Segue aqui o próximo capítulo do livro "Brasil, Terra de Promissão", publicado em 1969, ditado pelo espírito de Ramatis e psicografado por América Paoliello Marques.
Os capítulos anteriores, postados neste blog acompanhando a ordem em que são postos no livro, mas com títulos de chamada elaborados por mim, são:
O Brasil sob um ponto de vista espiritualista (ver AQUI)
As funções das etnias constituintes do povo brasileiro (ver AQUI)
Breve análise da história do Brasil do ponto de vista da espiritualidade (ver AQUI)
O papel da coletividade brasileira ante a derrocada dos valores materiais da Terra (ver AQUI)
Amálgama e constituição de um novo patriotismo no Brasil (ver AQUI)
A laboriosa formação do povo brasileiro como humilde mensageiro sobre a Nova Era (ver AQUI)
O Brasil é uma nação que foi preparada para as mudanças que virão (ver AQUI)
A herança espiritual brasileira (ver AQUI)
A verdadeira liderança somente pode ser exercida por quem se identifica com os que sofrem (ver AQUI).
O desencadeamento de forças negativas provoca uma necessidade de reação positiva (ver AQUI).
Parte II - Realização
4 – Obstáculos
PERGUNTA — Para a realização das tarefas reservadas ao nosso povo, quais os obstáculos maiores a serem vencidos?
RAMATIS — Os maiores obstáculos a serem superados resumem-se todos num único — a falta de conhecimento da Lei de Deus.
PERGUNTA — Como poderíamos interpretar tal afirmação, tendo em vista os séculos de doutrinação cristã introduzida em nossa Terra com seu próprio descobrimento?
RAMATIS — Bem vos expressais com a ideia de "doutrinação cristã" porque o que se tem feito em realidade é intensificar a doutrinação, descuidando-se da observância dos princípios capazes de manter vivo o espírito que vivifica. O aspecto literal do Cristianismo vem sendo esmiuçado das mais diversas formas. Porém, como bem se pode concluir, onde o espírito não tem acesa a sua chama, a letra permanece morta, como um cadáver que se putrefaz à proporção que o tempo passa. Então, procuram embalsamá-lo, vesti-lo, colorir suas faces, para dar-lhe aparência de vida. Constrói-se um mausoléu, procurando chamá-lo de "casa", porém, a ausência de vida reinante no ambiente dos templos dedicados ao culto de tais ideias, por mais férteis que fossem inicialmente, contagia de um desânimo irreprimível as almas que recorrem às "casas de Deus", onde o calor primordial da fé já desapareceu.
Templos frios, mantêm as almas enregeladas. É verdade que elas, por não haverem conhecido outra interpretação do Cristianismo, sofrem uma desvitalização congênita sem se aperceberem, como se alguém, criado na penumbra, nunca pudesse sentir falta da luz esplendorosa do Sol, a não ser por uma insatisfação constante, julgada natural por não conhecer outro estado.
O maior obstáculo, portanto, ao advento da realização cristã que devereis levar avante encontra-se na característica do apego à "letra que mata" com abandono do "espírito que vivifica".
PERGUNTA — Há alguma causa especial à qual possamos atribuir essa deficiência?
RAMATIS — Sim. A tendência generalizada na Humanidade encarnada para esquecer seus deveres espirituais.
PERGUNTA — Seria este o único obstáculo? Não haverá circunstâncias independentes da vontade humana que também representem obstáculos?
RAMATIS — Os obstáculos naturais representados pela necessidade de moldar o ambiente físico e social seriam, por assim dizer, o exercício natural das faculdades em desenvolvimento. A atitude displicente em relação a essa necessidade de exercitar capacidades novas é que representa o verdadeiro obstáculo, ou seja, o desconhecimento da Lei de Deus que é — esforço, doação, dedicação ao Bem em todas as suas manifestações.
PERGUNTA — Em virtude da Humanidade se ter conduzido sempre nesses moldes de "displicência em relação aos deveres espirituais", consideramos que seria necessária uma reforma integral da filosofia de vida reinante na Terra para que o povo brasileiro surgisse como um líder à altura da missão que lhe cabe. Que dizeis?
RAMATIS — Todos esses contratempos estão sendo levados em conta nos planejamentos elaborados no Espaço. Os obstáculos aparentes que, de modo geral, são enumerados como barreiras ao progresso da coletividade brasileira são somente manifestações secundárias de males enraizados no espírito humano há milênios. Acontece que até hoje as coletividades formadas têm sido conduzidas de maneira a cumprir missões que, embora falhando parcialmente, não deixaram de produzir alguma forma de progresso. A evolução da coletividade terrestre foi sendo acrescida de valores parciais, falhos quase sempre em seus fundamentos cristãos, mas necessários a uma coletânea de valores para o progresso material do planeta. Porém, no momento, há uma fase de decisões inadiáveis no setor da "filosofia da vida". É a hora da Humanidade renovar seus planos de ação como uma necessidade premente. Aquela possibilidade de realização parcial chegou ao seu termo, pois o acúmulo de displicência no setor filosófico, representado pela reforma de atitudes, provocou uma situação de crise, cuja solução não pode mais ser adiada.
PERGUNTA — Qual seria a forma adequada de conduzirmos a situação, para obtermos vitória sobre os obstáculos que se opõem à realização dos planos da Espiritualidade em relação ao futuro de nossa Terra?
RAMATIS — Saber esperar que a vontade de Deus siga seu curso no que diz respeito às situações externas, sem, no entanto, negligenciar a parte de colaboração que diz respeito a cada qual. Dar de si tudo o que for necessário, como o operário que, humildemente, carrega alguns tijolos para a construção de uma obra gigantesca, da qual não pode perceber o contorno amplo demais para a sua capacidade de identificação.
Eis a forma pela qual o cristão sempre foi chamado a agir. Em todas as épocas a mensagem do Cristo foi sempre a mesma: Amor a Deus, representado pela capacidade de saber esperar, e Amor ao próximo, pelo sentimento de solidariedade humana.
Como vedes não haverá necessidade senão de pordes em prática os princípios básicos do Cristianismo.
PERGUNTA — Perdoe-nos um comentário muito humano, porém, sentimos que esse é o programa mais áspero que já foi entregue à Humanidade, em virtude da fraqueza espiritual que a caracteriza. Pelos séculos de fracasso total ou parcial, há em nós uma desesperança congênita, capaz de fazer esse programa parecer impossível de ser realizado. Que nos dizeis?
RAMATIS — Realmente, se utilizarmos medidas absolutas, características dos sentimentos extremados e primitivos, seria perfeita utopia sonhar com a realização de tal programa. Porém, para os que amadurecem, espiritualmente falando, nuances aperfeiçoadas vão surgindo na capacidade de compreensão.
Quando dizemos que o Amor a Deus e ao próximo constituem a solução para o problema da vitória sobre os obstáculos à missão de paz e ventura reservada ao vosso povo, não vos estamos entregando uma fórmula mágica, para cuja manipulação necessitaríeis de iniciação especial e cujos efeitos seriam semelhantes a um "abre-te Sésamo". Reafirmamos um princípio básico da Espiritualidade que precisará ser seguido a duras penas, mas que ainda representa o "jugo leve" capaz de conduzir o viajor ao seu objetivo de renovação espiritual.
E muito belo acompanhar pacientemente, como convém a toda obra duradoura, a transformação das coletividades em fases de renovações decisivas. Em meio à espuma dos detritos representados pelo negativismo milenar que em tudo se insere, lampejos de Amor verdadeiro surgem como faíscas nas almas ainda inseguras de suas atitudes cristãs. Pequenos pontos luminosos começam a surgir na longa noite da incompreensão humana, e a treva, em certos pontos vencida, começa a transformar-se em penumbra.
PERGUNTA — Compreendemos esse fenômeno representado por lampejos de espiritualidade nas almas ainda incipientes no Bem. Porém, como sempre sucedeu assim, não sentimos qual o fator que na fase atual promoverá a preponderância desse Bem assim tão "diluído" no erro, decidindo a vitória final.
RAMATIS — Não vos afirmamos uma transição brusca. Justamente por ela não ser possível é que a vitória vos parece obscura. Porém, por sinais esparsos, ela já se anuncia para quem tenha "olhos de ver".
Tendes razão quando considerais impossível uma vitória definitiva do Bem nas condições atuais da Humanidade. Ela só será possível na razão direta da persistência exercitada pelos que se dedicam à vitória dos princípios cristãos. Longe de condenarmos vosso espírito racional, que vos segreda ser impossível realizar modificações radicais, louvamos a análise clara do problema que viveis. Dela poderá surgir uma capacidade maior de realização, baseada em observações corretas do panorama espiritual em que atuais.
PERGUNTA — Sentimo-nos encorajados pela afirmação de que bastará o cultivo persistente dos princípios básicos cristãos para ser atingido o objetivo do planejamento espiritual, apesar de todas as nossas deficiências. À primeira vista, esse esforço humilde pareceu-nos insuficiente para a conquista de objetivo tão precioso.
RAMATIS — Este esforço humilde será suficiente no que diz respeito à vossa participação, isto é, na parte que poderíamos classificar de "lado humano" da situação. Haverá, porém, uma programação paralela constituída pelo desencadear de fatos provocados pela lei de causa e efeito. Tais fenômenos contribuirão para a transformação radical, capaz de influir na valorização crescente dos pontos de vista espirituais, para a elaboração das normas de conduta humana. A catástrofe — resposta inevitável ao desrespeito das leis cósmicas —desempenhará o papel de detonador psíquico capaz de destruir as barreiras opostas até hoje à passagem livre dos caminheiros humildes que levam consigo a chama da boa-vontade.
Inebriados com o brilho falso e ofuscante do intelectualismo inconsistente, os homens têm vivido como à luz de fogos-fátuos que, por muito numerosos, produzem um clarão generalizado, porém, intermitente e incapaz de sustentá-los em uma caminhada mais longa para a espiritualidade. Por serem numerosos e emocionantes os clarões produzidos pelo conjunto desses fogo-fátuos, seus veiculadores riem-se dos peregrinos humildes que levam consigo a lâmpada despretensiosa dos obreiros do Amor Cristão, ou, simplesmente, ignoram sua participação disciplinada e obscura no panorama terrestre.
Infelizmente, ainda não perceberam que a alegria momentânea e incompleta dos clarões da intelectualidade mal conduzida provém da putrefação dos despojos de uma civilização cuja capacidade vital esvaiu-se. Os habitantes deste cemitério espiritual que é o planeta conduzem-se como os desencarnados incapazes de sentir sua condição. E no panorama formado pelos jazigos das ideias redentoras tristemente desprezadas, absorvem-se de tal forma na alegria dos clarões produzidos pela queima de reservas orgânicas provenientes da desintegração, que consideram melancólicos os viajores que cruzam os seus caminhos como seres cansados e muitas vezes desiludidos. Estes últimos veem a situação. Sabem que cruzam um cemitério onde foram enterrados os ideais de fraternidade que se decompõem dia a dia. Por isso trazem o semblante abatido e parecem derrotados na sua insensatez de caminhar com a lanterna de luminosidade frágil, porém persistente — a boa-vontade cristã. Contemplam a condição de loucura e inconsciência que se apossa de seus irmãos, porém permanecem na rota sem poderem influir decisivamente na renovação dos pobres iludidos pela fixação mental do intelecto desorientado.
PERGUNTA — Do que ficou dito, poderíamos concluir que o desenvolvimento intelectual vem sendo um entrave à renovação espiritual do homem?
RAMATIS — Os homens já conseguiram, compreender que um instrumento em si não costuma ser mau nem bom. O uso que dele é feito decide a sua qualificação.
A mente humana dispõe, em estado latente, de possibilidades infinitas de desenvolvimento que ainda não sois capazes de pressentir. A intelectualidade é o degrau inicial cujo sabor generoso embriaga os menos avisados.
O homem intelectualizado muitas vezes procede como alguém que, tendo aprendido a ler, inebriou-se com a felicidade de armazenar conhecimentos e habitua-se a sorver voluptuosamente o prazer de conhecer cada vez mais dentro do hábito adquirido de analisar, indefinidamente, o panorama da vida em todos os aspectos. A análise caracteriza o labor do intelecto que tudo esmiúça e classifica, proporcionando ao homem uma sensação de satisfação e domínio sobre os fenômenos estudados.
Porém, dominar a compreensão dos mecanismos e orientar os fenômenos analisados fornecendo ao planeta o aspecto material aprimorado, embora seja um passo avançado no caminho da evolução, não representa ainda a vitória máxima a ser alcançada no plano mental. Suas faculdades superiores encontram-se ainda por ser desenvolvidas e, na maior parte das vezes, o sabor inebriante da intelectualidade serve para distrair o homem que se esquece de que não deve parar aí.
O intelecto é análise e síntese do plano mental inferior. Capacita o homem a investigar os processos mentais relacionados com indagações capazes de modificar o panorama espiritual a partir de introduzi-lo na responsabilidade de ser participante da economia universal num limite antes nunca imaginado. Porém, para que ele assuma as proporções generosas de um verdadeiro colaborador na vida cósmica, será preciso sentir a natureza íntima de sua constituição total.
Como afirmamos, o intelecto é parte da mente mas não é a mente. Existe um setor inexplorado pela o mental superior — que abre campo à investigação hoje iniciada com o nome pomposo de parapsicologia e que nada mais representa do que a multimilenar atividade espiritual do homem, classificada com nome científico ao gosto do século.
Se o homem não se encontrasse tão inebriado com suas possibilidades intelectuais recém-descobertas, poderia sentir, sem sombra de dúvida, de forma imediata, a unicidade dos conhecimentos espirituais esparsos pelos séculos e reagrupá-los formando um corpo de verdades capazes de orientá-lo em suas investigações atuais. Infelizmente, por ter obtido sucesso sem precedentes através do desenvolvimento intelectual, descrê do valor existente em investigações que lhe parecem não ser dignas de crédito, pelo simples fato de não se encontrarem enquadradas, com perfeição, dentro dos moldes costumeiros de suas elucubrações mentais.
Aquela sublime intuição que foi sempre o "norte" pelo qual se guiaram todos os grandes construtores do mundo, aquela força que inspira e conduz os homens que ultrapassam a medida comum, não pode ser sentida pelos que se fecham em suas bibliotecas apaixonados por sua forma limitada de investigação científica, incapaz de permitir a abertura de novas portas. Tão inebriados se encontram a contemplar a lombada luxuosa de sua biblioteca mental que se esquecem ou desprezam a possibilidade de haver por trás das estantes de um saber secular compartimentos secretos dignos de serem investigados.
Se fossem capazes de buscar pacientemente os segredos da mente humana, veriam mover-se as estantes e abrir-se por trás delas passagens que os conduziriam a amplas paragens, onde o inverossímil tomaria forma de realidade, para demonstrar que a felicidade do conhecimento começou a ser desvendada de leve pelo homem terreno.
Portanto, a intelectualidade não constitui um obstáculo, mas, sim, a forma pela qual vem sendo usada. Constitui um degrau precioso cujo domínio pode abrir ao homem panoramas mais amplos. Com a experiência e os valores adquiridos nesse setor — o intelecto — poderá mais facilmente avançar nos meandros do espírito imortal. Poderá sentir como é grandioso o plano da Criação e estará apto a receber melhor os esclarecimentos relacionados com os outros setores de sua própria constituição espiritual. Isto porém só sucederá se for capaz de afastar a vaidade de que foi possuído desde o momento em que sentiu o valor das ilimitadas possibilidades espirituais existentes em seu intelecto. Para que não estacione aí, precisa admitir que algo existe a ser explorado no campo da mente, algo que exige uma atitude não ortodoxa, para ser encontrado o fio de Ariadne no labirinto da intrincada psicologia humana.
Enquanto essa atitude de isenção de ânimo não for encontrada, enquanto o desafio da vida for encarado como um insulto à sapiência oficializada, realmente a intelectualidade que poderia ser mais um recurso na busca da verdade, será venerada como deusa onipotente e ultrajada pelos "mistificadores que se entregam a práticas absurdas".
Por sua vez, os que se dedicam abnegadamente à investigação dos valores mentais superiores, rasgando os véus que até hoje ocultaram as verdades do espírito, podem, temporariamente, prescindir das conquistas intelectuais e penetrar no domínio das forças mentais superiores. Porém, por uma contingência inevitável do progresso, terão que desenvolver a base mental do intelecto para se poderem sentir equilibrados nos altos cumes da espiritualidade.
Os valores do mental superior e do mental inferior devem ser desenvolvidos equilibradamente para ser obtido o efeito harmonioso do equilíbrio espiritual na grande escalada da evolução.
Portanto, consideramos que todos os obstáculos, capazes de impedir a harmonização sonhada pelo homem no paraíso terrestre, são decorrências da falta de humildade encarada em seu verdadeiro sentido de — ajustamento psicológico. Já dizia a lenda bíblica que o fruto do conhecimento do Bem e do Mal fora a causa do afastamento do homem do Paraíso. Ao amadurecer para o conhecimento o homem costuma envenenar-se por imprimir direção inadequada às suas investigações. Por esse motivo prejudica seu equilíbrio interior por julgar-se acima das leis eternas, somente por haver chegado ao conhecimento e domínio de algumas. Perde então a noção do lugar que lhe cabe na Criação, desajusta-se, privando-se da sublime alegria de uma participação consciente e amorável no plano geral da vida. Fecha-se num mundo de criações mentais particulares que em breve desviam-se do plano geral e o levam a entrar em choque com a harmonia universal. Termina por verificar que o fruto do conhecimento de que se alimenta encontra-se envenenado, quando já os efeitos dos males se fazem sentir em grande escala. Por esse motivo repetem-se os alertas e todas as almas capazes de voltar sobre seus passos poderão encontrar o caminho da harmonização interior, vencendo os obstáculos íntimos para se lançarem na empreitada de construir uma civilização nova, baseada nos princípios cristãos até hoje desvalorizados pela incompreensão dos sábios, limitados no conhecimento restrito de suas retortas, capazes de produzir o veneno da destruição dos ideais humanos de fraternidade e paz.
Precisaríamos, ainda, esclarecer que tais incompreensões não se encontram na dependência do credo político, mas decorrem de atitudes mentais cultivadas pelo homem em todas as condições. São a pesquisa da incompreensão inoculada pelo orgulho, o egoísmo e a vaidade, capazes de sugerir a cada ser a ideia ilusória de que seu valor será medido pela possibilidade de sobrepujar seu irmão. A ideia de Caim então encontra guarida e de certa forma penetra sutilmente através dos sentimentos antifraternos que se ampliam em escala crescente, até atingir os homicídios coletivos como exteriorização daqueles sentimentos de orgulho, vaidade e egoísmo para os quais a ciência material não encontra antídoto.
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