Já disse aqui, e infelizmente tenho que repetir, que o meu voto para esse senhor foi um engano total. Ao contribuir com sua eleição (com meu voto) eu acreditava que estaria levando ao Congresso algo novo na política, novos ares entre os nossos representantes naquela Casa. Entretanto, evidências várias vêm mostrando que ele é mais do mesmo. Com verniz constitucionalista...
Segundo a matéria citada:
Ex-procurador da República, Taques ainda mantém trânsito – e amizades – no Ministério Público Estadual e Federal, assim como na Justiça Federal em Mato Grosso. Além disso, ele sempre se posicionou contrário à implantação do VLT e defendeu, abertamente, a adoção do BRT (Bus Rapid Transit) como modal de transporte para a Copa do Mundo de 2014 na Capital.O senador encaminhou nota em resposta à matéria afirmando não ter qualquer relação com a atitude tomada pelo Ministério Público. Disse, entre outros tópicos da nota, que acredita "na importância da construção do VLT para a população cuiabana. O que se cobra, enquanto princípio e com respaldo na Constituição da República, é que todo o processo seja acompanhado por órgãos fiscalizadores. Isso acontece em todo e qualquer país democrático em que obra ou ação dos governos utilizem o dinheiro público".
Mas como em política muita coisa acontece nos bastidores, fica para mim a dúvida. Os políticos mato-grossenses vêm, no geral, se mostrando pouco afeitos aos reais interesses da população e muito mais afeitos à obtenção do poder para seus respectivos grupos. Quem se debruça sobre o fazer político deveria fazê-lo por possuir ideais a serem conquistados em favor do coletivo, da comunidade. Entretanto, os jogos partidários costumam afastar os idealistas, trazendo à cena política representantes dos interesses do capital, de grupos empresariais (principalmente os que financiam suas campanhas).
Espero que o senador Pedro Taques venha a me surpreender positivamente. Afinal, ainda lhe restam muitos anos de mandato no Senado Federal. O tempo dirá. Os múltiplos meios de comunicação hoje disponíveis tornam os fatos políticos muito mais suscetíveis de chegarem ao conhecimento dos cidadãos. Por isso devem acautelar-se os políticos tradicionais, pois não há mais espaço para acordos e ações feitos na surdina, à sorrelfa. Sempre haverá alguém que um dia virá a vazar tais "costuras" políticas.
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