A imprensa tem criticado com insistência os livros didáticos de Português escolhidos pelo MEC pelo fato de os mesmos abordarem o tema da variação linguística e de como se trabalhar com ela em sala de aula.
Eu tenho um livro desse autor intitulado Dramática da língua portuguesa e me deliciei com sua leitura. Marcos Bagno defende, entre outras coisas, que a variação culta da língua é instrumento de discriminação. Nós vimos muito isso quando a própria imprensa e muitos de nossos conhecidos criticavam o modo de falar do presidente Lula.
O fato é que Lula poderia até dizer "nós vai", por exemplo, mas mostrou que sabia muito bem para onde ia. Pior são aqueles que dizem "nós vamos" e não sabem onde estão e nem para onde vão (essa fala é sua, Domingues, e a estou tornando mais pública aqui).
Portanto, a leitura do texto que Marcos Bagno publicou em seu site é uma leitura necessária para os interessados em nossa língua portuguesa brasileira e nas implicações do uso de suas variações linguísticas. Para ler o artigo intitulado "Discussão sobre livro didático só revela ignorância da grande imprensa", clique aqui. Para acessar o sítio de Marcos Bagno, clique aqui.
Indico para leitura, também, o artigo "Por uma vida melhor: por que abolir os conceitos de “certo” e “errado" (clique aqui), da professora Daniela Jakubaszko, que é assim apresentada no blog Mulheres de Fibra (clique aqui):
... bacharel em lingüística e português pela FFLCH-USP, mestre e doutora pela ECA-USP. Desistiu de ser professora depois de dar aula por 15 anos e virou redatora porque não agüentava mais ouvir: "você trabalha além de dar aulas?"
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