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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Governo estadunidense espiona e tenta desmantelar pacíficas manifestações de protesto em seu território
(3abr2013)


Os tempos da "terra da liberdade" e do berço e culto dos direitos humanos e da cidadania já andam bem longe dos estadunidenses. É gritante o medo, o pânico, que as corporações têm das legítimas e pacíficas manifestações de opiniões que divirjam do ideário da acumulação e da dominação, com dura disciplina, das grandes massas. Principalmente porque essas manifestações estão aglutinando pessoas que vão enxergando, mais e mais, que não há porque se submeter aos medos e às chantagens do capital. As pessoas estão "falindo" e descobrem que continuam respirando, amando, pensando. Ou seja, deve haver outras maneiras de se levar a vida, que não aquela de subordinação e continuado pavor pelo que poderá acontecer amanhã.

Quanto mais pessoas conseguirem se desligar dos padrões de consumo para os quais foram programados durante toda a vida - percebendo que, diferentemente do que o diz o programa implantado, a felicidade está no SER, e não no TER - todos precisaremos de muito menos elementos físicos desse combalido planeta. Na verdade, precisamos mesmo do suficiente para nos manter alimentados, aquecidos, vivos. E vivos numa acepção muito mais ampla do que aquela que nos programou até hoje: vivos para sermos felizes, sem medo, vivendo o agora. O ontem e o amanhã não estão aqui. Eu somente posso lidar com o agora, e quero fazê-lo com a alegria de reconhecer nele as consequências do ontem, e de preparar nele, com amor, a felicidade do amanhã. Isso somente pode ser feito agora. Já dá para imaginar que se um "vírus" desse tipo invadir nossos "programas", isso levará toda a indústria bélica e de segurança (que, qual urubus, se alimentam de nossos medos e angústias) ao fechamento. A humanidade não pode ser feliz, pois isso representará a quebra da espinha dorsal das grandes corporações. Elas não terão a quem explorar, de quem subtrair, e ninguém para lhes dar a mão-de-obra necessária para que a sua acumulação de riquezas siga em frente.

Daí fica fácil perceber que governos em todo o mundo - dominados pelas corporações - estejam espionando, combatendo, desmontando, agredindo, criminalizando etc. os movimentos sociais, por mais legítimos, pacíficos, lúcidos e amorosos que sejam. Se eles buscam igualdade, solidariedade, fraternidade, liberdade, tudo isso é diametralmente oposto ao que sempre tem sido estimulado pelas corporações e por seus lacaios midiáticos. Concentração de renda, competitividade, individualismo, medo, insegurança são os ícones agitados cotidianamente por todos os meios massificantes, atordoando o homem e naturalizando o mundo da exploração e da limitação severa dos sonhos e da busca de real felicidade. De amor, então, nem se pode falar nos dias de hoje. Ou ele foi amalgamado à ideia pura e simples de sexo (o fazer amor), ou foi carregado de tintas intencionais de pieguice, para fazer de quem queira empunhar essa bandeira alguém passível de ser ridicularizado, por demodé, old-fashioned, sentimentalóide e perdedor. Pode-se fazer sexo, e isso sempre pode ser bom. Mas amor não se faz, não se compra, não se vende. Amor é sentimento: sente-se, e pronto. Trata-se de recurso energético renovável cuja emissão pode ser aumentada infinitamente.

De minha parte, acredito que as tramoias de corporações e de governos estão a cada dia emergindo, boiando, aparecendo com mais frequência no grande lago da informação que é constituído pela internet. A internet é o feitiço que está se virando contra o feiticeiro. O que explica, também, os crescentes ataques e tentativas de censura, em todo o mundo, e bem claramente no Brasil, ao direito de expressão dos internautas. Mas nós ainda veremos o mundo melhor, quando todas as máscaras de todas as pseudo lideranças mundiais caírem. Restarão somente aqueles líderes que realmente estejam dispostos a caminhar com os seus liderados, e não sobre os seus liderados. Penso que tudo isso vem vindo a jato. Um pseudo líder já se afastou, coisa que em seu âmbito não ocorria há mais de 600 anos. Outros vão apear de seus postos quando perceberem que não lideram coisa nenhuma, não passando de marionetes dos interesses escusos e obscuros de quem pretende manter a humanidade sob o látego do medo e da dor. O ser humano já se cansou disso. O ser humano aceita cada vez menos essa canga em seu pescoço.

Mas, para se encontrar uma saída, em qualquer que seja a situação, primeiramente é necessário acreditar que é possível haver uma saída. É aí que as corporações e suas marionetes jogam pesado. Há que se abafar o sonho. Sem sonho, não se cria, e sem criarmos, nada de novo poderemos colocar em nosso horizonte.

Por fim, retomando o início do texto (meus textos sempre tão desalinhavados...), apresento matéria publicada no Digital Journal que me atrevi a traduzir para o português, e que se liga ao que escrevi acima:

Segurança Interna mantém espionagem contra manifestantes pacíficos

Por Owen Weldon, no sítio Digital Journal

Segundo documentos, o Departamento de Segurança Interna (Department of Homeland Security - DHS) espiona manifestantes pacíficos, porque é uma "questão de política".

De acordo com a RT, através do que determina o Freedom of Information Act, os documentos foram obtidos pelo Fundo de Parceria para a Justiça Civil (Partnership for Civil Justice Fund - PCJF).

Diz-se que 'Centros de Fusão' e 'Mega Centros" do DHS foram criados como parte de uma oferta post-9/11 para coordenar o recolhimento de informações entre o FBI, a polícia local e do DHS no esforço anti-terrorismo. No entanto, de acordo com os documentos, milhares de páginas, informações estavam sendo recolhidas, recolhidas no movimento Occupy Wall Street e em outras manifestações da liberdade de expressão.

De acordo com o Huffington Post, um documento mostrou que um alto funcionário do Serviço Federal de Proteção observou que várias organizações legais deram passos em 14 de novembro para interromper acampamentos do Occupy, horas antes de o acampamento ter sido desmanchado pela polícia de Nova York (New York Police Department - NYPD).

De acordo com DailyCaller, o serviço de vigilância do DHS sobre os protestos tomou parte em outras cidades também, como Denver, Minneapolis, Boston, Houston e Los Angeles, para citar apenas algumas.

Carl Messineo, diretor jurídico do PCJF, divulgou um comunicado e disse que os documentos representam o que muitos acreditam representar uma fração do que o governo possui.

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