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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Tremei, corruptos e lavadores de dinheiro - Os dados de paraísos fiscais vazaram
(4abr2013)


Um imenso arquivo de dados de empresas e movimentações de recursos em paraísos fiscais acaba de ser descoberto e vazado para o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). Começam a pingar informações envolvendo figurões de todo o mundo.

Tenho afirmado em diversas postagens anteriores que a energia que o mundo vive hoje, de libertação da humanidade do jugo dos poderosos de sempre, será a de trazer à tona toda e qualquer atividade ilegal e que visasse manter os homens sob o látego do medo e da ansiedade. As máscaras iriam cair. E estão caindo. Muitos paladinos da moralidade (estilo do senador Demóstenes, percebem?) serão expostos e desmoralizados publicamente. Está chegando a hora de virarmos gente, gente que se respeita, que se ama, que quer construir junto um mundo de fato melhor e honesto. Vamos ver como a mídia brasileira vai tratar do caso. Irá abafar? Até quando e até onde tentará abafar? Tentará blindar alguns grupos? A quem tentará proteger? Traduzi (tradução fraquinha, reconheço) a matéria abaixo publicada hoje pelo ICIJ. A conferir...

Destaques do vazamento de atividades offshore

Por Emily Menkes, no sítio do International Consortium of Investigative Journalists

Hoje marca o início de um dos maiores vazamentos financeiras da história

O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) está apenas esboçando as primeiras histórias a partir de um projeto global de colaboração para o mundo do dinheiro offshore. A Tax Justice Network, um grupo de advocacia, alega que um terço da riqueza do mundo está amarrado na área secreta de offshore.

Nos últimos 15 meses, jornalistas de mais de 40 países têm trabalhado em conjunto para lançar luz sobre esta questão.

E aqui está um pouco do que eles encontraram.

Um dos políticos mais altos da Mongólia diz que está pensando em se demitir do cargo depois de ser confrontado com evidências de que ele tem uma empresa offshore e uma conta bancária secreta na Suíça.

Documentos recém expostos ligam Maria Imelda Marcos Manotoc, a filha mais velha do falecido ditador Ferdinand Marcos das Filipinas e agora uma importante figura política, a dois trusts e uma empresa, todos secretos e offshore.

Um proeminente advogado canadense, marido de uma senadora liberal, moveu CA$ 1,7 milhões (EUA $ 1,1 milhão) para discretos paraísos fiscais enquanto ele estava preso a uma batalha com a Agência da Receita do Canadá sobre os seus impostos, de acordo com documentos de um maciço vazamento de dados financeiros de offshore.

Um magnata corporativo cujo império de negócios ganhou contratos de construção de bilhões de dólares em meio à onda massiva de construções do Presidente Ilham Aliyev, do Azerbaijão, está ligado à família do presidente através de empresas secretas offshore.

Os proeminentes tailandeses listados em documentos secretos como titulares de participações no exterior incluem a ex-mulher do primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra, um atual senador, um ex-alto funcionário do Ministério da Defesa, magnatas cotados pela Forbes , e um ex-ministro cujos ativos nos Estados Unidos estão congelados por causa de suas supostas ligações com o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe.

Cidadãos gregos que possuem ou comandam empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e outros paraísos fiscais raramente as declaram aos agentes fiscais gregos, como mostra uma revisão de mais de 100 empresas. Apenas quatro das 107 empresas offshore investigadas pelo ICIJ são registradas junto às autoridades fiscais como a lei normalmente exige, especialmente quando as empresas detêm ativos ou realizam negócios na Grécia. Os agentes aparentemente não têm registro das outras 103 empresas - ou se os proprietários declararam quaisquer ativos detidos por estas entidades ou tributos pagos sobre eles.

Finalmente, para aqueles interessados ​​em como ICIJ conseguiu deslindar o pacote de registros, o gerente de dados do projeto, Duncan Campbell, escreve uma explicação detalhada de como os nossos jornalistas puderam dar sentido aos 260 gigabytes de informação obtidos. Quatro grandes bancos de dados, a metade de um milhão de texto, PDF, planilhas, imagens e arquivos da Web foram dissecados para revelar mais de 130.000 registros sobre as pessoas e agentes que dirigem, possuem, se beneficiam ou escondem atrás de empresas offshore.

Nós esperamos que você aproveite essas histórias, pois haverá mais a seguir diariamente pelas próximas semanas.

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