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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Desdenhando do STF, Sanecap (Cuiabá) demite participantes de manifestação anti-privatização (4ago2011)

Em Mato Grosso não vale o que foi decidido no Supremo Tribunal Federal sobre a liberdade de expressão e a realização de mobilizações e marchas serem direitos constitucionais. No sítio Gazeta Digital vemos a comprovação disso em Cuiabá, com a atitude inconstitucional dos dirigentes da SANECAP, Companhia de Saneamento da Capital ao demitirem servidores que participaram de manifestação contra a privatização da companhia. Estarão eles acima da lei? Ou o que o STF decide é letra morta, ou sérias punições têm que ser aplicadas a esses capatazes dos políticos privatistas locais.

Além de entregarem um bem valioso, escasso e precioso à iniciativa privada, querem que todos nos calemos diante do assalto a um dos mais preciosos bens públicos. Eu já disse aqui que um dia teremos que disputar a água com importadores de todo o mundo. Pagar uma fortuna por aquilo que hoje temos em relativa abundância. Água é um setor estratégico de nossas reservas naturais. Não pode ser dada a ninguém. Nenhum político ou cidadão tem o direito de separar o povo desse elemento vital.

Estarão nossos incompetentes políticos querendo que o Mato Grosso reassuma sua fama de terra do treisoitão ou de atirar quem reage do Portão do Inferno? Resolver tudo na porrada e na intimidação? E a lei? Fica por isso mesmo? Torço muito para que os tempos estejam mudados e para que os direitos da cidadania sejam respeitados.

A política em Mato Grosso nunca foi grande coisa, mas desde que aqui me radiquei parece que a mediocridade e a nulidade dos "representantes do povo" vem aumentando. Está parecendo cada vez mais que eles defendem outros interesses que não os da população que os elegeu.

O vídeo abaixo explicita muito bem o problema da água no mundo, e o problema que isso representa para o Brasil. As privatizações de saneamento Brasil adentro já fazem parte de estratégias internacionais de tomada de nossos recursos hídricos.


Funcionários que participaram de manifestação são demitidos

Redação do Gazeta Digital

O presidente da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), Aray Fonseca, demitiu 9 servidores e puniu retirando cargos de chefia de outros 7 que participaram das manifestações contra a concessão dos serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto à iniciativa privada. A retaliação já foi denunciada ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que investigará possível discriminação. Aray demitiu os servidores ontem. Todos são contratados.

Eles trabalharam normalmente pela manhã e, ao chegarem no início da tarde, após o almoço, foram comunicados da decisão pela diretoria da Sanecap. Conforme A Gazeta apurou, a demissão se deu com base em filmagens que a Câmara Municipal fez nas manifestações ocorridas na Casa.

As demissões foram informadas através de um comunicado interno, ao qual A Gazeta teve acesso. No documento, a gerência do Setor de Recursos Humanos e a assessoria de RH informam Aray que a relação dos nomes da lista fazem parte dos servidores filmados nas manifestações. No mesmo ofício, o presidente da Sanecap determina em manuscrito o desligamento de todos. O ato foi assinado pelo presidente da Companhia na tarde dessa terça-feira (02), ou seja, poucas horas depois de manifestantes protestarem.

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