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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

domingo, 19 de junho de 2011

PiG parece defender interesses em superfaturar nas megaobras da Copa 2014 (19jun2011)

Fez-se um estardalhaço na grande mídia sobre o Regime Diferenciado de Contratações aprovado pelo Congresso para ser aplicado às licitações referentes às obras para a Copa 2014 e a Olimpíada 2016.

A acusação que a mídia faz ao governo é a de que os custos das obras serão sigilosos, facilitando a ocorrência de superfaturamentos etc.

Na verdade, explicou a presidenta, o sigilo será somente quanto ao valor que o governo poderia pagar pela obra, deixando de dar às empreiteiras um balizamento para a formação de cartéis. Os empresários terão que fazer suas propostas "no escuro", sem saber até quanto o governo pretendia pagar.

Mas os valores de contratação e o acompanhamento da execução dos contratos serão normalmente fiscalizados pelos organismos competentes, bem como serão acessíveis à população. A ideia é o governo conseguir, de fato, os melhores preços nas licitações.

Aí o PiG (Partido da imprensa Golpista) grita. Isso contraria as expectativas dos empresários (que sustentam o PiG com suas verbas publicitárias), portanto, contraria o PiG. Então começam a fazer circular falsas interpretações sobre a lei.

No sítio português Record encontra-se a matéria que transcrevo a seguir, publicada em 17 de junho de 2011.

Presidente brasileira desdramatiza sigilo nas licitações para Mundial'2014 e para Jogos Olímpicos'2016

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou esta sexta-feira que houve "má interpretação" pelos jornalistas do trecho do projeto de lei que prevê sigilo para orçamentos de obras do Mundial'2014 e dos Jogos Olímpicos'2016, grandes eventos desportivos que serão realizados no Brasil.

A chefe de estado afirmou que a medida é uma prática para conseguir preços menores para as obras. "Eu lamento a má interpretação que deram sobre esse ponto", disse Dilma Rousseff, segundo o jornal "Folha de S. Paulo", um dos mais conceituados do país.

Dilma Rousseff destacou que "em momento algum" os valores das obras serão escondidos dos órgãos de controlo.

A presidente comentava, durante o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, as reportagens veiculadas hoje pela imprensa brasileira.

Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-básico do RDC (Regime Diferenciado de Contratações), que simplifica os mecanismos de licitação para os eventos, a fim de acelerar as obras. O projeto ainda pode sofrer alterações.

A imprensa brasileira tem divulgado que o texto dificultará o acesso da sociedade a informações sobre os orçamentos. Não será possível saber, por exemplo, em quanto os gastos de uma obra ultrapassaram o previsto.

Dilma Rousseff explicou esta sexta-feira que o sistema de ocultar o orçamento já é usado pela União Europeia e pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico, para evitar a formação de cartel.

O ministro brasileiro do Desporto, Orlando Silva, também rebateu as críticas, utilizando argumentos semelhantes aos da presidente Dilma.

"Se (as empresas) descobrirem os valores que o governo tem para a obra, vão pedir algo próximo desse preço, o que não é justo. Agora, o preço não será mais em função da capacidade de pagar, mas terá como base o custo real da obra", afirmou o ministro.

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