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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Carros mexicanos são "lobos vestidos de cordeiros" (12fev2012)

Acordo automotivo é com México, não com os EUA

Por Fernando Brito | Do Tijolaço


Foi preciso que uma agência de notícias estrangeira – a Reuters - viesse esclarecer as razões do governo brasileiro sobre o acordo com o México, que isenta de taxação a importação de automóveis entre os dois país.

Passamos uma semana ouvindo “sumidades” dizendo que o Brasil reclamava do acordo porque, de alguns anos para cá, a balança virou em desfavor de nosso país, quando antes nos era benéfica.

Aí vem a Reuters e explica: o problema é que, segundo uma fonte ouvida pela agência, atualmente “apenas 20 por cento das peças dos carros produzidos no México  e importados para o Brasil são produzidas naquele país e o restante é proveniente dos Estados Unidos, usando acordos firmados no âmbito do Nafta”.

O Nafta, como se sabe é o North American Free Trade Agreement, Tratado de Livre Comércio da América do Norte, que isenta de impostos a importação entre México, EUA e Canadá.

Nestas condições, estamos comprando mais de US$ 2 bilhões em veículos, na prática, fabricados nos EUA, com isenção de impostos que estamos negando aos chineses e coreanos. Foram 134, 6 mil  veículos em 2011, 80% a mais do que em 2010.

Mais que um contra-senso, um absurdo.

A mídia brasileira, porém, prefere tratar como se fosse um problema com o México. Não é. É com o Tio Sam de sombrero que o Nafta criou.

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