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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sábado, 6 de julho de 2013

Press TV: "Game Over" para Morsi, Israel
(6jul2013)


Por Gordon Duff, em 4 de julho de 2013, reproduzido no sítio 2012: What's the 'real' truth

Oponentes de Morsi mantêm manifestações de protesto no Cairo em 3 de julho de 2013


O sinal é mais certo do que alguns no Egito, e do que todos no Ocidente, podem começar a entender.

O governo de Morsi era um jogo, um pouco mais, de fato, não mais do que a venda de um regime totalitário construído sobre a supressão de liberdade de pensamento e de expressão e sobre o aliciamento do extremismo e a adesão servil ao que pretendia ser um plano altamente secreto, tão complexo, tão torcido que sua descoberta era impossível.

O grande jogo, Morsi tentando comprar o lugar do Egito no tabuleiro com os novos "Mestres do Universo", a coalizão dos sonhos otomanos ressurgentes da Turquia, rumores que somente existem no cérebro doentio de Erdogan, a busca sem fim de Netanyahu para provar à raça humana que a depravação não conhece limites, mas que apenas começamos.

Ele vai muito mais longe, muito mais fundo, camada sobre camada, um grande desenho claramente voltado para por fim a todas as considerações morais humanas, substituindo-as por um novo "relativismo", todo um pouco velado comércio feito a meia-boca por vigaristas em festa.

O jogo - vendendo "O Choque de Civilizações" é um plano de "cobertura e decepção", encobrindo a verdade, decepcionando quem busque esclarecimento - visava obscurecer a realidade simples de que um grupo de sociedades secretas, algumas com vários séculos de idade - homens servindo a um mestre invisível melhor descrito como "Satânico" - acredita que elas foram escolhidas para supervisionar o fim da humanidade.

Por mais insano que isso possa soar, a lista daqueles que buscam por adesão não tem fim. Eu realmente não acredito que isso ainda seja um segredo. Nenhuma pessoa racional poderia acreditar de outra forma, pois estamos nos afogando, em alguns casos literalmente, em evidências.

Somente um tolo não conseguiria ver esses padrões. Chamá-los de predadores é muito generoso. Nossas "elites" são mais parecidas com uma desagradável cepa de sífilis. Vocês sabem os nomes, e Morsi estava simplesmente tentando entrar na lista. Para ser honesto, eu não acredito que Morsi tenha de fato feito isso.

Bem, com o "Game Over", uma coisa é certa: o povo do Egito e suas forças armadas não foram tão facilmente enganados como o foi o povo estadunidense após o 11 de setembro.

Muitos condordam que o ponto de virada para as forças armadas foi a chamada de Morsi para um guerra contra a Síria. Aqueles que ainda guardavam ilusões sobre Morsi, desculpando seu comportamento como "desequilibrado" ou "insano", simplesmente não estavam prestando atenção.

A mídia estadunidense também não teve problema, não viu inconsistências em sua traição aos palestinos, sua sistemática sabotagem à economia do Egito, seus curiosos alinhamentos políticos com os neocons da América, os likudistas em Israel e a Al Qaeda na Síria.

Os estadunidenses adquiriram uma deliciosa "flexibilidade moral", uma habilidade para racionalizarem, para traírem, para decepcionarem e serem decepcionados, e parece que eles amam isso.

O povo egípcio viu, as forças armadas viram. Talvez seja simplesmente o caso de que o Ocidente esteja tão auto-condicionado com o absurdo e com o ofuscamento, que questionar qualquer coisa, não importa quão fantasiosa seja, pareça, por si só, um ato sem sentido. Talvez eu esteja dando muito crédito.


Não deixe a porta bater em você na saída

A feiúra que Morsi trouxe com ele, seu servilismo a Israel, sua desumanidade, cavalgou asperamente sobre o povo do Egito como uma maldição de faraó.

Sim, enquanto a poeira abaixa, sabemos que ainda não acabou, não ainda. "Morsi 2.0" está esperando.

Morsi foi "Mubarak 2.0". Os "Mestres do Universo" não vão desistir de destruir o Egito, não tão facilmente.

Podemos esperar pelos carros-bomba, os favoritos dos ataques de falsa-bandeira da "bolsa de maldades" do Mossad. A violência sectária, assim espera Tel Aviv, irá desencaminhar a segunda tentativa do Egito pela sua verdadeira independência. Considerem isso uma predição.


Você já acessou seus "grupos de discussão" hoje?

Por todo o mundo, os blogueiros e os especialistas estão lutando para salvar Morsi, seus manipuladores freneticamente mandando e-mails e faxes de "grupos de discussão". Cofres serão abertos, pagamentos em espécie por artigos, até para tornar virais comentários servis, uma prática de operação psicológica israelense cuidadosamente rastreada por Jim W. Dean, do Veterans Today.

Já nesta manhã, dezenas de "influenciadores" próprios ou alugados estavam a atacar a Irmandade Muçulmana como parte da conspiração islâmica mundial contra a humanidade.

Agora, enquanto milhões marcham pelas ruas do Egito celebrando a derrubada de um governo que faz a Coreia do Norte parecer com uma Islândia, aqueles mesmos "figurantes", não há outro termo a ser aplicado, viraram em 180 graus e estão papagaiando nos "grupos de discussão" da gangue talmúdica:
. Golpe militar
. Constituição suspensa
. Morsi era o primeiro presidente egípcio "eleito livremente"
Que tipo de constituição permitiu a Morsi prender estudantes por tuítes desfavoráveis?

Então novamente, quantos oponentes a Irmandade Muçulmana fez "desaparecerem"? Considere isso uma outra predição.


O pino de segurança

Morsi foi o pino de segurança para a estratégio de Israel. Morsi não era somente uma outra "carinha bonita", não mesmo! Esse era, e é, um bandido de classe mundial.

Tomando um prumo a partir do livro de regras de Bush, Blair e Netanyahu, Morsi tentou criar um sentimento de vitimização e histeria, primeiro desencadeando um jihad imaginário na Síria, aliado histórico do Egito e uma vez sócio na República Árabe Unida, que teve vida curta.

Seu segundo estratagema foi uma ameaça de guerra contra a Etiópia baseada nos rumores à meia-boca de que sua imensa represa hidrelétrica iria interferir com o fluxo do Rio Nilo.

O papel verdadeiro de Morsi foi o de isolar o Egito, torná-lo no risonho suporte do Oriente Médio, castrar seus militares e criar base de operação para certas agências de inteligências estrangeiras.


A hidra de Morsi

Os eventos de hoje não devem ser subestimados, eles são monumentais. No minimo, pode ser mostrado como um verdadeiro gosto por liberdade não pode ser dominado com tirania reembalada, exceto talvez em nações ocidentais como o Canadá, a Alemanha, a França e, só talvez, os Estados Unidos.

Poderiam as "nações desenvolvidas" ser o novo "terceiro mundo" político e intelectual?

Sobre a importância do Egito como um satélite escravo do Israel Maior não se pode dizer o suficiente. Basta olhar para a Líbia.

Após a queda de Gaddafi, mais um assassinato do que uma queda, tem havido um total blecaute de notícias na Líbia. Uma campanha de desinformação cuidadosamente coordenada, os "pro/anti-sionistas" da esquerda, 99% dos quais têm sido inúteis desperdiçadores de oxigênio, juntamente com seus belicistas amigos "imperialistas/banqueiros", o outro lado da mesma moeda falsificada, tentaram roubar o povo líbio do crédito para um sacrifício muito real.

Para esse fim, nossos amigos da mídia retardada torcedora de fatos tentaram apagar a história de Gaddafi, não apenas como um trunfo da CIA e do acolhimento por 20 anos do terrorismo da P2 Gladio na Europa, mas de sua longa parceria militar com Israel, a evidência de que alimentou ataques líbios durante semanas.

A Líbia, com sua vasta riqueza de petróleo de de petroquímicos, tinha que ser freada. Morsi fez parte desse esforço, baixando a guarda, apoiando as milícias antigovernamentais enquanto mandava jihadistas para fazerem o trabalho sujo de Israel na Síria.

No processo, uma nova geração de terroristas da Al Qaeda espalhará uma geração de sofrimento ao sul para a África, ao norte na Europa e, é claro, assegurando que a Líbia sofrerá o destino do Iraque, guerra sem fim.

Nesta noite, Morsi não está mais no tabuleiro. Os serviços de segurança do Egito procuram por trabalhadores estrangeiros, professores de línguas, turistas que se demoraram por tempo longo demais.

Centenas de jovens e úteis israelenses, muitos dos quais com "outros" passaportes, esparramaram-se pelo Egito para ajudar seu inimigo de sangue.

Morsi se foi, mas irá o Egito permanecer como colônia de Israel?


Gordon Duff é um mariner veterano da Guerra do Vietnam, um homem de infantaria de combate, e Editor Chefe da Vetenans Today. Sua carreira incluiu extensa experiência bancária internacional juntamente com diversas áreas como consultoria em contra-insurgência, tecnologias de defesa, ou atuando como representante diplomático do desenvolvimento de esforços humanitários e econômicos da ONU. Gordon Duff viajou por mais de 80 países. Seus artigos são publicados por todo o mundo e traduzidos em muitas línguas. Ele está regularmentwe em TVs e rádios, como um convidado popular e às vezes controverso. Leia mais artigos de Gordon Duff na Press TV.

Tradução: Aquiles Lazzarotto
Nota do tradutor: Certamente há algumas expressões de linguagem das quais não consigo, ainda, dar conta. Sugiro ao leitor versado em inglês que pontos obscuros desta tradução sejam conferidos no original em inglês, utilizando, para tanto, o link posto no cabeçalho do texto.

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