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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Líder da oposição, Associação Nacional de Jornais defende impunidade para a publicação de mentiras e calúnias (27jul2011)

Postagem do Blog do Passarinho Pentelhão datada de 23 de julho de 2011.

ANJ, aquela que se acha no dever de fazer oposição ao Governo Federal, mente tentando transformar o 'crime de calúnia' do jornalista equatoriano em 'crime de opinião'!!! ANJ, tu é muito cara de pau!!!

Ainda o caso do jornalista condenado por calúnia no Equador. Depois do escandalozinho corporativo de ontem com a defesa, em uma página inteira, do direito da imprensa mentir sem ser punida, algo parecido com o que ocorre no Brasil, o jornal O Globo de hoje, dia 23/07/2011, sossegou um pouco o facho e publicou uma matéria com menos de um quarto de página.

Bem, passaríamos direto não fosse nos depararmos com a participação da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Sim, aquela mesma cuja presidenta, a Sra. Judith Brito, diretora da Folha de S. Paulo, declarou que a imprensa deveria assumir o papel da oposição, que, coitadinha, estava muito debilitada em sua opinião. Vejamos o trecho com a participação da entidade militante:
No Brasil, a ANJ lembrou "que a aplicação de penas de prisão para delitos de opinião é uma prática autoritária que tem sido revogada pelos países democráticos". "Mais que punir supostos delitos, a medida visa intimidar os meios de comunicação daquele país por meio de uma sentença incumprível, mas supostamente exemplar", assegurou.
Ai, ai, ai, ai, ai!!! Além de militante é uma entidade mentirosa! Quem está falando de "delito de opinião"??? O jornalista equatoriano Emilio Palacio está sendo julgado por acusar o presidente equatoriano Rafael Correa de ter ordenado fogo contra um hospital, o que ele nega. Opinião é uma coisa, acusação outra bem diferente!!!

Vejamos o que nossa amiga Míriam Leitão falou hoje em sua coluna:
"A estrutura de transportes no Brasil é calamitosa e produz estatísticas aterradoras de mortes e perdas econômicas."
Mesmo em artigo em que nossa patronesse do Partido da Imprensa Urubu (PIU) dá um voto de confiança a Dilma no combate à corrupção, encontramos tais sentenças. Ela faz isso há oito anos e meio. Contra esta conduta, empreendemos o bom combate político, brincamos, sacaneamos, mas jamais pedimos punição! Porque Míriam Leitão tem todo o direito de achar que está tudo errado, de achar que nada vai dar certo, de achar o que ela quiser. Mas não tem o direito de acusar sem provas!!! Não tem o direito de dizer, por exemplo, hipoteticamente falando, que Dilma deu ordens para que o exército abrisse fogo contra um hospital!!! Isso não seria, é claro, uma opinião e sim uma acusação! Uma acusação grave!!! Neste caso, sim, o normal é que ela fosse punida.

Mas Pentelhão, como é que você sabe que o jornalista equatoriano está mentindo??? Resposta: não sei.

E nem tenho que saber! Cabe a quem faz uma grave acusação ter certeza do que está falando. E mais, ter provas da acusação que está fazendo. Ou não??? E aí, podemos especular, se o Sr. Palacio tivesse provas, já as teria apresentado e não só não seria condenado, como o presidente Rafael correa ficaria com problemas sérios para se manter no posto.

Portanto, querida ANJ - o jornal não informa quem falou pela Instituição militante -, não minta em sua defesa corporativista do jornalista equatoriano. Não fale em "delito de opinião", pois não é por ter emitido uma opinião que ele está sendo julgado. Em último caso, tenha coragem e defenda o direito da imprensa fazer a acusação que quiser, tendo ou não provas, sem receber nenhum tipo de punição. É mais ou menos o paraíso! É mais ou menos o que existe no Brasil!

Lula ficou devendo a regulamentação da mídia.

Abraços, Passarinho Pentelhão.

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