Macho man
Village People
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A Câmara Municipal da maior cidade brasileira acaba de aprovar uma lei fantástica que estabelece o Dia do Orgulho Heterossexual. Já não era sem tempo. Vemos por aí quão úteis são os edis paulistanos, debruçando-se sobre tão nobre causa.
O vereador Carlos Apolinário, do DEM, vem há anos tentando aprovar a criação desse Dia, em nome da moral e dos bons costumes. Nada mais justo.
Os heterossexuais constituem uma minoria continuamente ridicularizada ou vítima de cacetadas pelo simples fato dos casais (homem e mulher) serem vistos abraçados em público. Beijar, então, nem pensar; é capaz de dar morte.
Os pobres heterossexuais estão estressados e deprimidos, com medo de andar na Avenida Paulista e encontrarem radicais de extrema-direita, que podem explodir uma lâmpada fluorescente ou então partir para eles com golpes de jiu-jitsu.
Essa maioria dominante de negros, nordestinos, homossexuais e outros privilegiados no campo social não dão espaço para os heterossexuais, principalmente os brancos, viverem em paz suas vidinhas.
Por tudo isso, o vereador está de parabéns, bem como a Câmara de São Paulo. Conseguiram colocar essa cidade no rol das mais avançadas e modernas cidades do mundo. Certamente virão aplausos de toda parte. Todo paulistano vai se orgulhar dos sujeitos que elegeu para os representar (31 corajosos legisladores) no poder legislativo municipal.
Esses vereadores devem deixar os desvalidos heterossexuais muito felizes por serem o que são, reafirmando o orgulho de sua natureza.
Quem sabe agora eles deixem de apanhar e passem a bater com orgulho nessa cambada de gays, negros e migrantes etc. que tanto infelicitam suas vidas (ou seus complexos).
Leia o que Eduardo Guimarães escreveu no Blog da Cidadania sobre o troca-troca dos machões na Câmara.
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