Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro (Louis Moreau Gottschalk)
Orquestra Sinfônica de Berlin
Filho de um negociante Judeu de Londres e de uma haitiana Creole, Gottschalk nasceu e foi criado em Nova Orleans onde foi exposto a uma grande variedade de influências musicais. Aprendeu a tocar piano muito cedo e logo foi reconhecido como um prodígio neste instrumento. Em 1840 deu seu primeiro concerto público no hotel St. Charles.
Dois anos depois foi para Europa estudar retornando em 1853 para os Estados Unidos.
Foi como aluno de Berlioz que herdou o gosto por concertos de proporções gigantescas, com a participação de mais de mil executantes entre regentes instrumentistas e cantores.
Uma viagem a Cuba em 1854, marcou o início de uma série de viagens à America Central e América do Sul e, em meados de 1860, Gottschalk havia se estabelecido como o mais importante pianista do Novo Mundo.
Em 1865 ele foi forçado a deixar os Estados Unidos e escolheu retornar ao Brasil.
A Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, é de grande sucesso no repertório não só de nossos pianistas, como nos de outros países. A música, baseada no original de Francisco Manoel da Silva, foi dedicada à Condessa d”Eu , a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II que, como todos sabem, assinou em 1888, a Lei Áurea, acabando com a escravidão no Brasil.
A estréia da Grande fantasia Triunfal ocorreu no Rio de Janeiro em 1869, num grande concerto, sendo executada por 650 músicos.
Segundo historiadores, em carta que escreveu para seus amigos nos Estados Unidos, Gottschalk afirmou :“ Os meus concertos no Brasil são um verdadeiro furor… o Imperador, a família Imperial e a Corte não perderam um só dos meus concertos e a minha “Fantasia Triunfal” agradou a D. Pedro II. Cada vez que me apresento, tenho que tocar essa obra… “.
Gottschalk faleceu no Rio de Janeiro em 1869 no seu quarto do hotel na Barra da Tijuca.
Para quem preferir ouvir (e ver) a obra magistralmente tocada em piano, aqui está um vídeo com a pianista brasileira Eudóxia de Barros:
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