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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Já imaginou como seria se os jornais resolvessem se dedicar à verdade?
(9ago2013)

Por que o Washington Post se vendeu ao homem da Amazon

Por Jon Rappoport, em seu blog

Poderíamos começar com o fato de que o comprador, Jeff Bezos, o chefe na Amazon.com, é um participante Bilderberg. De modo que o jornal "permanece na família".

Mas o Post foi vendido porque estava tendo uma hemorragia de dinheiro.

Estava indo fundo no vermelho por causa da internet - não, esqueça isso. Estava afundando em dívidas porque estava falhando em dar às pessoas o que elas queriam:

A verdade.

Lá está.

E é por isso que outros "grandes" jornais estão também batendo nas pedras.

A verdade vende. Quem sabia?

Por outro lado, as mesmas mentiras cansadas das mesmas fontes cansadas estão desgastadas. Os mesmos contextos pesadamente restritos em torno das histórias das notícias põem os leitores para dormir.

Há um modo de os jornais impressos poderem sobreviver e obterem sucesso, mesmo agora. Mas eles teriam que cancelar sua filiação ao Psyop Club [NT: acredito tratar-se do corpo de operações psicológicas das forças armadas dos EUA].

Esses jornais têm grandes recursos. Eles têm repórteres que, se deixados soltos, sem restrições, fatalmente aprenderiam como cobrir uma história verdadeira. Qualquer um deles poderia.

E cobrir uma história explosiva, do ângulo do editor e do publicador, significa bater nela semana após semana, mês após mês. Significa imprimir, por vezes, duas edições do jornal num dia, porque a história está muito quente.

Significa escavar mais e mais fundo, o que resulta em fontes que anteriormente estavam silentes saindo do armário e adicionando novas peças. A história cresce. Ela faz brotar novos ramos. Ela envolve mais. Ela acusa múltiplos criminosos. Ela expõe raízes.

Esse é o modo como se supõe que o jornalismo deva trabalhar. Envolvimento máximo [NT: aqui o autor usa a expressão idiomática "balls to the wall"].

Espera-se que o jornalismo deixe os leitores ansiosos e excitados e em fogo para comprarem a mais nova edição.

Espera-se também que ele estilhace a realidade. Agora estamos baixando no ponto. É disso que repórteres e publicadores têm medo. Estourar a bolha da realidade.

Por exemplo - o estudo que eu tenho citado frequentemente: 26 de julho de 2000, Journal of the American Medical Association, Dra. Barbara Starfield, "Is US health really the best in the world"" ["A saúde nos Estados Unidos é de fato a melhor do mundo?"]

Starfield afirma que o sistema médico estadunidense mata 225.000 pessoas por ano. 106.000 delas morrem como resultado direto de drogas que foram aprovadas pelo FDA como seguras e efetivas.

Portanto, a cada década 2,25 MILHÕES de norte-americanos são mortos pelo sistema médico. 1.060.000 pessoas são mortas pelos medicamentos.

Isso estoura o senso de realidade do leitor. E é um ponto de partida para uma história de fato. Digo ponto de partida porque, na onda do choque inicial e as negativas dos experts médicos (o que põe a eles e a suas mentiras em registro), o jornal dá partida a uma investigação plena.

Há uma enormidade de pessoas com quem conversar. Médicos emergirão das sombras e confirmarão os números das mortes. Mais médicos aparecerão em seus calcanhares. Isso significa novas histórias. Isso significa prender os mentirosos em suas próprias declarações.

Um dos setores mais pesadamente protegidos da sociedade (o cartel médico) começa a se inflamar a partir da verdade. Ele se desmonta em chamas. Ele não pode defender a sí próprio.

Os repórteres ganham um senso para o que é uma história de verdade. Eles semtem como se tivesse sido tirados de uma prisão. Eles acordam de seu transe. Seus próprios chefes estão dizendo a eles para dizerem toda a verdade e para torpedear os bandidos.

A FDA subitamente se banha nos refletores. Aquela agência certificou todas os remédios assassinos como sendo seguros e efetivos. Como? Com base em quê? Quais acordos espúrios foram tramados com a indústria farmacéutica? Este aspecto da história está esperando para ser trabalhado por meses. Emerge um denunciante desde a FDA. A Agência é revelado como um empreendimento trapaceiro assassino que vem operando fora da lei por décadas.

Temos então os CDC [NT: Centers for Disease Control and Prevention]. Supõe-se que eles devam o levantamento e o relato dos dados de mortalidade. Mas eles não têm dito nada acerca de mortes medicamente induzidas nos Estados Unidos - o que está classificado como a terceira maior causa de mortes, atrás apenas das doenças cardíacas e do câncer. Os CDC têm olhado para o outro lado. Eles vêm para a mira.  Ratos guinchando fogem das sombras.

E o que dizer das tão propaladas escolas de medicina dos Estados Unidos? Por que elas não expuseram o sistema médico como sendo um matador? O que tem acontecido lá dentro? Quem está pagando as despesas?

Temos as agências governamentais, os Institutos Nacionais de Saúde, sugando bilhões e bilhões de dólares federais. Eles não relataram nada sobre o assunto.

E a indústria farmacêutica está vendendo venenos letais como se não houvesse amanhã.

Após alguns meses, essa história é um maremoto.

O jornal não afrouxa. Ele ataca. Seu pessoal aprende o que significa o que é ser implacável.

Alguns anunciantes cancelam e se afastam. Mas outros vêm para bordo, porque os gráficos de circulação do jornal estão passando do telhado.

Se um grande jornal cobrisse uma centena de histórias dessa magnitude, ele poderia esquecer o vermelho e ele veria somente o preto. Ele expulsaria os competidores para fora da água.

Verdade seja dita, é fácil editar um jornal dessa maneira. Você deixa seus repórteres farejarem uma grande história e deixa os sabujos perdidos. Não é complicado.

Bem, você diz, este é um grande sonho mas isso nunca aconteceria. E você está certo. Mas aqui está o golpe. Nesses dias de informação, NÃO seguir esse caminho da verdade garante a morte de uma organização jornalística. Fatalmente ela murchará e morrerá.

Assim, o que estamos vendo com o Washinton Post e o NY Times e outros grandes jornais é: suicídio.

A venda do Washinton Post não representa um dia triste. Não é algo para os "veteranos do ramo jornalístico" lamentarem. Seus elogios são um autosserviço de nonsense. Mais bobagem dos fazedores de bobagens.

Isso é motivo para celebração. Se as pessoas tivessesm algum sendo, elas estariam dançando nas ruas. Outra máquina de mentiras cambaleou.

Um jornal é um pensamento para o pensar público. Ele seleciona as histórias importantes, ele formata a informação para aquelas histórias, ele fornece o contexto, ele decide quais fontes valorizar, ele enterra e ignora outras histórias. Ele somente é valioso quando ele reflete o que as pessoas de fato querem saber.

Caso contrário, ele esculpe falsas realidades. Por meio de parcerias dissimuladas, por meio da influência do dinheiro, ele se torna uma operação de guerra psicológica.

Suas habilidades estão devotadas para encobrir os fatos. Ele deve parecer estar fazendo todas as coisas que esperamos de autênticos investigagores, enquanto não estão fazendo nada dessas coisas.

O Washington Post poderia lançar uma nova política amanhã, que consistiria inteiramente em oferecer uma explicação detalhada de como ele tem enganado seus leitores pelos últimos 50 anos. Essa seria toda a substância de seus futuros exemplares - e iria vender mais jornais do que está vendendo agora.

Escolas de jornalismo poderiam começar a ensinar aos estudantes como inventar realidades espúrias a partir do zero, peça por peça. Trazer tudo isso para campo aberto.

Todo grande jornal é uma agência de inteligência disfarçada. Suas ações espelham aquelas de uma CIA ou um MI-6. Agentes (repórteres), oficiais de casos (editores), matérias de capa falsas, redutos limitados, a invenção de inimigos superficiais, ataques de falsa-bandeira.

Os agentes (pessoal de reportagem) são os verdadeiros crentes. Eles apóiam e sustentam toda a operação por suas convicções de que a ilusão é real. Aqueles repórteres que não aceitam a ilusão podem manter seus empregos dando continuidade à charada e mantendo suas bocas fechadas.

Se eles falarem, eles perdem. Eles são demitidos e banidos.

Os jornais têm um padrão "livro dos sonhos". Todas as histórias emanam daquele livro, o qual estabelece o contexto a partir do qual as reportagens procedem.

E assim é com as vidas da maioria das pessoas. Elas percebem a realidade e respondem a ela de modos padronizados. Elas existem dentro de limites definidos.

Mas quando uma civilização declina, as pessoas anseiam por uma saída. Elas querem algo novo. Elas querem espaços abertos.

Se, por algum milagre, grandes jornais oferecessem uma saída das realidades de camisa de força, expondo a manipulação subjacente do conterole mental informacional, eles não conseguiriam imprimir edições suficientes para satisfazer seus consumidores.

Mas eles preferem o suicídio. Que assim seja.


Jon Rappoport
Autor de duas coleções explosivas, THE MATRIX REVEALED e EXIT FROM THE MATRIX, Jon foi candidato a um assento no Congresso dos EUA pelo 29º Distrito da California. Indicado para um Prêmio Pulitzer, trabalhou como repórter investigativo por 30 anos, escrevendo artigos sobre política, medicina e saúde para CBS Healthwatch, LA Weekly, Spin Magazine, Stern, e outros jornais e revistas nos Estados Unidos e na Europa. Jon ministrou palestras e seminários sobre política global, saúde, lógica, e poder criativo para audiências por todo o mundo. Você pode se inscrever para receber gratuitamente seus e-mails em www.nomorefakenews.com

Tradução: Aquiles Lazzarotto

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