enganos quando você pensar por você mesmo. Enganos são frequentemente dolorosos, mas se você aceita a possibilidade de cometer erros e está querendo aprender a partir deles quando acontecem, você acabará se tornando uma pessoa robusta e capaz. O que não quebra você fortalece você.

Se você estiver temeroso de cometer enganos você está retido no caminho seguro construído por seus chefes. Você pode ainda não estar seguro, mas ao menos poderá jogar a culpa pelos seus erros em alguma outra pessoa.

Eu aprendi muito mais de meus erros do que dos meus sucessos. Sou agora muito grato aos meus erros, mesmo que alguns tenham sido muito dolorosos de atravessar.


Esse artigo está ficando longo, então vou terminá-lo com um último ponto sobre o qual eu aprendi da minha vida em torres de observação florestal.

Enquanto estamos afundados em meio a intensos relacionamentos pessoais em curso, especialmente durante nossos anos formativos, nossa atenção permanece fortemente focada em cada interação que acontece, e o resto do mundo passa desapercebido por nós. Vemos as árvores mas não temos consciência da floresta. Esse é muito frequentemente um hábito que carregamos por toda a vida e é um hábito bastante perigoso em nosso mundo repleto de propaganda.

Vemos cada peça de nova propaganda como um peça isolada de informação. Não temos perspectiva para ver se o modo como ela se encaixa na floresta faz algum sentido. Estamos então à mercê daqueles que nos iludiriam para atingir seus próprios intentos. Tudo o que eles precisam fazer é chamar nossa atenção e então eles podem fazer tudo como eles querem.

Em um posto de observação florestal, encontrar anomalias perigosas, dentro de uma vasta vista de florestas, ficar focado em cada árvore individualmente não é produtivo e torna impossível ver o quadro total. Um bom observador acaba por aprender a rapidamente varrer vastas paisagens sem focalizar em nada em particular. Tomar essa abordagem para encontrar os pontos de dados requeridos permite que nossa intuição venha em nossa ajuda. Sempre me deixou impressionado como claramente anomalias surgiram com a utilização desse método.

Isso funciona da mesma forma em qualquer outro ambiente, incluindo em pesquisas pela internet. Quando cercado por questionável 'notícia/propaganda', os fogos se destacam muito mais obviamente quando estamos também cientes da informação circundante aparentemente não relacionada, e que é parte da paisagem da rede. Se não há fumaça, provavelmente não há fogo. Nossa intuição pode ver a diferença mesmo que logicamente não a possamos ver. Seguindo nossa intuição ao invés de ficar centrado na propaganda leva-nos à informação que nos permitirá perceber o sentido da situação.

Para aqueles que conseguiram percorrer este artigo até este ponto, agradeço pela atenção.


Peter


Tradução: Aquiles Lazzarotto

O caminho faz-se caminhando
(30mar2014)

O título desta postagem remete ao poeta castelhano Antonio Machado, autor do livro Campos de Castilla, publicado em 1910, em que a estrofe XXIX do poema "Proverbios y cantares" diz o seguinte:

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.

(cf. sítio Aventar)

A leitura do texto abaixo remeteu-me a estes versos, e à fala usual de um grande amigo meu que muitas vezes me lembrava que o caminho se faz ao caminhar.

Vivemos tempos inusitados no mundo de hoje. Os noticiários nos deixam perplexos ante a falta de honestidade no trato com a informação. Interesses muito específicos são convertidos em mantras que tentam nos convencer de nossa falta de alternativas.

Está chegando o tempo da virada, ou de total rendição aos que desejam nos submeter à escravização mental e financeira. Prefiro pensar que somos capazes de reagir a essa espécie de matrix, sem fazer disso um fla-flu, mas simplesmente retomando o nosso poder, não nos deixando engolfar pelo medo que vem sendo martelado a todo momento na mídia.

Há muitas pessoas boas no mundo e o homem, em sua imensa maioria, deseja viver em paz e com confiança em seus semelhantes e em seu futuro. Esse desejo pode e deve triunfar.

A "salvação" não está fora, não está na vinda de um Messias, não está nas mãos dos poderosos ou de políticos, por melhores que eles porventura possa ser. Acreditar nisso é entregar nosso poder nas mãos de outrem. Nossos caminhos, tanto o coletivo quanto os individuais, serão criados por nós, por nossas intenções e pela energia que espalhamos ao nosso redor, pelo tipo de energia que conseguirmos agregar.

Cada ato ou intenção nossos geram infinitos desdobramentos. Cada sorriso, cada encorajamento, ou cada gentileza que proporcionamos a quem quer que seja ensejará alterações que se desdobrarão infinitamente.

Tenho para mim um "roteiro" que gosto de compartilhar:

De manhã, a caminho do serviço, alguém descuidadamente me "fecha" no trânsito e eu berro, xingando o sujeito A.

O sujeito A fica mal humorado e segue, também, para seu trabalho.

Em lá chegando, responde de forma grosseira ao recepcionista da firma, que é o sujeito B.

O sujeito B, que já estava triste por seus problemas domésticos, encolhe-se perante o seu chefe (o sujeito A), magoado. Nesse estado de espírito, inferniza o dia do pedreiro que está fazendo alguns reparos na firma, o sujeito C.

E assim, sucessivamente, chegamos ao sujeito Z, que nem de longe conhece os sujeitos A, B ou C, mas que entra no circuito de irritações e mágoas que se desencadeou durante todo o dia, a partir do xingamento do sujeito A, o qual, tranquilamente, passa o seu dia de trabalho e à noite, quando assiste ao noticiário na TV é informado que o sujeito Z, exasperado, matou outro sujeito numa briga em uma lanchonete da periferia. Então, no conforto de seu lar, no aconchego de sua família de bom nível social e de algumas posses, armado de seus belos conceitos cristãos, arrota um indefectível julgamento sobre o baixo nível de humanidade e os poucos valores humanitários desse pessoal pobre da periferia. Nem sonha, nem de longe, que aquele assassinato está na extremidade de sua falta de paciência e de complacência demonstrada pela manhã, ao reagir ferozmente a uma distração de outro motorista.

E vai dormir o "sono dos justos" com a consciência tranquila de ter cumprido "todos os seus deveres" do dia, alheio aos muitos desdobramentos que ainda virão para aqueles que sofreram a perda de alguém querido, com o desmantelamento de uma família cujo esteio tornou-se um criminoso, com as crianças que perderam, em ambos os casos, o pai. E bota futuros desdobramentos nisso...

Assim, TUDO o que fazemos gera consequências, independentemente de as conhecermos. Portanto, é melhor distribuirmos amor, paz e gentilezas, os quais, da mesma forma, gerarão consequências infinitas, aliviando dores e produzindo boas iniciativas em locais tão distantes que nunca poderemos relacionar com nossas atitudes. Mas que ESTÃO ligadas às nossas atitudes.

Boa leitura.

Os velhos modos não passam de ecos

Mensagem dos Iluminados
Por Andrew Martin
Em 26 de março de 2014

Já faz tempo desde que recebi uma mensagem dos Iluminados e que parecia uma postagem deles mesmos.

Tem sido muito interessante, para dizer o mínimo.

Eles ainda estão fortemente comigo quando estou pintando ou fazendo cura com clientes.

Definitivamente eu sei que eles ainda estão comigo e me orientam, mas sinto a presença deles menos externa e mais como se eles não fossem tanto conselheiros, pois agora eles são realmente bons amigos e colegas.

A informação que eles têm para compartilhar está muito mais integrada ao meu conhecimento do dia a dia.

Eu os percebo muito mais presentes quando estou fazendo a minha cura e trabalho intuitivo e está mais fácil do que nunca acessar a frequência deles.

Relutei para postar esta mensagem e ela está pronta para postar já há vários dias.

De muitas formas, esta mensagem pareceu um pouco agridoce para mim.

É como se despedir de um grupo de pessoas que são muito especiais e eu sei que elas passaram a gostar muito de compartilhar as mensagens deste modo também... elas falam isso!

Eu não sinto que eles irão embora de modo algum, eu apenas sinto que eles terão menos mensagens para enviar separadamente.

Definitivamente eu sinto como se eles tinham um propósito muito específico para servir com as mensagens que eles compartilharam e agora, coletivamente, nós atingimos um ponto em que estamos preparados para o próximo nível de transformação.

Com certeza eles não estão mudando, é que nós elevamos nossas vibrações a um ponto em que não precisamos mais tanto do que eles nos passavam do que precisávamos antes.

Por fim, eu considero isto algo grande e recebo como um sinal positivo.

Eu não sei o que esperar agora... mas eu sei que continuará a ser muito estimulante!

Andrew


Saudações, Queridos!

Muitas vezes nós lhes falamos da perspectiva que temos de seu planeta e de como nós principalmente vemos as coisas de um ponto de vista energético.

O aumento do Amor e Luz em seu planeta nesta época é um espetáculo maravilhoso.
É fantástico para nós testemunharmos tantos de vocês escolhendo manter as altas frequências de Amor e Luz e fazer disto sua prioridade na vida.

Nós aplaudimos e comemoramos toda vez que vemos outra pessoa despertar e aceitar seu status como um Criador poderoso e nós aplaudimos as escolhas que vocês fizeram de se alinhar com suas próprias versões pessoais da verdade.

Nós os estimulamos a continuar fazendo a escolha de se alinhar com seus Corações e com a sabedoria que vem do Centro do Coração.

Nós conhecemos a poderosa diferença que faz quando até mesmo uma só pessoa decide deixar sua Luz brilhar e vemos cada um de vocês, de seu próprio modo, fazer a escolha de viver na Luz e viver a partir de seu Coração, o que está fazendo mais para transformar esse mundo do que vocês sabem.

Hoje nós viemos para apoiar e aplaudir seu trabalho e seus esforços.

Nós sabemos que vocês podem sentir que os velhos modos de viver e acreditar estão desaparecendo depressa.

Eles não passam de ecos das histórias que vocês costumavam contar para si mesmos.

Nós reconhecemos que neste momento intermediário, quando a expiração acabou e a inspiração ainda não começou, pode haver algum desconforto e curiosidade sobre o que está vindo.

Este é o ponto em que muitos estão inseguros sobre o que fazer em seguida, então num esforço de controlar a situação, o ego e os velhos hábitos da mente racional voltam à sua cabeça e fazem o seu melhor para seduzi-los a voltar a viver uma versão inferior e mais limitada de sua vida.

Nós dizemos que neste ponto a melhor coisa que vocês podem fazer é amorosamente honrar seu ego e sua mente racional pelo serviço incansável deles e lembrá-los gentilmente de que o tempo de eles reinarem está no passado.

Considerem que vocês estão viajando de carro pelo país.

As janelas estão abertas e vocês sentem a brisa morna em seu rosto.

Vocês estão são e salvos em seu veículo e vocês levantam os olhos para ver as estrelas no céu.

O rádio está tocando suavemente e enquanto vocês dirigem para sua destinação, o sinal do rádio começa a desaparecer.

Vocês entendem que quando estão viajando por uma longa distância que existirão momentos em que parecerá como se vocês não têm qualquer sinal de rádio.

Vocês podem tentar mexer no dial para encontrar uma conexão mais forte, mas haverá horas em que vocês parecem não ter acesso à frequência da estação de rádio.

Vocês poderiam se esforçar e brigar para ouvir o sinal antigo, vocês poderiam até parar sua viagem, fazer a volta e sintonizar o antigo sinal novamente.

Entretanto, quando vocês param e deixam que a totalidade de quem vocês são faça a escolha, vocês intuitivamente sabem e confiam que vocês estão indo na direção correta e vocês continuam, confiando que haverá outro sinal em breve.

Vocês não param ou hesitam, vocês meramente viajam em silêncio e deixam sua sabedoria de que tudo está bem continuar a orientá-los, apreciando as estrelas, apreciando a brisa em seu pele e sabendo que logo haverá outro sinal.

Este é o seu momento de apreciar a brisa, de apreciar as estrelas... de começar a formar em sua mente as imagens que vocês desejam criar em seguida.

Confiem que o novo sinal está ficando mais forte e que vocês o ouvirão quando for a hora.

Confiem que, enquanto o velho sinal continua a desaparecer, vocês serão capazes de apreciar um ou dois momentos para alinhar com o silêncio e apreciar tudo que está atrás de vocês.

Não julguem onde vocês estiveram e não limitem sua ideia de onde vocês vão.
Apenas apreciem o momento e saibam que sempre haverá orientação chegando a vocês.

Usem esses momentos de silêncio para sonhar grande, para desejar mais e para deixar sua totalidade tomar conta de seu interior para que vocês possam continuar a entender como é quando vocês vivem a partir do espaço de serem totalmente vocês mesmos.

Os velhos modos de viver através de sua mente e de seu ego agora estão passando e desaparecendo como o velho sinal de rádio.

A nova era de deixar seus Corações e seu eu superior orientarem vocês está se desenvolvendo e o sinal de sua totalidade está ficando mais forte e vocês são capazes de mais facilmente sintonizar o sinal a cada momento.

Pode demorar um pouco para vocês perceberem que quando vocês deixam seu Coração e seu eu superior se unirem ao comitê de decisões, que suas escolhas serão muito mais satisfatórias para vocês em todos os níveis.

Vocês podem descobrir que existirão momentos de querer devolver o controle para o seu ego e sua mente racional e isso é compreensível porque era isto que vocês conheciam e mesmo se não lhes sirvam os velhos modos ainda são familiares.

Nós queremos que vocês se lembrem de que quando se focalizarem em como se sentem, isso sempre será um barômetro para informá-los que vocês estão fazendo uma escolha que está em alinhamento com a totalidade de quem vocês são.

Quando vocês se sentem mais livres, mais leves e mais alegres, então vocês estão fazendo uma escolha que permite sua totalidade assumir.

Quando vocês se sentem apertados ou com medo ou pequenos ou parados, então a escolha que estão fazendo ainda pode ser feita, mas muito provavelmente é uma escolha que subestima vocês ou que apenas permite que uma parte pequena de vocês participe da decisão.

Deixem que o velho sinal do ego e do medo continue a desaparecer enquanto o novo sinal vindo de sua totalidade se fortifica.

Agora vocês estão se conscientizando de que são seres multifacetados.

Nós os recordamos de que tudo é de uma natureza fractal... tudo espelha todo o resto.

Tal como o Universo e a Fonte são multifacetados e têm muitos aspectos, vocês também são e têm.

Quando vocês tomam uma decisão que se alinha com seus aspectos energéticos e superiores, então os aspectos físicos entram em operação para seguir essa escolha.

Quanto mais forte for a sensação de alinhamento, então mais poderosas e alinhadas são suas escolhas.

Não existe errado ou certo, e sua escolha de livre arbítrio sempre está intacta.

Mas, conforme vocês continuam a circular por sua realidade fazendo escolhas que são totalmente alinhadas, menos vocês desejarão escolher as coisas que não estão totalmente em alinhamento.

Não é que vocês não possam escolher os velhos modos de pensar e fazer, é que conforme os múltiplos aspectos de quem vocês são continuam a se alinhar e integrar, menos satisfatórios os velhos modos de pensar e fazer se tornarão.

Vocês nos ouvem, Queridos?

É por isso que a maior parte do que lhes dizemos não trata de mudar o que está fora de vocês, porque o exterior não cria o interior.

É ao contrário.

Nós sabemos que vocês conhecem a citação "quando você muda o modo de olhar para as coisas, as coisas para as quais você olha mudam".

Sempre começa com o que vocês sentem e é o que vocês escolhem interiormente que mudará o que está fora de vocês.

Nós sempre lhes dizemos que "vocês são aqueles por quem esperavam" e é isso que nós queremos dizer.

Quando vocês estão alinhados com seus aspectos superiores e deixam seu Coração ajudar a orientar seu caminho, então o que vocês veem com seus olhos físicos deve mudar e mudará para ser compatível com sua frequência interior.

Não pode ser de outra forma.

Vocês não precisam se preocupar com o que não querem, porque quando vocês focalizam no que querem, o indesejado desaparece.

Quando vocês se permitem tomar uma decisão que somente é informada pelo ego ou pela mente racional, essa escolha somente servirá a uma parte muito pequena de vocês.

Nós queremos que vocês prossigam na totalidade de sua Humanidade, nós queremos que vocês deixem que mais do que vocês são entre na decisão de como criar suas vidas e seu mundo.

Nós queremos que a sua totalidade, TUDO que vocês são faça a escolha sobre como prosseguir.

Ainda assim vocês realmente querem voltar aos velhos modos? (risos)

Nós sabemos que não! (mais risos)

Temos sido menos frequentes em nossas mensagens a vocês e isso é proposital.

Pois, conforme continuamos a subir juntos a espiral, conforme a humanidade continua a despertar e sua frequência continua a se elevar, o que nós temos para dizer torna-se habitual para vocês.

Nosso anotador, nosso irmão, nosso amigo, já notou nas últimas poucas semanas que os sinais, as mensagens que temos para compartilhar estão integradas em um nível que já pareceu ser novo e externo... e agora elas fazem parte de sua vida cotidiana.

A totalidade de quem vocês são agora parece mais familiar e mais confortável.

Não é que nós paramos de nos comunicar com vocês, mas agora vocês estão em um ponto de sua evolução onde o que temos para dizer parece muito comum (risos) e vocês não precisam que nós lhes passemos o que vocês já sabem.

Nós passamos de vizinhos do andar de cima para sermos os vizinhos da porta ao lado, e em muitos casos, até seus colegas de quarto! (risos)

Nós sabemos que muitos de vocês lerão isto e não acreditarão que o que dizemos é verdade, mas nós os convidamos a pensar em quem vocês eram um ano atrás.

Até melhor, pensem na data da primeira mensagem que enviamos para vocês (a primeira foi em 24 de novembro de 2013), vocês não sentem que estão anos luz além de onde estavam na época?

Vocês não veem um modo totalmente novo de viver, pensar, sentir e acreditar em suas vidas agora?

Nós os amamos muito, Queridos, mas nós sabemos como vocês são duros com vocês mesmos.

Nós sentimos e vemos as energias que vêm de vocês que querem tanto saber se vocês estão fazendo o "certo" e se vocês estão no "caminho certo".

Nós lhes dizemos com muito amor e respeito: Parem, Queridos!

Parem de pensar duas vezes, parem de se preocupar tanto e apreciem os frutos de suas criações.

Vocês não veem quanto evoluíram em apenas uns curtos meses?

Vocês não sentem como estão muito mais alinhados e sintonizados?

Agora vocês não veem que é com o viver de suas vidas que vocês criam suas vidas?

O caminho está esperando para ficar evidente, mas vocês precisam fazer sua parte de trilhá-lo.

As forças do Universo e as energias da Fonte são as suas energias também!

Elas estão literalmente dentro de vocês esperando por vocês começarem a caminhar na direção de sua escolha.

Conforme vocês avançam, o caminho é formado.

Ao decidirem e agirem, os frutos do que vocês desejam serão seus para serem colhidos.

É assim que funciona, Queridos.

É assim que tudo funciona.

Larguem seus manuais de instruções e olhem ao seu redor.

É AGORA o que vocês esperavam.

É AGORA o que vocês sonhavam.

Todos nós somos da mesma substância e nada que vocês desejam está fora de vocês, está dentro de vocês agora e só o que vocês precisam fazer é continuar se interiorizando e encontrar seu caminho até seu desejo.

Quando vocês encontram a frequência no interior, então vocês encontram o que desejam.

Nós continuaremos compartilhando mensagens de tempo em tempo, mas a maior parte que era nossa tarefa compartilhar, vocês sabem agora.

Nós sempre estamos com vocês e estamos disponíveis quando nos procuram.

Chegou sua graduação, Queridos, e é hora de decidirem o que vocês querem fazer com as suas novas capacidades recentemente alcançadas.

Vocês conseguiram, agora usem!

Classe dispensada! (risos)

Em Amor e Luz nós os deixamos.

Regozijem-se!

Os Iluminados.


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Tradução: Blog SINTESE, destaques meus (Aquiles).

quinta-feira, 13 de março de 2014

A água responde claramente a estímulos e emoções
(13mar2014)

Dr. Masaru Emoto expôs amostras de água a músicas, palavras faladas, palavras escritas, imagens e vídeos. Depois de cristalizada (congelada), a resposta da água a cada um dos estímulos foi magnífica, conforme registrado em fotografias pelo Dr. Emoto.

As imagens registradas no vídeo abaixo mostram as formas que os cristais de água assumem ao reagirem ante os seguintes estímulos ou situações: (1) Amor, (2) Obrigado!, (3) Amor e apreciação, (4) Felicidade, (5) Verdade, (6) Água cristalizada do Lago Carapicuíba, após oferta de prece, (7) Água da Represa Fujiwara, antes de oferta de prece, (8) Madre Teresa, (9) "Você me dá nojo. Vou matar você", (10) Alma (note a forma central de coração), (11) Adolf Hitler, (12) Gratidão, (13) Amostra de água benta (Holy water), (14) Paz, (15) música: "Pastoral" de Beethoven, (16) música: Amazing Grace, (17) Demônio, (18) após exposta a uma criança, (19) Raiva.

Se pensamentos podem fazer aquilo com a água, imagine o que nossos pensamentos podem fazer a nós. Mais de 60% de nosso corpo é água.

É muito interessante e dá o que pensar. Veja o vídeo:


Vamos acordar, sim!
(13mar2014)

Meu recolhimento quanto à publicação de postagens neste blog não significa que minha cabeça não esteja a mil por hora. Significa, sim, que não quero contribuir com os jogos diversionistas que ora prevalecem em mídias sociais e na grande mídia.

Ao decidir não julgar e nem tomar partidos, percebi quão difícil fica escrever sobre qualquer assunto, mesmo tendo em mente que minha busca é por uma vida pacífica, saudável, amorosa, em um ambiente de cooperação igualitário.

Nós, brasileiros, entre outros, vivemos num país imensamente rico, em que milhões de trabalhadores se esfalfam cotidianamente para produzir bens e valores que são imediatamente sugados por uma minoria, que deles se locupleta.

Para que sigamos mourejando nesse cotidiano, essa minoria nos distrai com falsas dicotomias.

No meio político vemos "nossos representantes" se batendo para ver quem é mais útil para a minoria que, de fato, exerce o poder. Esse não é um fenômeno brasileiro, mas mundial, sem exceção. Não há bons e maus nessa história, porque os verdadeiramente puros de intenções sequer chegam perto de adentrar a arena política. No máximo, eles podem servir como massa de manobra útil na base de qualquer partido, não lhe sendo dado qualquer espaço real para tentar implementar suas ideias.

Consequência: vamos ter que escolher (votar) aaqueles que menos danos causem à causa da distribuição mais igualitária de riquezas. Estou ciente de que qualquer político que ousar tentar implantar um projeto profundamente distributivo será imediatamente torpedeado e, por todos os meios imorais disponíveis para a poderosa minoria, transformado num "monstro" a ser severamente combatido e ridicularizado pelo povo. Isso se faz com muita facilidade, dada a vascularidade das redes sociais na repercussão de denúncias falsas. Repercutir falsidades dá um estranho prazer a um número imenso de pessoas, que nunca se preocupam em averiguar a fonte das "informações" que replica em seus blogs ou suas páginas nas redes.

Aliás, há poucos dias eu fechei minha conta no Facebook. Chega de me envenenar com tantas invencionices estapafúrdias que por ali circulam, tornando pesado um espaço que seria ótimo para reencontrar velhos amigos, fazer novos amigos, manter contato com a família. Liberdade! Consegui me libertar dessa "necessidade" de me manter sempre conectado a tudo e a todos.

O processo de nos dividir em pequenos grupos está a pleno vapor. Estimula-se a separação por origem (nordestinos versus não nordestinos, brasileiros versus argentinos, russos versus americanos etc.), por etnia (brancos, pretos, amarelos, vermelhos), por opções esportivas (corintianos matando palmeirenses, flamenguistas agredindo vascaínos, e vice-versa, e versa-e-vice), por orientação sexual, por religião (onde líderes "religiosos" estimulam seus seguidores a desdenhar e desrespeitar fieis de outras religiões).

Querem nos transformar em um imenso conjunto de pequenas tribos ou gangues, todos lutando contra todos. E todos plenamente distraídos do grande fato de que nossos direitos são continuamente reduzidos a partir da implantação do medo. Medo de sair de casa. Medo daquele cara suspeito. Medo da crise econômica. Medo do corintiano. Medo do perigo gay. Medo da política. Medo da polícia. Medo do povo. Medo dos meninos no shopping.

Com medo, nos encolhemos e nos tornamos guerreiros lutando contra tudo e todos tendo em mente a nossa sobrevivência e a da nossa família. Os outros que se lixem, certo? Cada um quer garantir o seu, num mundo tão cheio de perigos plantados pela mídia, pela indústria de entretenimento, pelos jogos eletrônicos. Em todo lugar ou situação que poderia ser aprazível é colocado um sinal de perigo. Amigos que matam, Seu vizinho assassino, Amores bandidos, Suspeito improvável etc. etc. são marcas de programas televisivos, seriados, ou mesmo são temas embutidos em programas sobre polícia, nos noticiários. Tudo para nos induzir ao medo generalizado de tudo e de todos os que nos cercam. Tudo para abrirmos mão de pensar e de caminhar no sentido que gostaríamos para levarmos uma vida calma e sensata que fosse fruto da cooperação entre todos, da confiança mútua, do bem-querer, do reconhecimento da riqueza que há na diversidade de origens, etnias, culturas, gostos esportivos, das percepções de sensualidade.

Por tudo isso, não embarco mais em boa parte dessa trama. Eu quero e vou continuar querendo ser feliz, e ser feliz com os outros, e não apesar dos outros. Acredito que um mundo melhor é possível com aquilo de que dispomos agora. Para começar precisamos deixar  de entrar nessas falsas dualidades que vivem nos impingindo. O mundo é mais do que isso. O mundo nos oferece muito e muito pouco tem podido chegar às nossas mãos ao escapar das mãos da minoria poderosa. Aquela que os criadores do movimento Occupy Wall Street denominam de "os 1%". Sim, somos os 99%. E quando nos dermos conta disso, de verdade, seremos suficientemente poderosos para "parar" a máquina de enriquecimento dos 1%. Por enquanto, seguimos, muitos de nós, nos engalfinhando uns com os outros, para deleite dos dominantes 1%.

Eu quero paz em cada canto da Terra. E a paz virá quando nos livrarmos dos falsos terrores que nos são inculcados a cada minuto por todos os meios de comunicação.

Vamos acordar e vamos fazer um acordo geral, respeitoso, amoroso, de construirmos um mundo bom para se viver. Juntos seremos sempre muito mais fortes e poderemos nos sobrepor a qualquer mecanismo de escravização utilizado pelos poderosos.

A saída está no amor. O amor que se manifesta quando, ao invés de criticarmos acidamente a alguém, tentamos nos colocar por inteiro em seu lugar e nas suas circunstâncias para entendermos suas ações. Isso gera respeito às limitações que cada um de nós possui. Isso gera discernimento para a cooperação, para o mútuo crescimento. Reconheçamos no próximo uma extensão de nós mesmos, pois todos pertencemos a uma única raça: a raça humana.