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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

domingo, 9 de junho de 2013

Da série "Tudo virá à tona": EUA têm acesso direto aos servidores de Google, Facebook e Apple
(9jun2013)

Por Erick da Silva, no sítio Aldeia Gaulesa

 slides da apresentação sobre o PRISM

Um documento divulgado nesta quinta-feira 6 pelos jornais The Washington Post e The Guardian revelou que o governo dos Estados Unidos possui um programa que dá acesso direto aos servidores de algumas das gigantes da internet, como Google, Facebook e Apple. O programa secreto, chamado de PRISM, permite que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) monitore os históricos da web e de internet de usuários e obtenha e-mails, fotos, vídeos, bate-papos, arquivos, conversas de programas como o Skype e detalhes de redes sociais.

A fonte da informação é uma apresentação de PowerPoint de 41 slides que, segundo o Guardian, foi confirmada como autêntica. Ela data de abril de 2013. O documento mostra o funcionamento do PRISM e teria sido usado para treinar pessoal de inteligência para sua utilização. De acordo com o Guardian, a coleta de dados é feita diretamente nos servidores da empresa, e estão sujeitos ao monitoramento “quaisquer clientes das companhias que vivem fora dos Estados Unidos ou norte-americanos cujas comunicações incluem pessoas fora dos Estados Unidos”.


Segundo o documento obtido pelo Guardian, a primeira empresa a fazer parte do PRISM foi a Microsoft, em 2007. Depois, vieram Yahoo (2008); Google, Facebook e PalTalk (2009); YouTube (2010); Skype e AOL (2011); e Apple (2012). O Dropbox, serviço de arquivamento na nuvem, é apontado como o próximo a ser monitorado.

O documento diz que as empresas contribuem para a operação do PRISM, mas todas elas foram contatadas pelo Guardian e negaram a informação. O Google disse não ter uma “porta de trás por meio da qual o governo pode acessar” seus dados e afirmou entregar informações apenas seguindo determinações judiciais. Um executivo de uma das companhias afirmou anonimamente que “se o governo está fazendo isso, é sem nosso conhecimento”.

Logotipo do PRISM

A apresentação obtida pelo jornal britânico revela que o PRISM é vastamente usado em investigações. A NSA fala sobre um “forte crescimento” no uso do programa e afirma que 77 mil relatórios de inteligência norte-americanos usaram o programa de alguma forma para obter informações. Segundo o WPost, um sétimo dos relatórios teriam informações deste tipo.


A internet é norte-americana

Também nesta quinta-feira, o Guardian revelou que a NSA tem monitorado as ligações de milhões de clientes da operadora telefônica Verizon, uma das maiores dos EUA. A autorização teria sido concedida, segundo o jornal, por um tribunal sigiloso, a Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa, na sigla em inglês), criada pelo Congresso durante o governo de George W. Bush e renovada pouco antes de Barack Obama assumir o poder.


Na apresentação sobre o PRISM, a NSA afirma, segundo o Guardian, que o programa foi criado para driblar as restrições impostas por mudanças realizadas em dezembro de 2012 na lei que rege a existência do Fisa, o tribunal secreto. O documento salienta que a infraestrutura de quase todas as grandes companhias de internet se encontra nos EUA, o que dá ao país a vantagem de “jogar em casa” . Essa vantagem, afirma o Guardian citando o documento sigiloso, teria sido perdida com as novas restrições da lei. Assim, a NSA teria partido para a opção de obter os dados diretamente dos servidores da empresa, sem precisar de autorização judicial para tanto.

Fonte: Carta Capital e Guardian

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