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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Caso você ainda esteja confuso sobre o que está acontecendo no Oriente Médio...
(25set2014)

Contribuição de um leitor do jornal britânico Daily Mail, reproduzida no sítio Zero Edge:


Minha tradução para o texto:

Claro como lama

Você está confuso com o que está acontecendo no Oriente Médio? Deixe-me explicar.

Nós apoiamos o governo do Iraque na luta contra o Estado Islâmico (ISIL), mas o ISIL é apoiado pela Arábia Saudita, de quem nós gostamos.

Nós não gostamos do Presidente Assad na Síria. Nós apoiamos a luta contra ele, mas não o ISIL, que também está lutando contra ele.

Nós não gostamos do Irá, mas o Irã apoia o governo do Iraque contra o ISIL. Assim, alguns de nossos amigos apoiam nossos inimigos e alguns de nossos inimigos são nossos amigos, e alguns de nossos inimigos estão lutando contra nossos outros inimigos, os quais queremos que percam, mas não queremos que nossos inimigos que estão lutando contra nossos inimigos vençam.

Se quem nós queremos que seja derrubado for derrubado, eles podem ser substituídos por aqueles de quem nós gostamos ainda menos. E tudo isso começou por invadirmos um país para expulsar terroristas que não estavam lá de fato até que que fomos expulsá-los. Você entende agora?

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Experimento da Física busca provar que nosso Universo é um holograma bidimensional
(3set2014)

O cientista Aaron Chou (à esquerda), da Fermilab, chefe do projeto para o experimento com o Holômetro, com sua colega Brittany Kamai, mestre pela Universidade Vanderbilt, no aparelho que testará se o universo é um holograma 2-D / Foto: Fermilab


Por David Freeman, no The Huffington Post

Todo mundo sabe que o universo existe em três dimensões, certo? Talvez não. Há algum tempo, sérios físicos têm ponderado sobre a aparentemente absurda possibilidade de que o espaço tridimensional seja meramente uma ilusão - e que realmente vivemos em um "holograma" bidimensional.

E agora cientistas do Laboratório Nacional do Acelerador Fermi, em Illinois (EUA), iniciaram um experimento revolucionário para mostrar de uma vez por todas em que tipo de universo vivemos.

"Queremos descobrir se o espaço-tempo é um sistema quântico da mesma forma que a matéria o é", escreveu o Dr. Craig Hogan, diretor do Centro de Partículas Astrofísicas do Fermilab, em uma declaração. "Se virmos algo, isso mudará completamente as ideias sobre espaço que temos utilizado por milhares de anos".

De acordo com o princípio da incerteza da teoria quântica, é impossível se saber tanto a localização precisa quento a velocidade exata de uma partícula subatômica. Se o mesmo princípio da incerteza se aplica ao espaço da mesma forma que se aplica à matéria, o espaço também deveria ter sido construído por flutuações - conhecidas como "quantum jitter" ou "ruído holográfico", de acordo com a citada declaração.

Os 21 cientistas envolvidos no experimento procurarão pelo jitter com a ajuda de um aparelho extremamente sensível conhecido como Holômetro. Ele produz jatos de laser 200,000 vezes mais brilhantes do que um apontador de laser e, com a ajuda de uma técnica óptica conhecida como interferometria, medirá nos jatos um jitter tão pequeno quanto alguns poucos bilionésimos de um bilionésimo de metro.

Um close-up do Holômetro no Fermilab


O holômetro inclui dois interferômetros em tubos de aço de 6 polegadas e cerca de 40 metros de comprimento.  Os sistemas ópticos (não mostrados aqui) em cada um deles "recicla" a luz do laser para criar uma intensa onda de laser. Os produtos dos dois fotodiodos são correlacionados para se medir o jitter holográfico.

"Se encontrarmos um ruído, será inescapável; poderemos estar detectando algo fundamental sobre a natureza - um ruído que é intrínseco ao espaço-tempo", declarou o Dr. Aaron Chou, o cientista que lidera o experimento e responsável pelo projeto com o holômetro. "É um momento excitante para a Física. Um resultado positivo abrirá uma avenida totalmente nova de questionamentos sobre como o espaço funciona".

A perspectiva de fazer uma descoberta que não somente desafiaria o senso comum mas também viraria de cabeça para baixo séculos do pensamento científico faz Chu pensar em termos filosóficos, quase místicos.

"Eu sempre acreditei que se há de fato um criador, então o mecanismo com o quel o mundo foi criado não é necessariamente não-conhecível, e se nós pesquisarmos profundamente o suficiente, podemos alcançar algumas conclusões muito interessantes e inescapáveis", disse Chou ao Huffington Post em um e-mail.

"Esse tópico traz à tona toda sorte de interessantes questões filosóficas e teológicas que são talvez melhor discutidas em torno de uma cerveja ou de uma gostosa xícara de chá. Enquanto isso, nós, cientistas, temos um trabalho a fazer."

Tradução: Aquiles Lazzarotto