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Bebedouro, São Paulo, Brazil
Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A verdadeira liderança somente pode ser exercida
por quem se identifica com os que sofrem
(30nov2012)


Segue aqui o próximo capítulo do livro "Brasil, Terra de Promissão", publicado em 1969, ditado pelo espírito de Ramatis e psicografado por América Paoliello Marques.

Os capítulos anteriores, postados neste blog acompanhando a ordem em que são postos no livro, mas com títulos de chamada elaborados por mim, são:
O Brasil sob um ponto de vista espiritualista (ver AQUI)
As funções das etnias constituintes do povo brasileiro (ver AQUI)
Breve análise da história do Brasil do ponto de vista da espiritualidade (ver AQUI)
O papel da coletividade brasileira ante a derrocada dos valores materiais da Terra (ver AQUI)
Amálgama e constituição de um novo patriotismo no Brasil (ver AQUI)
A laboriosa formação do povo brasileiro como humilde mensageiro sobre a Nova Era (ver AQUI)
O Brasil é uma nação que foi preparada para as mudanças que virão (ver AQUI)
A herança espiritual brasileira (ver AQUI).

Parte II - Realização


2 – Liderança



PERGUNTA — Que espécie de liderança poderá caber à nossa terra?

RAMATIS — Mede-se a possibilidade de liderança através da percepção de um conjunto de aptidões latentes reveladas por sinais externos, perceptíveis a quem desenvolver uma capacidade de análise mais aguçada. Os instrumentos qualificados para essa percepção geralmente estão mais avançados na compreensão do que a maioria e podem "vaticinar", com base nos próprios raciocínios, onde se encontram os futuros líderes.

Para isso torna-se necessário obter uma visão geral do conjunto, suficientemente larga para alcançar uma faixa de realizações a ser concretizada.

A mente humana encontra-se na fronteira, entre a percepção imediata e a abstração, capaz de produzir fenômenos de previsão lógica. Os espíritos encarnados que conseguem vencer essa transição encontram-se, em relação aos seus contemporâneos, como aquelas crianças que vão à escola juntas e recebem objetos para a contagem objetiva. Em determinado momento, os mais amadurecidos conseguem abstrair e automatizam os mecanismos da soma e da subtração. Uma forma de raciocínio abstrato surgiu através do maior grau de amadurecimento interior. Uns continuarão simplesmente a "contar", outros já poderão movimentar elementos de raciocínio mais variado, abstraindo-se da objetivação, para obter maior expansão da lógica.

Partindo da análise dos fatos, manipulando-os em plena fase de objetivação e contagem, algumas almas chegaram à conclusão de que, somados certos valores existentes no ambiente brasileiro e subtraídos outros tantos, determinadas soluções serão obtidas e o resultado final, como resposta para o problema do progresso coletivo, será a liderança no panorama espiritual e material do planeta.


PERGUNTA — Nossa terra muito querida nos parece ainda tão cheia de deficiências que temos a impressão de estar muito distantes da realização desse sonho grandioso.

RAMATIS — A abençoada terra brasileira é como um oásis acolhedor em pleno deserto escaldante dos sofrimentos humanos. Inúmeras caravanas têm chegado a ele descarregando seus fardos e deixando-se ficar ao abrigo da sede e do sol. Uma atividade febril estabelece-se logo que o viajor se sente reconfortado, procurando localizar o ponto onde se estabelecerá. Porém, por algum tempo ainda, o conjunto carecerá de coordenação, embora todas as peças de uma engrenagem poderosa já façam parte do panorama espiritual e material do Brasil.


PERGUNTA — Temos ouvido comentários sobre o desagrado provocado pelas profecias relacionadas com o futuro da Humanidade, justamente relacionadas com os fatos que evidenciarão a liderança do Brasil no futuro. Que nos dizeis?

Cuiabá Arsenal venceu o Coritiba Crocodiles e sagrou-se campeão brasileiro de futebol americano
(30nov2012)

No dia 24 de novembro, o Cuiabá Arsenal venceu o Coritiba Crocodiles por 31 a 23, jogando no Estádio Eurico Gaspar Dutra (o Dutrinha), em Cuiabá. Com isso, sagrou-se Campeão Brasileiro de Futebol Americano.

Foto: Bruno Antunes

Levando a torcida de mais de 5 mil pessoas ao delírio, o Cuiabá virou um jogo que estava difícil, tendo virado o placar desfavorável no final do último tempo da partida, com jogadas sensacionais. O técnico do Cuiabá, Clayton Levett, afirmou à reportagem do MidiaNews que nunca viu nada parecido em caráter e determinação de uma equipe. "Foi realmente inacreditável", completou ele.

Foto: Bruno Antunes

Com isso, para os críticos ferrenhos da Arena Pantanal (a ESPN Brasil, por exemplo), fica aqui uma dica. Quem sabe o Estádio Pantanal (não me agrada muito esse modismo de Arena - lembra o lugar onde jogavam os cristãos para serem mortos por gladiadores e devorados pelos leões durante o Império Romano) possa ser também o palco para jogos de futebol americano e de rugby. A diversificação é interessante.

Muita gente desconhece, mas existe a Federação de Rugby de Mato Grosso.


Mas voltando à tão questionada utilidade da "Arena Pantanal", muito interessante será se a mesma puder ser utilizada pelas três modalidades de esporte que necessitam de campos do tamanho oficial: o futebol (lembrando que o Luverdense chegou às semifinais do Brasileirão 2012 Série C e, por muito pouco, não ascendeu à série B), o futebol americano (do qual o Cuiabá Arsenal é o campeão brasileiro de 2012) e o rugby (onde se destaca o Cuiabá Rugby Clube e que pode ser prestigiado nos anos vindouros).

Chineses querem assumir
obras da ferrovia até Cuiabá
(30nov2012)


Grupo quer baratear custo do frete da produção; outro trecho que interessa leva ao Pará

Chineses querem assumir as obras da Ferrovia Vicente Vuolo
e trazer os trilhos até a a Capital (Foto: Secom-MT)

Por Laíse Lucatelli, MidiaNews

Um grupo de empresários chineses se reuniu com o governador Silval Barbosa (PMDB), na tarde desta quinta-feira (29), no Palácio Paiaguás, para discutir sobre a possibilidade de tocarem as obras da Ferronorte (Ferrovia Senador Vicente Vuolo) em Mato Grosso.

A empresa ATI (Asian Trade & Investiments) tem interesse em dois trechos da ferrovia: de Rondonópolis (212 km ao Sul da capital) a Cuiabá, e de Cuiabá a Santarém, no Pará.

O traçado ainda será definido, mas deve ser próximo à BR-364/163, para diminuir o impacto ambiental.

O trecho entre Itiquira (357 km ao Sul) e Rondonópolis está em obras e deve ser concluído no começo de 2013. Três terminais da Ferronorte já estão em operação: Alto Taquari (479 km ao sul de Cuiabá), Alto Araguaia (a 414 km) e Itiquira.

No final do ano que vem, deve ser concluído o estudo de viabilidade, que está sendo realizado pelo Governo do Estado e Governo Federal, dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). As obras da ferrovia devem ser licitadas somente em 2014.

“Para garantir a viabilidade de trecho entre Cuiabá e Rondonópolis, precisamos somente de cinco produtos: diesel, milho, soja, insumo para cimento e fertilizantes. E temos até mais produtos que esses para transportar”, disse o vereador Francisco Vuolo (PR), que acompanha de perto a articulação para implantar a ferrovia em Mato Grosso.

O objetivo do grupo chinês, além de lucrar com a ferrovia, é baratear o transporte da produção mato-grossense até a China.

"Esse é um projeto estratégico para o Estado, e que vai trazer grande economia no frete da nossa produção. A China é o grande mercado consumidor da soja produzida em Mato Grosso, e tem interesse em reduzir o preço do produto”, disse o secretário de Logística Intermodal de Transportes, Edmilson dos Santos.

“O trecho entre Cuiabá e Santarém está numa região que é grande produtora de alimentos, e a China tem grande demanda de recursos e commodities agrícolas. Eles têm interesse em criar um caminho mais barato para a soja chegar na China”, disse o representante da ATI no Brasil, Anselmo Leal.

“Hoje, o custo de transporte da soja de Mato Grosso é três vezes maior que a média mundial. Então, os chineses entendem que, desenvolvendo logística, é possível conseguir produtos de qualidade do Mato Grosso a preço acessível”, completou.


Mudanças na concessão

Em agosto deste ano, o Governo Federal lançou um pacote do PAC contemplando ferrovias e criou um novo marco regulatório do setor. Os estudos de viabilidade do trecho Cuiabá-Santarém da Ferronorte foram incluídos nesse pacote.

O superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Noboro Ofugi, afirmou que as novas regras para construção de ferrovias no Brasil tornam o investimento mais atrativo.

“Estamos concluindo o estudo do novo marco regulatório brasileiro para ferrovias. Os próximos trechos da Ferronorte já serão construídos no novo modelo, que será semelhante ao das rodovias privatizadas. A empresa que detiver a concessão cobrará uma espécie de pedágio para que outras empresas usem os trilhos para transportar”, explicou.

Ele disse que o Governo separou o controle da gestão ferroviária, o controle de tráfego e a operação da ferrovia propriamente dita.

O representante da ATI, Anselmo Leal, disse que as novas regras trazem mais segurança com relação à garantia de retorno do investimento.

“Com a nova regulação, teremos mais conforto no quesito demanda. Antes, não tínhamos certeza da demanda, e agora ficar muito mais simples entender como será o negócio de fato”, afirmou.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quando eu falo que o brasileiro arrebenta, ninguém põe muita fé. Vejam o JOHN LENNON DA SILVA!
(29nov2012)

Hoje vi no facebook uma postagem de um amigo compartilhando e recomendando um vídeo. Fiquei curioso pois esse amigo não é lá de postar muito no facebook. Portanto, quando ele aponta, é bom olhar.

Trata-se de um rapaz que participa de um programa que procura talentos, chamado "Se ela dança eu danço", ou algo parecido.

O garoto, de 20 anos, vive em uma comunidade carente e teve, não se sabe por que cargas d'água, uma oportunidade de participar de um desses programas voltados para comunidades carentes.

Quando eu digo que temos gente neste país que explode, no bom sentido, quando um pequeno impulso lhe é dado, esse caso ilustra bem. Esse moço tinha muitas oportunidades de se tornar mais um dos jovens baleados na violência urbana que testemunhamos, que atinge principalmente jovens negros de periferia.

Permitiram que ele subisse um mísero degrau (do nosso ponto de vista, nós que não pertencemos à periferia pobre) e ele saltou para o infinito, trazendo à luz sua capacidade imensa de criar, se expressar e fazer arte.

Simples, despretensioso e, ZÁS!!!, genial!

Vejam o vídeo de sua classificação no programa e, em seguida, o vídeo da final do programa, da qual ele participou. É mais um DA SILVA agregando-se ao civilizadíssimo John Lennon e gerando algo de muito especial, como, tenho certeza, milhares de outros brasileiros podem gerar também, nas mais diversas áreas do saber, do fazer e do saber fazer. Basta que acreditemos neles e, principalmente, que lhes permitam que acreditem neles mesmos.



Felipão começou na seleção já
com uma chuteira na boca
(29nov2012)


Contraf-CUT repudia declaração de Felipão sobre trabalho no Banco do Brasil

Do sítio Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia a declaração do técnico Luis Felipe Scolari sobre o trabalho dos bancários do Banco do Brasil, feita na entrevista coletiva desta quinta-feira 29, no Rio de Janeiro, ao reassumir o posto de treinador da Seleção Brasileira.

Ao afirmar que, "se não tiver pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada", Felipão não apenas desrespeita os trabalhadores bancários, como demonstra total desconhecimento sobre a realidade do trabalho no sistema financeiro nacional.

Cerca de 1.200 bancários são afastados do trabalho mensalmente, por razões de saúde, vítimas do assédio moral e da pressão violenta para que cumpram as metas abusivas de produção e vendas impostas pelas instituições financeiras, inclusive o Banco do Brasil.

Luis Felipe Scolari começou mal como novo técnico da Seleção Brasileira. Esperamos que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos.

Carlos Cordeiro
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)


Eu, Aquiles, convivo com bancários do BB e de outros bancos e sei muito bem o quão desgastante é o seu trabalho cotidiano, pressionados por metas e muitos outros quetais. 

Minha solidariedade aos bancários neste seu repúdio ao Felipão. E eu nem diria, ao modo de Felipão, que se alguém quiser moleza que vá jogar futebol. Eu sei que é o sonho de muitos e o pesadelo da maioria. Talvez um pouco mais de moleza haja para os jogadores que atingiram o estrelato. Os demais, a grande maioria, são pobres sonhadores que nunca terão moleza na vida. Muito menos se acabarem seus dias como bancários. 

Cala a boca, Felipão! Faça companhia ao Galvão!

Capacidade dos aeroportos brasileiros aumenta em mais de 13 milhões de passageiros por ano
(29nov2012)


Do sítio Agência T1

PAC 2 concluiu 16 obras em 10 aeroportos

Foto: Reprodução

A capacidade dos aeroportos brasileiros aumentou em mais de 13 milhões de passageiros por ano devido às ações da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que concluiu 16 obras em 10 aeroportos. Estão em andamento 22 empreendimentos, como a terraplenagem para construção de outro Terminal de Passageiros (TPS – 3) no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Além do PAC 2, o Plano de Investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa) investirá R$ 308 milhões no reaparelhamento, reforma e a expansão da infraestrutura aeroportuária de interesse estadual e regional.

A previsão da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é que os convênios com os governos estaduais sejam firmados até o final do ano. As obras em 22 aeródromos de 13 estados incluem a reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios e a revitalização de sinalizações e de pavimentos.

O Profaa prevê também a compra de 48 carros contra incêndio, até o fim de 2013, que serão destinados a aeroportos em 15 estados, o que permite operação de aviões de maior porte para atender ao crescimento da demanda. O investimento total nesta ação será de R$ 78 milhões, sendo R$ 72 milhões de parcela da União e o restante de contrapartida dos estados.


Programa

De acordo com o quinto balanço do PAC 2 , divulgado no último dia 19, estão em obras os terminais de passageiros de Confins, Cuiabá, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Manaus e Galeão. E também a construção de novos terminais de carga e ampliação e reformas de pistas e pátios, como no Galeão, Salvador e Macapá.

Além disso, as concessões dos aeroportos de Guarulhos e Campinas, em São Paulo, do aeroporto de Brasília e de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, vão gerar investimentos de mais de R$ 16 bilhões.


Tarifa aérea média doméstica cai mais de 36% em 10 anos

A Tarifa Aérea Média Doméstica no primeiro semestre de 2012 foi de R$ 272,64, valor 36,2% menor em relação ao mesmo período de 2002 – quando a tarifa ficou em R$ 427,16. As tarifas aéreas domésticas de passageiros encontram-se, desde agosto de 2001, sob o regime de liberdade tarifária. As empresas aéreas podem definir seus preços e apenas registram o valor na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A tarifa do primeiro semestre de 2012 teve redução de 1,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor referente ao segundo trimestre de 2012, registrado em R$ 258,59, teve redução de 6,2% se comparado ao mesmo período do ano passado – quando o indicador ficou em R$ 275,77.


Fonte: Presidência da República / SECOM

A perseguição à Juíza Márcia Cunha
que ousou enfrentar Daniel Dantas
(29nov2012)


Dantas, Amorim e a perseguição a uma Juíza

Uma história sórdida que mostra como o Dono do Brasil age na Academia

Do sítio Conversa Afiada

Esta semana, Maurício Dias, na imperdível seção “Rosa dos Ventos”, da Carta Capital descreveu a nova tabelinha do Gurgel: depois da Gurgel-Demóstenes, agora, a Gurgel-Sarney.

Viva (a Justiça d)o Brasil!

Dias publicou também outra preciosa informação, de resto ignorada pelo PiG (*), como ignora os pronunciamentos do Senador Fernando Collor, que acaba de pedir a inclusão de Gurgel e Robert(o) Civita entre os indiciados da CPI.

Disse o Maurício:
Da Rosa dos Ventos:
Trajetórias 
Discretamente, foi anunciada a condenação do desembargador aposentado Carpena de  Amorim a dois anos e meio de prisão, por crime contra o sistema financeiro. Carpena foi um homem poderoso do Tribunal de Justiça do Rio no início deste século 21. Bajulado e  homenageado, e agora se vê, terminou envolvido por advogados famosos e, hoje, milionários.
Quando corregedor, ele abriu processo disciplinar contra a juíza Márcia Cunha, em 2005, que teve a conduta contestada após dar liminar que permitiu à Previ, e outros fundos de pensão,  retirar do Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, o controle da Brasil Telecom.

Navalha:

Por que, amigo navegante, o PiG (*) ignorou a condenação do desembargador Carpena?

Trata-se de uma história sórdida, dessas que o PiG (*) encobre.

Uma história de corrupção e de perseguição a uma Juíza honesta.

E que envolve o Dono do Brasil, Daniel Dantas, aquele que, segundo vídeo do jornal nacional, tentou subornar um agente federal.

O Dono do Brasil persegue jornalistas com sucessivas ações judiciais, como se fosse possível calá-los pelo bolso.

É assim que se conta um capítulo infame da Justiça (?) do Rio:

Quando a juíza Márcia Cunha foi transferida, em 2004, para a 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, ela se deparou com alguns processos que envolviam o Banco Opportunity, de Daniel Dantas.

Antes mesmo que a Dra. Márcia Cunha pudesse examinar os processos que teria de julgar, o marido dela, um procurador aposentado, e que havia passado a advogar há pouco tempo, recebeu uma proposta muito vantajosa para ser advogado do Opportunity de Dantas.

A proposta teria partido de um conhecido lobbista do Rio, Eduardo Raschkovsky.

Dra. Márcia disse ao marido que não aceitasse, já que ela tinha sob sua responsabilidade demandas do Opportunity.

Eduardo Raschkovsky teria alegado que não havia conflito de interesse, uma vez que as ações do Opportunity que tramitavam na 2ª Vara Empresarial do Rio eram insignificantes.

Mesmo assim o marido da juíza Márcia Cunha não aceitou o trabalho.

Logo depois, a juíza Márcia descobriu que estava sob sua responsabilidade decidir uma das disputas judiciais mais importantes da História do Capitalismo Brasileiro.

O Citibank e os Fundos de Pensão das Estatais contestavam ali a validade de famoso “contrato guarda-chuva”, que dava ao Opportunity controle sobre a Brasil Telecom – na qual era sócio do Citi e dos Fundo – mesmo sendo o Opportunity sócio minoritário.

Dantas era minoritário e tinha assinado, no Governo Fernando Henrique, um contrato em que ele mandava, mesmo que os Fundos das Estatais, reunidos, fossem majoritários.

Já no Governo Lula, a ação contestava o direito de Dantas mandar na empresa.

E o contrato “umbrella” era o único instrumento “legal” que o autorizava a mandar sem controlar.

Basicamente, era um acordo em que as partes concordavam em abrir mão de seu direito a voto, mesmo se destituíssem o gestor, o Opportunity.

Um contrato que o Opportunity assinou consigo mesmo, já que era o gestor da empresa, em nome dos sócios.

A juíza Márcia Cunha concedeu liminar ao Citi e aos Fundos, porque considerou ilegal o “contrato guarda-chuva”, em que Dantas assinava compromisso com ele mesmo.

E concedeu a liminar ao Citi e aos Fundos para destituir Dantas da gestão da Brasil Telecom.

Segundo ela, foi aí que seus problemas começaram.

Leia, com pequenas alterações para facilitar a leitura, o depoimento gravado da Juíza Márcia Cunha à jornalista Geórgia Pinheiro, diretora executiva do Conversa Afiada em 03/04/2009
- Bom, a partir daquele momento eu tinha uma vida tranquila e passei a ter uma vida muito tumultuada… Eu comecei a sofrer uma série de processos judiciais. O grupo Opportunity levantou a minha ficha em razão de a minha filha ter sido estagiaria no escritório que foi patrocinador de uma das partes. E várias empresas deles, porque eram parte, várias empresas do grupo Opportunity, então, cada uma delas ajuizou uma ação de suspeição contra mim. Então, eu não sei direito, mas respondi a mais de uma dezena de processos de suspeição [...]
Eu estava sofrendo uma série de processos, eram não sei quantas iniciais de suspeição … e uma ação criminal de calúnia. O mais difícil deles foi um processo administrativo para que eu fosse punida sob a acusação de ter agido errado. Porque eu não deveria ter funcionado naquele processo em função da minha filha e eu funcionei.
E também porque aquela decisão não seria minha, eu teria assinado de forma falsa, assumindo a autoria de uma decisão que não seria minha […]
(Um grupo de Dantas e assemelhados, entre eles um notório publicitário, procurou um membro da Academia Brasileira de Letras para fazer “uma análise de texto” e provar que o estilo da decisão da Juíza Marcia não se coadunava com estilo dela em outros textos. Expediente que deu com os burros n’água, mas ilustra como opera o Dono do Brasil … – PHA)
O processo administrativo, bom, esse processo administrativo eu não dei grande importância a ele, porque achei que era uma bobagem. Eu estava segura de que havia agido corretamente, e mesmo que eu não tivesse agido corretamente, foi uma decisão jurídica minha, e um juiz jamais pode ser punido por ter tomado uma decisão jurídica [...] Mas, conforme as coisas começaram a andar em torno do processo , eu comecei a ficar muito preocupada…
O ápice foi o momento em que eu, em um determinado dia, cheguei no Tribunal e fui procurada por um colega que me disse que eu havia sido julgada por força desse processo e que teriam decidido pelo meu afastamento. Eu falei: “mas, como que eu fui julgada ? Eu não fui intimada de que havia um julgamento, não tava em fase de julgamento, meu advogado não me disse nada”.
Isso é um engano, falei pra ele, um boato – porque corriam nessa época os mais absurdos boatos, né? É mais um boato e mais outro, e há meses eles atormentavam a minha vida. Aí, ele falou assim, olha eu acho melhor você ir lá no Conselho, porque se for boato, o boato tá forte. Eu falei, tá bom, e fui lá. Chego na secretaria do Conselho, que é o órgão que estava me julgando, e quase caí dura. Eu quase desmaiei, quando vi que eu efetivamente tinha sido julgada. Tinha havido uma sessão para me julgar é … em que eu não fui intimada, meu advogado não tinha sido intimado. Cinco dias antes, seis dias antes deu saber, numa sessão aonde o relator desse processo no Conselho da Magistratura realmente quis meu afastamento do processo.
Na época o corregedor do Tribunal era o desembargador Manoel Carpena Amorim.

Em 2009, os repórteres Chico Otávio e Cássio Bruno, do Globo, revelaram que o desembargador tinha ligações com o lobbista Eduardo Raschkovsky.

De 2003 a 2004, Raschkovsky foi sócio de Marlene de Souza Carpena Amorim, mulher do então Corregedor, e de pelo menos dois doleiros – o suíço Norbert Muller e sua mulher, Christine Puschmann -, na empresa imobiliária Ocean Coast.

Segundo o relatório entregue ao Ministério Público Federal, Carpena Amorim teria depositado 500 mil dólares em duas contas na Suíça e em Liechtenstein, através de duas off-shores montadas com a ajuda do casal de doleiros.

Certo dia, ao voltar da padaria para casa, na companhia do filho, um homem se aproximou deles, mostrou uma arma na cintura e disse: “você e seu filho já eram”.

A juíza Márcia Cunha foi foi absolvida duas vezes, pelo Conselho Nacional da Magistratura, em 2008.

Clique aqui para ler “Os juízes que absolvem Dantas no Rio”.

Em tempo: sobre o que o Globo publicou desta sordidez, de acordo com o Vermelho e o blog do Nassif:

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/11/29/desembargador-acusado-de-lavagem-de-dinheiro-245472.as

De O Globo (para assinantes):

Carpena Amorim, ex-corregedor de Justiça do Rio, depositou US$ 500 mil em paraísos fiscais, segundo a PF
Chico Otavio e Cássio Bruno
A Polícia Federal acaba de concluir inquérito que envolve o desembargador aposentado Manoel Carpena Amorim, excorregedorgeral do Tribunal de Justiça do Rio, com um esquema internacional de lavagem de dinheiro. Documentos apreendidos na casa de um casal de doleiros revelaram que o magistrado criou duas empresas offshore em paraísos fiscais para camuflar depósitos estimados em US$ 500 mil em contas de bancos da Suíça e do Principado de Liechtenstein.
Como corregedor-geral, Carpena Amorim foi responsável pela abertura de processo disciplinar contra a juíza Márcia Cunha, da 2aVara Empresarial, em 2005. A magistrada teve a conduta questionada após dar decisão liminar que permitiu à Previ e outros fundos de pensão retirar das mãos do grupo Opportunity o controle da Brasil Telecom.
Márcia, no mesmo ano, denunciou o lobista Eduardo Raschkovsky por tentativa de corrupção em nome do Opportunity (Eduardo e o grupo negaram).
Há uma ligação entre o lobista e o corregedor. De 2003 a 2004, Raschkovsky foi sócio de Marlene de Souza Carpena Amorim, mulher do então corregedor, e de pelo menos dois doleiros, na empresa imobiliária Ocean Coast.
Doleiros tinham central bancária paralela Naquela ocasião, a PF começou a investigar o suíço Norbert Muller e sua mulher, Christine Puschmann. Na Operação Norbert, agentes apreenderam na casa dos doleiros farto material comprovando que o casal havia montado uma espécie de central bancária paralela.
O ingresso de Carpena Amorim nas investigações foi provocado pela documentação vinculada ao seu nome. Segundo a PF, Norbert e Christine ajudaram o desembargador a criar duas empresas offshore (uma delas chamada Arichi) no Panamá e no Principado de Liechtenstein, com o objetivo de esconder o nome de Carpena como verdadeiro dono de contas nos bancos LGT Bank, em Vaduz (Liechtenstein), e UBS Bank, na Suíça.
De acordo com o relatório, os depósitos somam US$ 500 mil.
No relatório final, encaminhado ao Ministério Público Federal, a PF acusa o desembargador, aposentado desde 2006, de lavagem de dinheiro e manutenção de depósitos não declarados no exterior. Caberá aos procuradores da República responsáveis pelo caso oferecer a denúncia, pedir diligências complementares ou requerer à Justiça o arquivamento do caso.
Em 2005, para justificar a abertura do processo disciplinar contra Márcia Cunha, Carpena alegou que a filha da juíza havia estagiado (antes da decisão de Márcia sobre o caso) no escritório que advogava para a Previ. O empenho do corregedor em afastar a juíza do caso — ela acabaria se declarando impedida de continuar — foi tema recorrente de conversas nos corredores do Tribunal de Justiça do Rio na época.
Márcia, antes de se afastar, denunciou que Raschkovsky oferecera uma quantia elevada para o seu marido virar consultor do grupo Opportunity. Ela disse que o lobista era conhecido por “lustrar os sapatos nos tapetes vermelhos” do Tribunal.
Agenda de computador entregue pela auditoria contratada pelos novos gestores da Brasil Telecom registrou 16 reuniões de Raschkovsky com Humberto Braz, na época presidente da Brasil Telecom indicado pelo Opportunity, entre fevereiro e outubro de 2004
Em tempo2: este post é uma singela homenagem a Daniel Dantas que move dezenas de ações contra o ansioso blogueiro, outros blogueiros, Rubens Glasberg e a Carta Capital.

Viva o Brasil !

Em tempo3: a recente História da Magistratura brasileira registra apenas uma perseguição que se compare à que Carpena Amorim submeteu a Juíza Marcia Cunha: a que o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo infligiu ao destemido Juiz Fausto De Sanctis.

Viva (a Justiça d)o Brasil!

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O relatório Cunha e a falta de estadistas na República
(28nov2012)


Por Luis Nassif

É sintomático o recuo do deputado Odair Cunha e do presidente do PT, Rui Falcão, em relação ao indiciamento de jornalistas claramente acumpliciados com o crime organizado.

O PT tornou-se um partido invertebrado. No Congresso, a bancada inteira pesa menos que um Álvaro Dias. E invertebradas são as instituições brasileiras.  Instituições têm a Inglaterra, capazes de julgar os abusos de Rupert Murdoch sem receio de que seus magistrados sejam atingidos por ataques pessoais ou que se coloque em dúvida o compromisso das instituições com a democracia.

O próprio relatório inicial de Odair Cunha deixava claro que, ao propor o indiciamento do diretor da Veja em Brasília, Policarpo Jr., não se cogitava em brigas políticas ou em atentados à liberdade de imprensa, mas em combater especificamente alianças de veículos e jornalistas com o crime organizado. Era uma maneira de depurar a mídia e trazer a discussão dos limites da imprensa para uma arena republicana: o Judiciário, e não nas bobagens de um conselho de jornalismo, como se cogitou anos atrás.

Nem isso se consegue.

No Brasil, graças à covardia generalizada das instituições – Judiciário, Executivo,  Legislativo e partidos –, a resistência contra essa aliança mídia-crime é individual, sujeitando os resistentes a ataques pessoais devastadores, porque sem limites judiciais.

Na série “O caso de Veja” (https://sites.google.com/site/luisnassif02/) relato com pormenores algumas dessas jogadas. Mostro o massacre sobre a juíza Márcia Cunha, que concedeu liminar contra Daniel Dantas; a armação contra o desembargador que confirmou a liminar; os ataques aos jornalistas que ousaram denunciar a trama. Mostro a parceria da revista com os esquemas de Dantas e Cachoeira. Em vão!

Essa abertura para as parcerias criminosas surgiu da falta de limites aos exageros da mídia. O que, no início, era apenas mau jornalismo, em alguns veículos tornou-se peças de estratégias comerciais ou criminosas, como ocorreu na parceria Veja-Cachoeira ou Veja-Dantas.

É um processo que, hoje em dia, não poupa ninguém, de presidentes de Tribunais a procuradores, de políticos a administradores. Quem quiser comprar proteção, faça como Ayres Britto. Quem se insurgir contra esse poder devastador, sofra as consequências, como Márcia Cunha.

Quando o indescritível Ministro Luiz Fux diz que o Judiciário não teme ninguém, digo, ele mente: teme o poder dos ataques individualizados da mídia. Teme sim, da mesma maneira que Odair Cunha, Rui Falcão, Ayres Britto e outros.

Só se melhorará a mídia com limites institucionais definidas pelo Judiciário ou pelo Legislativo, não pelo voluntarismo de pessoas que terminarão destruídas pelo poder avassalador da prática da difamação em larga escala.

Mas há falta generalizada de estadistas em todos os poderes da República.

A herança espiritual brasileira
(28nov2012)


Aqui segue mais um capítulo do livro "Brasil, Terra de Promissão", publicado em 1969, ditado pelo espírito de Ramatis e psicografado por América Paoliello Marques.

As postagens anteriores, na ordem sequencial do livro, com títulos propostos por mim, foram:
O Brasil sob um ponto de vista espiritualista (ver AQUI)
As funções das etnias constituintes do povo brasileiro (ver AQUI)
Breve análise da história do Brasil do ponto de vista da espiritualidade (ver AQUI)
O papel da coletividade brasileira ante a derrocada dos valores materiais da Terra (ver AQUI)
Amálgama e constituição de um novo patriotismo no Brasil (ver AQUI)
A laboriosa formação do povo brasileiro como humilde mensageiro sobre a Nova Era (ver AQUI)
O Brasil é uma nação que foi preparada para as mudanças que virão (ver AQUI)

Parte II – Realização


1 – Herança espiritual



PERGUNTA — Inicialmente, gostaríamos de saber a que altura do desenvolvimento histórico do Brasil poderíamos considerar iniciada a fase de "realização", a que a segunda parte desta obra se refere.

RAMATIS — Se desejarmos aprofundar nossas pesquisas, veremos que tudo começou a ser realizado naquele momento grandioso que a Bíblia refere: "no início era o Verbo" cujo poder, ultrapassando o entendimento humano, aciona forças imponderáveis na preparação do cenário por onde se desfiará o longo rosário das gerações sucessivas. Dessa forma deu-se a partida para o desfile de vivências, que se processariam através dos milênios, numa realização contínua que, sob o ponto de vista espiritual, pode ser considerado um "moto-perpétuo".


PERGUNTA — Nesse imenso desfile de acontecimentos, porém, como poderemos situar os fatos que serão analisados por nós?

RAMATIS  — O momento histórico que desejamos focalizar funciona como um núcleo de situações cujas origens e consequências podem ser visualizadas como raízes ou tentáculos a se estenderem em todas as direções. Seria como uma célula gigantesca formada pelo patrimônio histórico do Brasil, cujo núcleo representado por um determinado momento a ser estudado lançaria em torno de si longas ramificações. Haveria algumas ligadas à própria formação geológica do planeta, outras às migrações espirituais realizadas através dos séculos, inclusive entre os planetas, às catástrofes que abalaram as civilizações, aos planos da Espiritualidade em relação ao futuro, enfim uma série interminável de ligações inevitáveis entre um fato qualquer e todos os elementos que contribuíram para que ele surgisse.


PERGUNTA — Já que fatores tão diversos influíram na preparação dos eventos que serão analisados, seria talvez interessante comentar os de maior importância, não é verdade?

RAMATIS — Os elementos de maior importância podem ser enumerados como em duas linhas paralelas. Os que se relacionam com a programação geral da evolução humana (determinismo) e os que dizem respeito aos fatos nos quais o homem influiu de maneira decisiva (livre-arbítrio). Entre os primeiros encontram-se a formação geológica do planeta, que no caso inclui a situação geográfica do país, os cataclismos causadores de migrações e transformações geográficas, as migrações espirituais entre os diversos países e até mesmo entre a Terra e outros astros e, finalmente, a programação particular relacionada com a missão da coletividade em estudo.

Paralelamente, são considerados elementos de importância os eventos históricos, nos quais o homem funcionou como instrumento consciente do encadeamento de fatos que, semelhantes a uma cadeia de elos interligados, foram plasmando situações básicas para os acontecimentos futuros. Entre estes citaremos, como elementos negativos, a escravização do homem pelo homem como fruto do orgulho e da vaidade e a sensualidade grosseira que afunda as civilizações na animalidade ociosa. Entretanto, através de todos esses obstáculos, filtrou-se a energia positiva da centelha divina do espírito humano, permitindo realizações positivas como o surgimento do monoteísmo, do Cristianismo, da Revolução Francesa, dos grandes descobrimentos, das grandes realizações científicas e do aperfeiçoamento intelectual do homem.


PERGUNTA — Como entender que as raízes ou tentáculos que se irradiam do núcleo de acontecimentos históricos a serem estudados representem, ao mesmo tempo, origens e consequências?

RAMATIS — Toda célula possui um sistema de trocas característico dos seres vivos. Simbolizamos nas "raízes" os condutos responsáveis pela introdução dos elementos formadores das características próprias do momento histórico a analisar e nos "tentáculos" os recursos de expansão dessa vitalidade acumulada para cumprimento de sua missão junto ao meio ambiente.


PERGUNTA — Poderíamos receber maiores esclarecimentos?

RAMATIS — Pelos canais endógenos, que denominamos antes "raízes", circula a força interior da célula absorvida das experiências multimilenares, constituídas por fatores os mais diversos. Esses fatores são como elementos componentes adicionados ao plasma para formar a corrente sanguínea sustentadora da vida.

Com o desenvolvimento surgem os canais exógenos capazes de conduzir adequadamente o produto da nova célula, distribuindo-o para o cumprimento das missões que lhe estiverem reservadas.

Analisando os elementos formadores da força vital circulante nos canais endógenos, encontramos aqueles pontos característicos de uma herança múltipla, desde os primórdios da formação do planeta, acumulada em seus pontos mais representativos.

Numa experiência como a que se processa no ambiente brasileiro encontram-se, como num cadinho, pequenas ou grandes amostras de todos os fatores decisivos na formação da espécie humana como ser psíquico. Desde o elemento supercivilizado exilado de Capela até o rudimentar originário do planeta e todas as variações decorrentes dos experimentos causados pelas necessidades evolutivas do que se convencionou chamar a humanidade terrena.

Timidamente, à proporção que sua força interior permite, a célula do simbolismo que adotamos desenvolve seus canais exógenos e os valores produzidos em seu interior começam a regurgitar nesses canais, prenunciando distribuição de sua força vital concentrada.

E cumprindo de certa forma a afirmação de que os últimos serão os primeiros, surgirá o momento em que o Brasil, estuante de força regeneradora, estenderá seus tentáculos benfeitores para insuflar vitalidade nova em todas as direções.


PERGUNTA — Poderão essas afirmações ser incluídas no rol das profecias?

RAMATIS — A profecia em última análise é o resultado do bom-senso daqueles que, analisando com maior largueza de ideias, conseguiram estender a visão psíquica além do que a maioria seria capaz. Os espíritos encarnados ou desencarnados que foram capazes de profetizar eram seres dotados de uma aptidão incomum para pressentir o comum num âmbito maior de percepção.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Ser rico no Brasil perdeu todo o glamour,
segundo a socialite Danuza Leão
(27nov2012)


Danuza Leão expressa elite tacanha

Por Altamiro Borges

Em artigo publicado na Folha de domingo (25), Danuza Leão, a “socialite” metida a besta, voltou a causar celeuma. Ela afirmou que ser rico no Brasil perdeu todo o glamour. “Ir para Nova York ver os musicais da Broadway já teve sua graça, mas, por R$ 50 mensais, o porteiro do prédio também por ir, então qual é a graça. Enfrentar 12 horas de avião para chegar a Paris, entrar nas perfumarias que dão 40% de desconto, com vendedoras falando português e onde você só encontra brasileiros – não é melhor ficar por aqui mesmo?”, escreveu.

Para ela, “se todo mundo fosse rico, a vida seria um tédio”. Neste sentido, ela defende que só uma minúscula elite goze das riquezas e belezas do mundo. “Se todos têm acesso a esses prazeres, eles passam a não ter mais graça... Não importa estar no lugar mais bonito do mundo; o que interessa é saber que só poucos, como você, podem desfrutar do mesmo encantamento”. O artigo, típico lapso de sinceridade, foi encarado por alguns como mais uma provocação da “socialite” em busca dos holofotes da mídia. Mas não é bem assim!


Ricaços estão incomodados

De há muito que os textos de Danuza Leão refletem o pensamento das elites mais tacanhas e reacionárias do Brasil. Não é para menos que ela virou um ícone de muitos leitores da mídia “privada” que detestam as políticas sociais implantadas pelos governos Lula e Dilma. Ela se tornou uma referência das castas racistas e preconceituosas, num símbolo da oposição de direita ao “populismo lulopetista” – conforme a definição de outras “calunistas” da mídia. Neste sentido, ela procura ser fiel ao seu leitor cativo e tacanho!

Recentemente, o instituto Data Popular divulgou o resultado de uma pesquisa que comprova que “os consumidores das classes A e B se mostram incomodados com algumas consequências da ascensão econômica da Classe C, que passou a comprar produtos e serviços aos quais apenas a elite tinha acesso”, conforme registrou o portal IG em setembro último. Foram ouvidas 15 mil pessoas das “classes mais favorecidas, em todo o Brasil” e os dados são impressionantes:
- 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide acham que os produtos deveriam ter versões para rico e para pobre;
- 48,4% afirmam que a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população;
- 49,7% preferem ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social;
- 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares;
- 26% dizem que um metrô traria "gente indesejada" para a região onde mora.
Para Renato Meirelles, diretor do instituto Data Popular, a pesquisa revela o grau de preconceito existente no Brasil. “Durante anos, a elite comprava e vivia num 'mundinho' só dela. Nos últimos anos, a classe C 'invadiu' shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso. Como é uma coisa nova, a classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso. Parte da elite se incomoda, sim”. A “socialite” Danuza Leão, com seus textos provocadores, expressa exatamente a visão desta elite tacanha e raivosa.

Grupo chileno lança empreendimento
com praia artificial em Cuiabá
(27nov2012)


Terreno terá 12 mil metros quadrados de praia

Empreendimento terá quatro torres com 400 apartamentos

Do sítio MidiaNews

Um resort urbano com 400 apartamentos, uma lagoa com 20 mil metros quadrados de lâmina d’água e 12 mil metros quadrados de praia artificial. Será lançada nesta terça-feira (27), em Cuiabá, a primeira etapa do Brasil Beach Cuiabá Home Resort. A área total do terreno é de 360 mil metros quadrados.

A capital mato-grossense será a primeira cidade brasileira a receber o resort urbano. O condomínio residencial será construído no km 04 da rodovia Helder Cândia e terá duas torres de apartamentos que terão entre 88 metros quadrados e 155 metros quadrados. Os apartamentos duplex terão de 190 metros quadrados a 262 metros quadrados.

No total, 823 vagas de estacionamento estarão disponíveis na entrega da primeira etapa. No condomínio, haverá espaço de lazer com quadras de esporte, playground, campos de futebol e lanchonetes. Também será possível praticar esportes náuticos na praia artificial.

O Brasil Beach Cuiabá é um empreendimento do grupo chileno BC Genera, que tem a licença para trabalhar com a tecnologia Crystal Lagoons, capaz de armazenar em uma lagoa cristalina grande quantidade de água com baixo custo de manutenção.

“Para o grupo é um orgulho fazer a primeira lagoa artificial no estado de Mato Grosso, especialmente em Cuiabá”, afirma o diretor do Grupo, Rene Pavez. A cidade foi escolhida por conta a localização e pelo crescimento econômico do Estado nos últimos anos.

O projeto arquitetônico do condomínio foi feito pelo escritório Rother Spinelli Arquitetos Associados.

O Brasil é uma nação que foi
preparada para as mudanças que virão
(27nov2012)


Continuação da postagem do livro "Brasil, Terra de Promissão", publicado em 1969, ditado pelo espírito de Ramatis e psicografado por América Paoliello Marques.

As postagens anteriores, na ordem em que aparecem no livro, mas com títulos elaborados por mim, foram:
O Brasil sob um ponto de vista espiritualista (ver AQUI)
As funções das etnias constituintes do povo brasileiro (ver AQUI)
Breve análise da história do Brasil do ponto de vista da espiritualidade (ver AQUI)
O papel da coletividade brasileira ante a derrocada dos valores materiais da Terra (ver AQUI)
Amálgama e constituição de um novo patriotismo no Brasil (ver AQUI)
A laboriosa formação do povo brasileiro como humilde mensageiro sobre a Nova Era (ver AQUI)

I - Preparação psicológica


6 – Amálgama espiritual



PERGUNTA — Finalizando a primeira parte desta Obra, que se refere à preparação psicológica do povo brasileiro para a sua missão, como poderemos apreciar melhor os conceitos que desejais transmitir sob o título de "Amálgama espiritual"?

RAMATIS — Tornar-se-á simples a nossa troca de impressões se bem definirmos primeiro o que seja um amálgama. Consiste numa liga de mercúrio com outro metal e tem utilidades diversas.

Não apresenta aspecto atraente, nem desperta a cobiça dos menos avisados. Trabalha para exercer funções obscuras como a de permanecer na parte oculta da face do espelho, garantindo a reflexão da imagem no lado julgado "útil". Representa a associação em seu valor de conjunto, a capacidade de "ligar-se" para melhor servir. Faz o panegírico do serviço obscuro, quando é associado ao minério triturado da prata para depois entregá-la pura a quem desejar. É, enfim, um símbolo do trabalho associativo e modesto, capaz de ser útil sem sobressair.

O mercúrio, sobre cujas virtudes repousam as possibilidades do amálgama, é o único metal líquido à temperatura normal. Transferindo para o plano das nossas considerações os aspectos analisados, encontraremos no ambiente espiritual brasileiro uma vibração associativa, cujas características recordam os méritos apreciáveis do benfazejo amálgama. Pode-se dizer que é o único povo cuja aura encontra-se aberta às vibrações de uma sintonia fraterna irrestrita, qualificando-se como uma coletividade tão estranha entre as outras, como o mercúrio entre os metais.


PERGUNTA — Como poderíamos compreender melhor essa característica e suas consequências?

RAMATIS — Acompanhando o desenvolvimento psicológico do povo brasileiro, compreendemos o processo pelo qual funciona essa capacidade que age à semelhança do processo utilizado para retirar a prata do minério-bruto triturado, com o auxílio do mercúrio. Às terras brasileiras vêm os mais preciosos valores, envoltos, no entanto, pelos detritos de milenar incompreensão humana; lançados na engrenagem da vida brasileira sentem-se triturados por uma força poderosa e avassaladora inexistente nos ambientes de origem. É a fase ciclópica do esmagamento dos valores individuais no mecanismo grandioso de um povo em formação. Os estrangeiros, oriundos de nações seculares em suas instituições, sofrem enorme necessidade de reajustamento psicológico ao ingressarem no panorama nacional brasileiro.

Porém, após o trituramento da adaptação ao mecanismo do colosso, parece que os padrões de avaliação trazidos ressurgem sob novo aspecto e a alma liga-se a uma interpretação estranha, desconhecida até então. É o período de ajustamento dos valores importados, quando já não pertencem integralmente a sua origem, mas, também, não se sentem à vontade no ambiente novo.

Parece que a prata preciosa desses valores importados encontra-se degradada.


PERGUNTA — Como identificar melhor essa fase?

RAMATIS — Para vós será simples fazê-lo, pois encontrai-vos em plena expansão do período de amálgama espiritual, no qual todas as concepções de progresso adquiridas parecem dissolvidas, submersas, obscurecidas, provocando um geral pessimismo em relação ao futuro.


PERGUNTA — Haverá transição próxima ou remota?

Haddad vai afrouxar as regras da inspeção veicular
(27nov2012)


Do sítio Agência T1

Foto: Joel Silva/Folhapress/26.jul.12

Fernando Haddad (PT) não vai apenas acabar com a taxa cobrada pelo serviço de inspeção veicular. O prefeito eleito de São Paulo pretende afrouxar o programa e reduzir o número de inspeções.

As linhas gerais das mudanças já estão definidas. Carros novos não precisarão fazer a inspeção. A ideia é que eles fiquem isentos durante o período da garantia de fábrica, ou próximo a ele. Depois disso, a inspeção seria feita a cada dois anos.

Nesse período, o motorista que for pego em blitz com veículo irregular não seria multado imediatamente, como acontece hoje. Ele teria um prazo para se regularizar e só receberia a autuação caso não cumprisse o prazo.

Haddad falou sobre o assunto ao programa “É Notícia”, da Rede TV!, que foi ar ao na madrugada de ontem. “Inspeção, no mundo todo, não é todo ano. Pode ser a cada dois anos. E carros novos têm de sair de fábrica regulados. Com menos inspeções, o poder público tem condições de subsidiar.”

A Controlar, concessionária do serviço, deve arrecadar neste ano cerca de R$ 150 milhões com a taxa. Com o fim da taxa paga pelos motoristas, a prefeitura terá de assumir o custo. Havendo menos inspeções, o subsídio oficial cairá.


Questão Jurídica

Embora as mudanças estejam decididas, Haddad ainda não sabe quando o novo sistema será implantado. O futuro secretário de Negócios Jurídicos, Luís Fernando Massonetto, já analisa questões jurídicas e o contrato com a Controlar.

A empresa pode contestar a queda das inspeções para menos da metade das 3 milhões feitas anualmente. Massonetto estuda quais garantias contratuais a empresa tem e se o contrato –contestado na Justiça pelo Ministério Público– é válido, se pode ser alterado por iniciativa da prefeitura e até mesmo se ele pode ser rompido. A equipe de Haddad estuda se é possível mudar o sistema já em 2013.

Em janeiro começa o prazo para os donos de carros de placas de final 1 agendarem a inspeção. Caso as mudanças não entrem em vigor até janeiro, mas sejam implantadas depois, a equipe avaliará como resolver a questão de quem já tiver pago a taxa.

Fonte: Folha de S. Paulo, por Evandro Spinelli

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Em discurso no Senado, Collor reafirma acusações a Gurgel por prevaricação e propõe indiciamento de Roberto Civita e da cúpula "daquela revista"
(26nov2012)


Em minha casa, quando eu era jovem, havia o hábito de não se mencionar o nome de coisas muito ruins. O câncer era tratado por "aquela doença". Assim, em memória dos velhos tempos, opto por não mencionar o nome daquela revista do Grupo Abril, referindo-me a ela como "aquela revista", que a meu ver é tão ruim ou muito pior do que o câncer. Até jé entendo melhor o porquê de não se pronunciar determinados nomes. 

Discurso do Senador Fernando Collor reproduzido do sítio Conversa Afiada

Senado Federal

Secretaria-Geral da Mesa

Secretaria de Taquigrafia

O SR. FERNANDO COLLOR (Bloco/PTB – AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, Srªs e Srs Senadores, em pronunciamentos desta tribuna, tenho abordado a constatação de que o País passa por um pernicioso e autêntico processo de esfacelamento de seus poderes e de suas instituições.

Os motivos são diversos, sejam eles de natureza de natureza constitucional, política ou administrativa. Porém, independentemente dos aspectos teóricos e conceituais que envolvam o tema e justifiquem este cenário, o fato é que, na prática funcional, os exemplos se multiplicam.

O mais recente episódio que comprova o que tenho dito atinge diretamente o poder Legislativo, por meio de uma inoportuna, infeliz e controversa declaração do Procurador-Geral da República, Sr. Roberto Gurgel Santos, já conhecido, aceito e tido como o prevaricador geral da República!

Trata-se, Sr. Presidente, da cínica e ousada manifestação do Sr. Roberto Gurgel Santos em qualificar não só a aprovação da PEC nº 37, de 2011, por uma comissão da Câmara dos Deputados, como uma ação orquestrada do Congresso, mas, principalmente, as conclusões do Relator da CPMI, que pede o seu indiciamento, dizendo ele, o Sr. Procurador, que isso se trata de uma retaliação ao papel desempenhado pelo Ministério Público Federal, no curso da ação penal ainda sob julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Esquece o Procurador-Geral da República, Sr. Presidente, que o Congresso Nacional representa um poder da União e, como tal, age, política e institucionalmente, por meio de seus integrantes, suas comissões e seus Partidos em defesa das prerrogativas constitucionais que lhes são garantidas, inclusive, para evitar abusos de outros poderes e de órgãos diversos, ainda que estes não constituam um poder, nos termos da Constituição Federal.

Confunde o Sr. Roberto Gurgel Santos duas situações distintas. Ele confunde duas situações absolutamente distintas das quais ele é incapaz de fazer uma correta separação: uma é a sua prevaricação – comprovada prevaricação –, seus crimes e improbidades cometidos que se restringem à esfera individual, pessoal e funcional pelo cargo que exerce e pelas atitudes por ele tomadas; a outra, ao contrário, são as ações do Congresso Nacional, às quais ele se refere como “retaliação”, que se situam na ordem institucional, coletiva e que são deliberadas por suas instâncias e pelo corpo de seus integrantes, de forma legal e de maneira absolutamente legítima.

Sr.Presidente Paulo Paim, Srª e Srs. Senadores, depois de cometer toda espécie de crimes e transformar o órgão que dirige numa autêntica “cafua”, o Procurador-Geral da República, não satisfeito, quer agora afrontar acintosamente um poder republicano, seus colegiados e, mais ainda, seus membros legitimamente eleitos pela população.

Ao generalizar, política e partidariamente, um suposto cenário que ele quer fazer acreditar ser verdadeiro, o Sr. Roberto Gurgel Santos menospreza a totalidade do Parlamento brasileiro e desvia a atenção, como método de defesa contra as inúmeras e graves acusações que recaem sobre sua pretensa toga.

As provas contra ele são sobejas. Sua atual posição não lhe dá o direito de sequer falar em condutas – ele não tem o direito sequer de falar em condutas –, muito menos em retaliação ou ação orquestrada, já que é ele quem tem exercido o papel de malfeitor funcional, diga-se de passagem, com extrema maestria, digna dos melhores mestres do crime.

Declarações como essa, Sr. Presidente Paulo Paim, não se coadunam com o Estado democrático de direito, com os valores republicanos, muito menos com o avanço institucional que o Brasil requer. Pelo contrário, servem apenas para acirrar ânimos entre as instituições democráticas e, mais grave, fomentar mais ainda o esfacelamento em curso de nossos poderes e seus órgãos públicos.

O pior, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é que esse tipo de postura nada republicana conta com o apoio aveugle de parte da mídia, sempre excitada irresponsavelmente por escândalos políticos e crises institucionais, mas que, covardemente, se omite perante o que de fato ocorre nos porões de alguns gabinetes da Procuradoria-Geral da República. Ou seja, para esse pessoal, relatores no Parlamento, comissões deliberativas e órgãos de controle devem existir apenas para dar um ar de normalidade ao Brasil – e ai deles se extrapolarem esse papel subserviente aos interesses dos meios.

Infelizmente, essa visão caolha da democracia leva radicais da mídia a extremos. Quando contrariados, eles acusam os políticos de fazer política, os relatores de relatar e as instâncias de deliberar, de apurar e revelar fatos. Esses militantes, transviados de jornalistas, têm também uma visão bem particular do papel de uma comissão parlamentar de inquérito. Para eles, as CPIs, como qualquer outra instituição do Estado, devem servir aos interesses dos meios e não ao povo brasileiro. CPI boa para eles é aquela que eles podem manipular.

Nesse caso, Sr. Presidente, refiro-me em especial às denúncias que tenho feito em relação à conduta do Procurador-Geral e seus asseclas em vários episódios e às seis representações por mim apresentadas isoladamente, em diversificadas esferas de controle e julgamento, no tocante à inação do chefe maior do Ministério Público Federal frente ao inquérito da Operação Vegas, em que, à farta prova, prevaricou. Ou será que o Sr. Roberto Gurgel Santos imagina que, se não. houvesse a ação penal em curso, seus crimes, sua conduta, suas ações, inações e omissões não seriam desvendadas, denunciadas e que passariam despercebidas? Com quem ele, o Procurador-Geral da República, pensa que está lidando? Com um poder acéfalo e com centenas de parlamentares apedeutas, descomprometidos e irresponsáveis? Não, senhores, ledo engano seu!

O fato, Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, é que os crimes do Sr. Roberto Gurgel Santos começaram a aparecer exatamente quando se revelou as relações de um ex-Senador com o Sr. Carlos Cachoeira. Os desdobramentos dos fatos, por meio das investigações da CPMI, é que mostraram, para todo o país, o modus operandi e os métodos rasteiros do Procurador-Geral da República na condução de processos envolvendo autoridades com prerrogativa de foro.

Ou seja, ele, o Procurador-Geral da República, opta pelo sobrestamento, pelo engavetamento e pela inação propositada como instrumento de poder, de pressão e de chantagem. Esta é a sua conduta.

Soma-se a isso o fato de que, dessas revelações iniciais, derivaram outros métodos por ele adotados, como a concentração de processos daquela natureza, ou seja, com prerrogativa de foro, nas mãos de sua esposa, a Subprocuradora-Geral da República e sua manus longa Cláudia Sampaio Marques. Do mesmo modo, revelou-se seu costume de vazar ou mandar vazar a revista Veja – sempre ela – documentos, informações e depoimentos sob segredo de Justiça.

Também ficou demonstrada a aptidão do Procurador-Geral para perseguir e barrar nomes de supostos desafetos seus ao Conselho Nacional do Ministério Público utilizando-se de meios subterrâneos como dossiês falsos e documentos apócrifos, visando tão-somente desabonar seus adversários. Ou seja, ele, sim, o Sr. Roberto Gurgel Santos, é que é dado às ações orquestradas contra autoridades com prerrogativa de foro e à retaliação. Ele, sim, a pratica contra supostos desafetos no âmbito da política interna do Ministério Público Federal.

Infelizmente, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é essa espécie de autoridade, esse pesado tuiuiú que representa e comanda a instituição republicana encarregada de defender os interesses da sociedade.

Nesses casos envolvendo o Procurador-Geral da República, a aplicação direta da teoria do domínio do fato mostra-se aquém, insuficiente e subliminar às suas práticas. Quando muito, a teoria pode ser utilizada como peça subsidiária. Seu papel em todos os crimes por ele cometidos vai além da simples condição de conhecedor e dominador dos fatos em função do posto de hierarquia mais alta. A verdade é que o Sr. Roberto Gurgel Santos é o agente principal, autor direto dos fatos na maioria dos crimes que tenho denunciado. Ele não só tinha o domínio dos fatos como detinha o domínio dos atos.

O mesmo, Sr. Presidente, pode-se dizer em relação à direção da Veja frente à coabitação criminosa de seus jornalistas com o grupo contraventor.

Aliás, sobre esse núcleo Civita-Policarpo, trata-se de um outro capitulo, em que se agrava a condição de dominar os fatos, para a índole de fabricar os fatos.

No que se refere ao indiciamento do Sr. Policarpo Jr. – também conhecido pela alcunha, no mundo do crime, como “Caneta”, “Poli”, “Júnior” e outros –, proposto pelo relator da CPMI, faço questão de trazer ao conhecimento da Casa trecho de um artigo recente do experiente jornalista Paulo Nogueira, ex-editor dessa revista Veja São Paulo, ex-diretor de redação da revista Exame, ex-diretor da editora Globo. Ao comentar o relatório da CPMI, apresentado na última semana por S. Exª o Deputado Odair Cunha, o jornalista assevera:

“Os telefonemas trocados entre Cachoeira e Policarpo (…) revelam uma intimidade inaceitável no bom jornalismo, uma camaradagem que vai além dos limites do que é razoável".

“Por ter se tornado tão próximo de Cachoeira” – continua o jornalista – “por ter se tornado tão próximo de Cachoeira, ele ([o Caneta, o Sr.] Policarpo Jr.) acabou se deixando usar por um grupo no qual o interesse público era provavelmente a última coisa que importava. Logo, havia um envenenamento, já na origem, nas informações que ele recebia e [que ele] publicava. (…) é necessário que Policarpo enfrente o mesmo percurso de outros envolvidos neste caso. Ele deve à sociedade e ao jornalismo explicações.

“Teria sido infame não arrolá-lo. Isso teria reforçado a ideia de que jornalista é uma categoria à parte, acima do bem e do mal, acima da lei. [E não o é. Não o é!]

“Não existe nenhuma ameaça à ‘imprensa livre’, à ‘imprensa independente’ ou ‘imprensa crítica’, quando jornalistas são instados a se explicar à justiça. Essa é uma espécie de chantagem emocional e cínica que a grande mídia vem fazendo na defesa de sua própria impunidade e intocabilidade. Todos sabemos quantos horrores e desatinos editoriais são cometidos sob o escudo oportuno da ‘imprensa crítica’. Nos países desenvolvidos, no entanto, o quadro é outro.

Nesta mesma semana, a jornalista inglesa Rebekah Brooks, até pouco atrás, a rainha dos tabloides e favorita do seu ex-patrão Rupert Murdoch, foi indiciada pela Justiça britânica sob acusação de ter pagado propinas para policiais em troca de furos para um dos jornais que dirigiu, o Sun [aqui, fecho aspas].

Enfim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, resta mais que claro, por tudo que aqui tenho explicitado e denunciado, ser absolutamente normal e esperado o indiciamento e a inclusão no relatório final da CPI de nomes como Roberto Gurgel Santos e Policarpo Júnior, como bem concluiu o Deputado Odair Cunha em seu contundente, detalhado e preciso documento final.

Entretanto, por tudo que já provei e trouxe ao conhecimento desta Casa e da própria Comissão, vou apresentar ainda hoje uma série de sugestões por escrito a S. Exª o Relator, no sentido de incluir outros nomes desses dois núcleos do esquema criminoso apurado: o núcleo Civita/Policarpo e o núcleo Gurgel/Cláudia/Camanho. Aliás, Sr. Presidente, o Procurador da República Alexandre Camanho, vale aqui lembrar, além de ser o operador, o factótum do Sr. Roberto Gurgel Santos, é autoridade que se recusa a responder requerimentos com base na Lei de Acesso à Informação. Vejam que coisa! Ou seja, trata-se de um guardião da lei em defesa da sociedade, mas que, escancaradamente, descumpre a lei, talvez por se considerar acima dela. Afinal, de que o senhor tem medo, Sr. Camanho? O senhor tem medo do quê?

Assim, vou propor o indiciamento dele, Alexandre Camanho de Assis, dos Procuradores Lea Batista Oliveira e Daniel de Resende Salgado, bem como da Subprocuradora-Geral Cláudia Sampaio Marques, a manus longa do Gurgel. Da mesma forma, vou propor o indiciamento de Roberto Civita, Eurípedes Alcântara, Lauro Jardim, Hugo Marques, Rodrigo Rangel e Gustavo Ribeiro, todos de Veja, que lhes serve de coito.

Por fim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, apresentarei também emendas aditivas à PEC sugerida pelo Relator, de modo a acrescentar na composição dos Conselhos Nacionais de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) dois representantes da Defensoria Pública.

A medida permitirá um maior equilíbrio representativo das instituições jurisdicionais e evitará, com isso, um possível e indesejado controle majoritário dos colégios por parte de seus presidentes. Além disso, constará também de minha proposta novo dispositivo à Constituição para estabelecer que o presidente do Conselho Nacional do Ministério Público somente possa votar nos casos de empate, o que reverterá a indecente alteração no regimento interno do órgão promovida agora, há pouco, sempre nos esconsos daquela cafua em que se transformou a Procuradoria-Geral da República, promovida pelo Procurador-Geral, que permite a ele, como presidente do colegiado, votar duas vezes, ou seja, o voto como membro e o voto de minerva.

Minha expectativa, realmente, Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, é que o relator e o presidente da CPMI não cedam às pressões e não promovam um retrocesso nos trabalhos e nas conclusões da CPMI. Retirar nomes do Relatório final, a esta altura, seria uma afronta ao bom senso, um arremedo intempestivo e um atentado à justiça.

Ao contrário, entendo que podemos avançar ainda mais, no sentido de alcançar outras pessoas tão perniciosas quanto as já indiciadas e que não foram arroladas no documento final. Deixemos, assim, que a própria CPMI, por meio de seus integrantes, decida com independência, isenção e bom senso, o que for justo e mais adequado para a sociedade brasileira.

Era o que tinha a dizer, por enquanto, Sr. Presidente, Paulo Paim, Srªs. e Srs. Senadores.

Muito obrigado!

Brasília, 26 de novembro de 2012.

Abertura a estrangeiros atrai mão de obra
qualificada para o Brasil
(26nov2012)


Por Marcelo Ribeiro, reproduzido do sítio Agência T1

Para especialista, os nacionais já estão perdendo espaço no mercado de 
trabalho com a chegada de profissionais estrangeiros. Foto: Reprodução

Após pedidos da Espanha, Dilma deve avaliar um acordo, que posteriormente teria que passar pelo crivo do Poder Legislativo. Durante sua visita a Espanha, Dilma Rousseff conheceu mais uma evidência da relevância e poder de influência que o Brasil detém atualmente no cenário internacional.

Não apenas a receptividade do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, mas também os pedidos do Rei Juan Carlos para que o Brasil abra o mercado de trabalho para a contratação de espanhóis constaram na agenda da presidente brasileira durante sua visita.

Essa seria uma estratégia do governo espanhol para driblar as altas taxas de desemprego que assolam o país, considerando que mercados da Europa, como França e Alemanha já recebem espanhóis em busca de uma oportunidade.

Além disso, o monarca solicitou que mais empresas brasileiras investissem no país, visando a abertura de vagas de emprego no país. ”Estamos recebendo muitos estrangeiros em solo brasileiro que detém legalmente o visto de trabalho. O problema do Brasil é a falta de qualificação da mão de obra. Por isso, provavelmente Dilma tenha se visto obrigada a estender a mão à Espanha mesmo considerando as situações vexatórias que imigrantes brasileiros protagonizaram enquanto tentavam entrar na Espanha pouco tempo atrás”, avalia Ângela Maria Tsatlogiannis, professora de Direito Internacional das Faculdades Rio Branco.

Se anteriormente a Espanha era um dos principais destinos para brasileiros imigrantes, hoje a situação está empatada. Atualmente, cerca de 100 mil espanhóis vivem no Brasil – número similar à quantidade de brasileiros vivendo na Espanha.

“Desta maneira, podemos dizer que o Brasil não está sendo solidário e o benfeitor do país, considerando o fato de que receberemos pessoas qualificadas para novos cargos que surgirão com o mega eventos que serão sediados no país.”, explica Ângela Maria.

Vale lembrar que em 2007, mais de 11 mil brasileiros não conseguiram entrar em território espanhol. Ao longo dos anos, esse número é cada vez menor, refletindo talvez um interesse dos espanhóis pelo mercado brasileiro. No ano passado, o número barrados atingiu 1.402.

Depois de muitas situações constrangedoras que ganharam repercussão mundial, o Brasil decidiu instaurar medidas de reciprocidade que dificultassem a entrada de espanhóis no território brasileiro.

Depois que assumiu o governo do país e diante da crise, Rajoy resolveu se aproximar de Dilma e promover mudanças para a entrada de brasileiros no país.

Indagada sobre a conveniência da solicitação dos espanhóis neste momento de fragilidade econômica, Ângela Maria considera que “esse é um pedido de socorro por parte deles. Pedem para que o Brasil contrate pessoas qualificadas da Espanha, porque sabem que o nosso mercado precisa. Para que isso se concretize é preciso que ocorra a assinatura de um acordo entre os dois países com base recíproca, onde haveria a abertura mútua. Além da vontade do Executivo, é necessária a aprovação do nosso legislativo”.

Para ela, os nacionais já estão perdendo espaço no mercado de trabalho com a chegada de profissionais estrangeiros. “É bom começarmos a fazer manifestações para ver se essa atitude traz alguma inquietação no povo”, conclui.

Fonte: Brasil Econômico

Menos rancor e mais sinceridade de propósitos,
é do que precisamos
(26nov2012)


O clima denso e difícil que vivemos hoje no planeta e, infelizmente, em nosso país remeteram-me às leituras que fiz, em meus jovens anos (os verdes anos da juventude), de publicações espiritualistas, quando, como boa parte dos jovens, se busca compreender o conjunto da vida em todas as suas extensões e sob todos os aspectos disponíveis. Nesse período tive acesso a livros ditados pelo espírito de Ramatis cujos teores ficaram fortemente marcados em minha memória, embora posteriormente eu tenha me afastado das questões espiritualistas para me envolver com a vida material e com as responsabilidades profissionais que me distanciaram mais e mais daquela campo. A condição de geólogo, professor universitário, pesquisador etc. etc. empurraram-me, poder-se-ia dizer assim, para um campo de ceticismo maior quanto àquilo não mensurável, não visível, não aparente.

Mas arrepios estranhos e intuições são coisas que fica mais difícil de a gente afastar ou impedir. São e estão em nós e no nosso cotidiano.

Agora, com o advento cada vez mais cantado do fim dos tempos pelo calendário Maia, a curiosidade leva-me a reler algumas daquelas obras que ainda permanecem em minhas estantes.

Por quê? Porque o amplo acesso ao mundo da informação via internet com todos os seus instrumentos, tem me mostrado uma parafernália de irresponsabilidades, de desrespeito às pessoas e à verdade, com pessoas e entidades sempre prontas a atacar e destruir qualquer coisa que possa ser promissora em favor da coletividade. Tudo em nome da cobiça, do poder, da manutenção de privilégios materiais, do maior enriquecimento de quem já foi sempre muito rico. Jornalistas não se pejam de assassinar reputações sem qualquer base em fatos, comentaristas em páginas da internet falam o que bem entendem daqueles que colocaram como seus desafetos no campo da política, e tudo com base em troca de factoides sem qualquer base na realidade, mas unicamente com base no desejo irrefreável de destruir, arrasar, moer.

Vemos a Europa submergindo numa crise absurda para satisfazer o sistema financeiro internacional. Vemos o Brasil solapado a cada dia com milhares de acusações cruéis e maldosas contra autoridades que, mesmo que de leve, geram uma política de redistribuição de rendas. O ódio está presente na maledicência, e também começa a gerar respostas no mesmo nível de virulência. Nada disso é bom para nós, para a população em geral. As massas assimilam essas mensagens midiáticas e muitos vão se tornando em transferidores das violências do campo literário ou do virtual das redes sociais para o espaço público das ruas. Os “formadores de opinião” pouco se incomodam, ou até preferem, que suas palavras gerem medo, mortes, agressões... Aos corruptos, que não surgiram somente após 2002, todos sabemos, pouco se lhes dá se sua sede por poder e dinheiro gera outro tanto de medo, mortes, agressões, miséria, sofrimentos, desagregações familiares...

Então, a sensação que me passa, face ao descaramento com que esses personagens melífluos da mídia e da política, entre os de outras áreas de nossa sociedade, é a de “fim de festa”. Vamos tomar tudo rapidinho, porque a festa está para acabar. Vamos aproveitar e nos chafurdar em nossos fazeres deletérios para usufruirmos do prazer que nos traz esse poder, para agredirmos a quem nos dê na telha ou a quem possa parecer se tornar um obstáculo aos nossos amigos, também sôfregos por riquezas e poder.

Por isso, resolvi que doravante participarei com muito mais cuidado na divulgação de textos em meu blog, tentando evitar o acirramento desse clima horrível ora instalado entre nós todos.

De outro lado, venho buscando resgatar algumas daquelas leituras que para mim fizeram muito sentido há muitos anos, e que o desenrolar dos acontecimentos no planeta desde então só parecem vir a confirmar pelo menos a sensatez daqueles conteúdos.

O livro “Mensagens do Astral”, ditado pelo espírito de Ramatis e psicografado por Hercílio Maes, foi publicado em 1956, mas as comunicações de Ramatis foram feitas entre 1948 e 1949. Foi a minha primeira leitura espiritualista mais incisiva em suas assertivas a que tive acesso e que sempre ficou meio que como pano de fundo para minha percepção e leitura dos fatos à minha volta. Abafadinho, mas estava lá.

Estes são alguns dos elementos que contextualizam o período em que o livro foi publicado, a década de 1950:
– Realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 1950.
– A TV Tupi, inaugurada em setembro de 1950, é o primeiro canal de televisão da América Latina.
– Começa a Guerra da Coreia em 25 de junho de 1950. A guerra termina em 27 de julho de 1953.
– A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) organiza o primeiro Campeonato Mundial de Fórmula 1, em 1950.
– Em fevereiro de 1951 começam os primeiros Jogos Pan-Americanos. O evento esportivo ocorre na Argentina.
– Em 6 de fevereiro de 1952 Elizabeth II torna-se rainha da Inglaterra.
– Criação da empresa estatal Petrobrás em 1953.
– Em 24 de agosto de 1954 ocorre o suicídio do presidente do Brasil Getúlio Vargas.
– Em 16 de setembro de 1955 um golpe militar na Argentina tira do poder o presidente Juan Perón.
– Em outubro de 1955 Juscelino Kubitschek é eleito presidente do Brasil.
– Em plena Guerra Fria é assinado, em 1955, o Pacto de Varsóvia (tratado de defesa militar que envolvia os países socialistas do leste europeu, comandados pela União Soviética).
– Lançamento do primeiro satélite, o Sputinik I, em 1957.
– Em 1957 o Sputinik II coloca em órbita da Terra o primeiro ser vivo, a cadela Laika.
– Assinado o Tratado de Roma, em 1957, estabelecendo a Comunidade Econômica Europeia (CEE).
– Em 1959 ocorre a Revolução Cubana.
– Começa, em 1959, a Guerra do Vietnã.
– O estilo musical brasileiro Bossa Nova começa a fazer sucesso.
O que me atraiu na leitura de Ramatis foi o seu tom pouco conciliador, bem diferente daquele utilizado pelos religiosos em geral. Ele não fala de um Deus antropomorfizado, cheio de quereres e sentimentos humanos. Ele cita, sim, uma Lei Cósmica onde eventos são estabelecidos sem a interferência milagrosa de qualquer entidade. Segundo ele, sequer Jesus, espírito da mais alta hierarquia a encarnar neste planeta, rompeu com as leis da natureza. Assim, os “milagres” citados na Bíblia não foram exatamente milagres, mas a mobilização de energias existentes tanto no entorno físico de Jesus quanto aquelas provenientes de seu potencial mobilizador de energias espirituais.

Em seu livro, Ramatis afirma que um planeta cujo plano orbital não coincide com o plano orbital dos planetas do Sistema Solar passará suficientemente perto da Terra a ponto de influenciar, com seu magnetismo, os fenômenos naturais de nosso planeta. Haverá interferência em todo o conjunto planetário em nível geológico e em nível climático.

Para esse planeta, que ele denomina de Absinto, migrarão as almas daqueles que não terão condições de afinidade com o ambiente de uma nova era na Terra. A partir das mudanças energéticas e espirituais da Terra, haverá de se implantar aqui a ambiência da fraternidade e da justiça, nos parâmetros definidos pelo Evangelho.

Ramatis não afirma em nenhum momento que o mundo será dos religiosos, mas sim daqueles que, em seu labor diário, lutam por igualdade, justiça, cooperação, respeito ao próximo, mesmo que se afirmem ateus. A afinidade se dá pelos atos e pensamentos, e não pela segurança da filiação religiosa utilizada por muitos como um escudo protetor para suas mazelas e desrespeitos aos próprios ensinamentos que as religiões transmite.

Ou seja, ninguém estará “salvo” a priori.

Quem Ramatis afirma que será considerado o joio a ser separado do trigo?

“...o outro grupo [o joio] (...) será representado pelos maus, compondo a triste caravana dos que emigrarão para um orbe inferior, em relação com o seu padrão anticrístico. É o dos que planejam os arrasamentos das cidades pacíficas; os técnicos impassíveis que movem botões eletrônicos para destruição a distância; os cientistas satânicos que operam nos desvãos dos laboratórios, na preparação dos engenhos da morte; os que exaurem fosfatos na busca de meios mais eficientes para assassinatos coletivos nos matadouros ou nas matas verdejantes; os que criam indústrias para o fabrico de instrumentos criminosos; os autores de engenhos malignos que transformam os aviões da fraternidade em monstros vomitadores de bombas infernais. E a triste caravana será ainda engrossada com outros contingentes humanos provindos das corrupções administrativas: os que se locupletam com os bens públicos e dificultam o leite para a criança, o asilo para o velho, o agasalho para o desnudo e o hospital para o indigente; as almas venais que transformam a consciência em balcão; os exploradores sensacionalistas das desgraças alheias; os jornalistas, escritores, tribunos e políticos que instigam ou defendem as forças do ódio, indiferentes à edificação superior da consciência das massas e à educação essencial da criança. Este é o séquito a caminho da implacável retificação no ‘habitat’ sombrio de outro mundo tão agressivo e impiedoso quanto as suas próprias consciências e que se tornará o regaço materno não só dos que obrigam as mãos que lavram o solo pacífico a tomar armas para o extermínio fratricida, como daqueles que insuflam o ódio racial e contribuem para o desaparecimento da paz; dos que industrializam as graças divinas a troco da moeda profana; dos que pregam a fraternidade promovendo a separatividade e empregam os recursos da violência para a conversão dos infiéis. Como egoístas, impiedosos, avaros, fariseus e salteadores de “traje a rigor”, terão que se sujeitar aos pródromos de outra civilização humana, no exílio provisório à ‘esquerda’ do Cristo.” (destaques meus)

Perguntado sobre se Deus não perdoaria aos seres que se convertessem na hora derradeira, Ramatis afirma:

“Não alimenteis as falsas ilusões que as religiões criaram a esse respeito. O perdão exige uma premissa, que é a ofensa. Ninguém pode perdoar sem ter aceito ou considerado a ofensa correspondente. Portanto, para que Deus perdoe, é necessário conceber-se que, antes disso, se sentisse ofendido! Uma vez que Deus não se ofende – pois é o Absoluto Criador Incriado – não precisa perdoar. Ele é a Lei Suprema, cujo objetivo se revela na consecução da felicidade do espírito. Demais, o perdão à última hora (...) não modifica o conteúdo íntimo da alma, a qual necessita reeducar-se para se harmonizar com as esferas de vibração mais pura.”