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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tribunal de Lyon, França, condena Monsanto por envenenamento (15fev2012)

Monsanto condenada por “envenenamento” em França

Do sítio BE Internacional

Paul François, por Getty Images

Monsanto, o gigante norte-americano dos transgénicos e pesticidas, foi condenado por um tribunal francês numa acusação posta por um agricultor devido a envenenamento com herbicida.

“É uma decisão histórica porque é a primeira vez que um fabricante de pesticidas é considerado culpado por um envenenamento”, declarou François Lafforgue, advogado do agricultor que apresentou a queixa.

O autor do processo contra o grupo Monsanto foi Paul François, de 47 anos, que em tribunal afirmou que foi vítima de problemas neurológicos, incluindo perda de memória, dores de cabeça, náuseas e problemas de fala depois de ter inalado Lasso, um herbicida fabricado pela multinacional. Os factos remontam a 2004 e o agricultor acusou Monsanto de não inscrever as informações adequadas nos rótulos das embalagens.

A sentença foi proferida por um tribunal de Lyon e pode encorajar outros cidadãos nas mesmas circunstâncias a recorrerem aos tribunais.

O herbicida em causa já foi retirado do mercado em França em 2007 depois de o mesmo ter acontecido em outros países na sequência de uma Directiva da União Europeia sobre a utilização de pesticidas.

França, a maior potência agrícola da União Europeia, tem um programa de redução em 50 da utilização de pesticidas entre 2008 e 2018. Nos dois primeiros anos de aplicação registou-se um corte de quatro por cento.

O grupo Monsanto declarou-se “desapontado” com a sentença e estuda a possibilidade de recorrer. “Sempre considerámos que não existiam elementos suficientes para estabelecer uma relação causal entre os sintomas de Paul François e um eventual envenenamento”, declarou o advogado da multinacional, Jean-Philippe Delsart.

O agricultor francês argumenta que no seu caso não pode haver quaisquer dúvidas quanto à relação de causa e efeito porque inalou o herbicida quando limpava o tanque onde tinha preparado o produto para aspersão.

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