Quem sou eu

Minha foto
Bebedouro, São Paulo, Brazil
Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

As estruturas arcaicas dos Conselhos Regionais
(23fev2013)


Por Gilberto, em Luis Nasssif Online

É notável como os Conselhos Regionais permanecem isolados e refratários à participação dos profissionais a ele associados. Em geral, a única notícia que temos da existência deles é o boleto de cobrança da anuidade. Vício de origem? As autarquias (aquelas que comandam a si mesmas), tem origem nas corporações, fraternidades, grêmios e sociedades de ofícios.  Os conselhos regionais têm como objetivo principal a fiscalização, orientação, controle e aprimoramento do exercício profissional, atuando em defesa da comunidade, reprimindo a atividade de pessoas físicas e jurídicas não habilitadas ou que transcendam às suas atribuições.

Atualmente quais das funções assinaladas elas de fato exercem? Para ficar somente no Conselho Regional ao qual sou filiado, o CREASP, pergunto:

Qual a sua contribuição no controle e aprimoramento do exercício profissional no caso do acidente na estação Pinheiros do Metro?

O que faz atuando em defesa da comunidade no caso dos descumprimento dos contratos e entrega de unidades habitacionais em péssimas condições de uso?

De uns tempos para cá, o CREASP, talvez em função da perda de parte do seu poder com a criação do CAU, passou a ensaiar um pálido e inconsistente incentivo à participação de seus associados. O último deles aconteceu ontem, num comunicado conclamando a presença de seus afiliados, enviado menos de 24 horas antes do evento, para o Congresso Regional Preparatório para a VIII Congresso Estadual de Profissionais...Uma tática digna de estudante “ixperto” de um diretório acadêmico de quinta categoria.


A quem se pretende enganar? O CREASP é apenas um exemplo que acompanho mais de perto. Mas sinto a mesma indignação em profissionais amigos de outras áreas com a atuação de seus conselhos. É necessário reformular estas estruturas monstruosas e arcaicas. Fazer com que elas deixem de ser órgãos arrecadadores, sem função outra que a de manter uma casta de privilegiados que dominam a sua estrutura e atendem exclusivamente aos interesses das grandes construtoras. Os tempos são outros. Não estamos mais em 1933. Que cumpram a missão para a qual foram criados, que se adaptem a necessidade de transparência, que se implantem gestões democráticas e abertas, de fato, à participação. Que sejam motivo de orgulho para profissionais responsáveis que desejam uma atuação digna e necessária de seu órgão de fiscalização. Este é um dos passos essenciais para a criação de um rol de profissionais preparados que o país diariamente reclama.

Anexo a este um estudo da Camara de 2008, "Responsabilidade social dos Conselhos profissionais".

0 comentários: