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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

terça-feira, 6 de março de 2012

Portugal está sendo assassinado, como muitos países do terceiro mundo já foram (6mar2012)

Por John Perkins, entrevistado por Sara Sanz Pinto

Em tempos consultor na empresa Chas. T. Main, John Perkins andou dez anos fazendo o que não devia, convencendo países do terceiro mundo a embarcar em projetos megalômanos, financiados com empréstimos gigantescos de bancos do primeiro mundo. Um dia, estava nas Caraíbas, percebeu que estava farto de negócios sujos e mudou de vida. Regressou a Boston e, para compensar os estragos que tinha feito, decidiu usar os seus conhecimentos para revelar ao mundo o jogo que se joga nos bastidores financeiros.


Como se passa de assassino econômico a ativista?

Em primeiro lugar é preciso passar por uma forte mudança de consciência e entender o papel que andou desempenhando. Levei algum tempo compreendendo tudo isto. Fui um assassino econômico durante dez anos e durante esse período achava que estava agindo bem. Foi o que me ensinaram e o que ainda ensinam nas faculdades de Gestão: planear grandes empréstimos para os países em desenvolvimento para estimular as suas economias. Mas o que vi foi que os projetos que estávamos desenvolvendo, centrais hidroelétricas, parques industriais, e outras coisas semelhantes, estavam apenas ajudando um grupo muito restrito de pessoas ricas nesses países, bem como as nossas próprias empresas, que estavam sendo pagas para os coordenar. Não estávamos ajudando a maioria das pessoas desses países porque não tinham dinheiro para ter acesso à energia elétrica, nem podiam trabalhar em parques industriais, porque estes não contratavam muitas pessoas. Ao mesmo tempo, essas pessoas estavam tornando-se escravos, porque o seu país estava cada mais afundado em dívidas. E a economia, em vez de investir na educação, na saúde ou noutras áreas sociais, tinha de pagar a dívida. E a dívida nunca chega a ser paga na totalidade. No fim, o assassino econômico regressa ao país e diz-lhes "Uma vez que não conseguem pagar o que nos devem, os vossos recursos, petróleo, ou o que quer que tenham, vão ser vendidos a um preço muito baixo às nossas empresas, sem quaisquer restrições sociais ou ambientais". Ou então, "Vamos construir uma base militar na vossa terra". E à medida que me fui apercebendo disto a minha consciência começou a mudar. Assim que tomei a decisão de que tinha de largar este emprego tudo foi mais fácil. E para diminuir o meu sentimento de culpa senti que precisava de me tornar um ativista para transformar este mundo num local melhor, mais justo e sustentável através do conhecimento que adquiri. Nessa altura a minha mulher e eu tivemos um bebé. A minha filha nasceu em 1982 e costumava pensar como seria o mundo quando ela fosse adulta, caso continuássemos neste caminho. Hoje já tenho um neto de quatro anos, que é uma grande inspiração para mim e me permite compreender a necessidade de viver num sítio pacífico e sustentável.


Houve algum momento em particular em que tenha dito para si mesmo "não posso fazer mais isto"?

"Vilões" da crise, bancos se tornam alvos diretos do Occupy Wall Street (6mar2012)


Movimento conseguiu que mais de 600 mil pessoas retirassem as poupanças

No início do ano, os grandes bancos nos Estados Unidos deram indícios claros de que sentiram nos cofres a nova estratégia do Occupy Wall Street. Em dezembro de 2011, o movimento pediu aos norte-americanos para que retirassem suas poupanças e as depositassem nos bancos mais pequenos.

Em princípio, pareceu uma iniciativa com poucas chances de sucesso. Porém, desde janeiro, instituições como o Bank of America lançaram uma série de promoções para atrair a clientela perdida, indicando que o impacto do movimento popular foi substancial.

 Manifestantes do Occupy Wall Street protestam em frente à sede do Bank of America em Nova York | Foto: Efe (29/02/2012)

Apesar de os números não serem exatos, diversos estudos mencionados pela imprensa local revelam que nos últimos três meses quase seis milhões de norte-americanos moveram dinheiro de grandes bancos para outros mais pequenos, principalmente, instituições de credito das empresas donde trabalham.

Dos seis milhões, pelo menos 600 mil decidiram fechar as contas logo após uma ativista do Occupy na Califórnia lançar essa iniciativa, chamada “Bank Transfer Day”, ou seja, o “dia de transferir de banco seu dinheiro”.

Apesar da indignação popular em relação às tarifas que os grandes bancos impõem aos clientes para efetuar qualquer tipo de serviço, o Bank of America foi a instituição que mais sofreu com o fechamento das contas. Isso porque no momento em que a indignação popular estava no topo, em novembro, decidiu criar uma tarifa de cinco dólares mensais para os usuários do cartão de débito. Uma semana depois o banco voltou atrás, mas a indignação popular não diminuiu e as pessoas fecharam suas contas.

domingo, 4 de março de 2012

A matrix que enclausura os paulistas (4mar2012)

Por João Barbosa | Comentário em postagem do Blog da Cidadania

Os paulistas conseguiram o que eles sempre quiseram, tornaram-se os verdadeiros e legítimos europeus, ou seja, um povo mitomaníaco:


1- O mito: São Paulo é a locomotiva do país que carrega 23 vagões vazios.

A Realidade: 

A locomotiva virou Maria Fumaça. Na década de 70, a participação de São Paulo no PIB nacional correspondia a 40%. Caiu para 36% na década de 80, e 33% em 2007. Se confirmados as tendências e prognósticos, a perspectiva é de que a participação paulista esteja abaixo dos 30% já em 2014.


2- O Mito: A USP é uma das universidades mais importantes do mundo!

A realidade: 

A USP já foi uma grande universidade, nos tempos de Lévy-Strauss e outros, mas esse DNA já se tornou “viciado” há muito tempo, porque professor da USP fez graduação na USP, mestrado na USP, doutorado na USP. A USP é a universidade mais endógena e de importância inflada que se conhece.

Nos últimos 40 anos, que estudo da USP revolucionou alguma área do conhecimento científico? Nenhum.

Estudam nanotecnologia? E daí? Até a UF do Piauí estuda.

Estudam o genoma? E daí? Muitas outras universidades brasileiras também estudam.

A USP, tal como as Federais de outros estados, não é vanguarda em nenhuma área científica, apenas acompanha o desenvolvimento científico e tecnológico do primeiro-mundo. Tanto as estaduais paulistas quanto as federais apenas procuram reproduzir estudos estrangeiros.

sábado, 3 de março de 2012

Militares da reserva incitam os da ativa a se insurgirem contra o Estado de Direito (3mar2012)

General, a verdade só machuca quem mente

Por Fernando Brito | Do Tijolaço

[A partir da segunda imagem, trata-se de material que colhi na internet e que mostram uma ínfima fração do quão sombrios eram os tempos da ditadura militar, a qual sempre foi apoiada com entusiasmo pelos grandes veículos da mídia brasileira]


Os nossos chefes militares, de quem só se pode louvar o comportamento que têm tido de respeito às instituições democráticas, sabem, pela experiência que têm com a disciplina e a hierarquia que, quando se deixa passar a pequena transgressão, vêm outra e outra e outra, sempre maiores.

Resolveu-se, há dias, sem apelo aos regulamentos militares, pelo diálogo, uma nota mal-posta dos dirigentes dos clubes militares. Muito bem, melhor sempre a conversa que a ordem.

Mas, na instituição militar mais fortemente que nas civis, é preciso ordem.

A manifestação do general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva no jornal O Globo, hoje [02/03], vai além de uma simples expressão de opinião. É um desrespeito não apenas a uma decisão legislativa mas, também, à própria figura da presidenta da República, sua comandante-em-chefe.

Mais: constitui-se num incitamento a que militares da ativa se insurjam contra ambas, à medida em que diz que os que não manifestarem insatisfação “não são dignos de serem chefes”.


O general chama de “parcial e maniqueísta” uma comissão que sequer se instalou e nem ainda funciona. Como poderia ser parcial ou maniqueísta?

E chega, vejam, a dizer sobre Wladimir Herzog: “quem disse que ele foi morto pelos agentes do Estado?”

sexta-feira, 2 de março de 2012

Desaquecimento global (2mar2012)

Publicado no sítio Estadão.com em 31 de março de 2010, destaques meus.

Por José Reynaldo Bastos da Silva* e Celso Dal Ré Carneiro**

Ao contrário do que propagam, o planeta Terra tem hoje temperatura média de 15°C e está numa era interglacial. Ainda não é possível afirmar quando terá início nova glaciação. Portanto, a Terra está em desaquecimento global... com oscilações.

O tema do "aquecimento global" aparece com tal frequência na mídia que muitas pessoas creem plenamente na veracidade do fenômeno e na principal causa admitida, a de que o dióxido de carbono o determina. Isso exemplifica como um tema científico não deve ser tratado, porque houve perigosa mistura de interesses políticos, econômicos e sociais, à parte problemas e desafios de conotação essencialmente científica.

Consideremos a complexidade e a variedade de fatores determinantes do clima na Terra.

Há 18 mil anos começaram a diminuir os efeitos severos da última era glacial. Sob clima frio e seco, grandes massas de gelo ocupavam parte expressiva dos continentes no Hemisfério Norte, onde vagavam mamutes e mastodontes. Em fins dessa era, o nível dos oceanos subiu cerca de cem metros. Com o derretimento e diminuição das geleiras, a temperatura média da superfície global aumentou, no máximo, 5°C.

Falaciosos, retóricos ou bombásticos são os temas de aquecimento global atribuído ao efeito estufa: degelo dos polos, extinção do urso polar, alçamento do nível do mar, inundação de partes das cidades costeiras, variações de frequência e intensidade de eventos climáticos e alterações em regimes regionais de chuvas. Estão em voga porque a velocidade dos fenômenos climáticos é infinitamente mais rápida que a dos fenômenos estritamente geológicos. Enquanto aqueles se sucedem em segundos, estes envolvem, no mínimo, milhares de anos, no caso das glaciações; milhões e até bilhões de anos para mudanças substanciais, como separação e colisão das placas tectônicas que sustentam os atuais continentes.


Quais são as reais causas das variações climáticas na Terra?

Crise do euro gerou golpes de Estado comunitários, diz ex-membro da política externa de Lula (2mar2012)

Do sítio Opera Mundi


Para Samuel Pinheiro Guimarães, Mercosul deve ser instrumento de desenvolvimento para países-membros

Imagine um cenário em que países vitimados pelo desemprego são obrigados a realizar drásticos cortes de quadros públicos; aceitarem normas draconianas para pagarem juros de uma dívida pública que, na verdade, só virá a aumentar e se eternizar; também estão impedidos de investir, fornecer crédito e adotarem políticas de crescimentos; no comando do país, políticos experientes são substituídos por economistas burocratas e sem qualquer visão de estadista. Tudo isso por determinação externa, vinda de um órgão supranacional que é comandado de fato, pela nação mais poderosa.


Samuel Pinheiro Guimarães, durante palestra da FGV, em São Paulo

Seria lugar comum cogitar alguma região subdesenvolvida, sem estabilidade política nem histórico democrático. Jamais na poderosa Europa Ocidental. Mas, na opinião do ex-embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, um dos principais artífices da política externa brasileira durante o governo Lula, países como Grécia ou Itália em maior grau, foram vítimas recentes de um “golpe de Estado comunitário”.

Deputado garante ao ANDES-SN que entregará parecer do PL 2203/11 até dia 20 (2mar2012)

O deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) garantiu aos diretores do ANDES-SN que entregará seu aparecer sobre o PL 2203/2011 [no final desta postagem há um link para a leitura do PL] à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Ctasp). O compromisso foi firmado em reunião realizada nesta quinta-feira (1).

O parlamentar gaúcho foi nomeado relator do projeto que trata, na seção XVIII, das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, fruto do acordo emergencial firmado entre o ANDES-SN e o Ministério do Planejamento (MP), em agosto do ano passado.

Durante a reunião, os diretores do sindicato lembraram ao deputado que as alterações previstas no PL para carreiras dos professores federais devem entrar em vigência a partir de março de 2012, conforme consta no texto do projeto, e, para tanto, pediram imediata aprovação do mesmo.

“O deputado demonstrou preocupação quando apontamos que está em suas mãos o cumprimento do prazo estabelecido no acordo emergencial assinado pelo governo com o ANDES-SN”, contou Maurício Alves da Silva, 1º vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN.

Mato Grosso: Justiça Federal apresenta resultado jurídico da Operação "Sanguessuga" (2mar2012)

Entre os políticos de Mato Grosso, apenas a ex-deputada federal Celcita Pinheiro foi condenada

Por Laice Souza, do MidiaJur | Mídia News

A Justiça Federal apresentou um relatório minucioso do resultado jurídico da Operação "Sanguessuga”, realizada em 2006, pela Polícia Federal.

 De acordo com as informações repassadas pelo juiz da Sétima Vara Federal, Paulo Cézar Alves Sodré, 39 pessoas foram condenadas por participação em um esquema fraudulento, que se baseava na venda irregular de ambulâncias.

Entre os condenados está a ex-deputada federal Celcita Pinheiro (DEM), como o MidiaJur divulgou com exclusividade, em dezembro de 2011. Ela foi condenada a oito anos de prisão em regime fechado. Do processo ainda cabe recurso.

Segundo os dados da Justiça Federal, foram sentenciados 66 processos relacionados à “Operação Sanguessuga”. Destes, 19 encontram-se no Tribunal Regional Federal, em grau de recurso, sete já estão no arquivo e 40 na secretaria, para respectivas intimações e cumprimento de prazos processuais.

O juiz informou que, entre os acusados, 31 pessoas foram absolvidas. Entre eles estão Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócios da empresa Planan, acusada do superfaturamento na venda de ambulâncias para mais de 100 prefeituras em 11 Estados, que originou o escândalo das “sanguessugas” em 2006.

 Eles foram inocentados nos processos que tramitavam na Sétima Vara Federal de Mato Grosso.

Outro que teve o nome inserido na lista de acusados e que foi absolvido pela Justiça Federal é o ex-deputado federal e apresentador Lino Rossi. Além dele, prefeitos de cidades do interior do Estado também foram acusados, mas todos inocentados.