Professores da Universidade Federal do Tocantins irão paralisar as atividades no próximo dia 21
Por Shara Rezende
SESDUFT
Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) deliberam por unanimidade o indicativo de greve para o dia 21 de junho. A decisão foi tirada em assembleia geral, realizada na última na última segunda-feira, 13.
Durante todo o dia, os docentes dos sete campi irão paralisar suas atividades com intuito de discutir a situação dos docentes e avaliar o movimento. Uma nova assembléia será realizada para deliberar ou não pela greve.
“O indicativo de greve é uma questão precedente e necessária para mobilização, conscientização da categoria e também para levantar os argumentos prós e contra para a deliberação da greve”, destaca Vinicíus Pinheiro Marques, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFT (SESDUFT).
Marques esclarece que os docentes da UFT estavam em estado de greve desde o dia 17 de novembro do ano passado. Ou seja, a partir daquela data foram estipuladas metas a serem cumpridas e estratégias de ação para conscientização da categoria sobre a importância da luta por um melhor plano de carreira e salário.
“Vamos participar de um encontro do setor das Instituições Federais Ensino Superior (IFES) nos dias 17 e 18 de junho em Brasília para discutir com outras seções sindicais sobre como está a mobilização em outros estados e a negociação com o governo. E a partir destas informações é que nós, professores, decidiremos em assembleia geral no próximo dia 21 se entraremos em greve ou não”, acrescenta.
O presidente da Seção Sindical convida os três segmentos da universidade formada por docentes, discentes e técnicos para discutir sobre a greve. “Afinal todos sofrem prejuízos com a precarização do ensino nas suas mais diversas formas, quer pela questão estrutural e falta de professores e laboratórios, tanto como pela má remuneração de seus docentes e técnicos, além da falta de condições adequadas de trabalho e carreira”, finaliza Marques.
Para o tesoureiro da SESDUFT, Paulo Cleber Mendonça Teixeira, o indicativo de greve trata-se de uma resposta ao Governo que não atende as pautas de reivindicações da categoria. “Entendemos que uma greve agora é urgente sob um contexto de congelamento dos salários dos funcionários públicos federais até 2019”, observa.
Teixeira afirma que há também a precarização de contratos e perda de direitos trabalhistas, angustiando a base do movimento dos docentes. “A luta é dura, e convocamos todos os colegas a aderirem ao movimento como forma de forçar o governo a negociar de verdade”, declara o tesoureiro.
Fonte: ANDES-SN
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