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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

domingo, 3 de novembro de 2013

Rombo? Rombo são os juros que o mercado exige do Brasil
(3nov2013)

Por: Fernando Brito, no sítio Tijolaço


A matéria, hoje, na Folha, onde se aponta que o Brasil paga, anualmente, 5,7% – ou 4,9%, que seria o patamar atual – de seu PIB em juros deveria ser um escândalo nacional.

É curioso, porém, que a matéria não mencione quanto isso representa em dinheiro que o país entrega ao rentismo.

Isso significa algo em torno de R$ 250 bilhões.

É como se entregássemos, a cada ano, mais do que gastamos com a educação, ou com a saúde.

Isso não entra no discurso do pessoal que fala em um Brasil “padrão Fifa”.

Não é possível sonhar se não se olha a corrente no pé.

Um corrente que não é possível romper, o que é o pior dela, sem romper a própria estabilidade econômica e política do país.

Mas que não pode ser esquecida ou tratada como “normal” na vida do país.

Dilma não mereceu um aplauso dos “sonháticos” quando baixou os juros.

Mas a mídia e o conservadorismo urraram: “Intervencionista, interferindo no Banco Central!”

E desencadearam a campanha “inflacionista”.

Depois, a da explosão do dólar, mesmo que esta tivesse evidentes causas externas.


Agora, os idólatras do “tripé macroeconômico” vêm com a história do “rombo”, do superávit primário que não vai ser atingido – e será.

Os juros brasileiros são uma hemorragia, que mal e mal tentamos estancar com a sua redução e a do montante da dívida, que a década Itamar-FHC tornou gigantesca.

É curioso, para não dizer chocante, que os arautos do “equilíbrio” falem tanto em responsabilidades e controles, em dosar a torneira da despesa – a que paga serviços e obras públicas – sem jamais mencionar o ralo da dívida.

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