Jovelina das Cruzes na Batalha de Jericó
Uma certeza e uma dúvida pousavam minha mente sobre a Marcha para Jesus realizada nesta quinta-feira, 23/06/2011.
- em meio à multidão de cerca de 1,5 milhão, segundo a PM, e de 5 milhões, segundo a organização do evento, haveria de ter ao menos uma família em cujo seio familiar exista um homossexual, e que pode até ser a família de algum pastor.
- como famílias evangélicas, seguidoras dos líderes contrários à união homo afetiva, lidam com seus parentes homossexuais?
Muito embora a certeza e a dúvida estivessem intimamente satisfeitas, ao me deparar com o artigo “Marcha para Jesus vira ato contra união homoafetiva” do Ricardo Galhardo, no portal iG, pude confirmar através da intervenção de uma senhora evangélica de 68 anos o que para mim já estava esclarecido.
A intervenção rápida de dona Jovelina das Cruzes em uma reportagem desfez por completo o discurso de mais de dez minutos do pastor Silas Malafaia. Discurso este com ares até de ódio em determinados momentos, que transformou, o que era para ser, a pregação da tolerância, em pregação da intolerância.
As poucas palavras da senhora Jovelina das Cruzes desmoronou a fortaleza dos altos e largos muros da intolerância do pastor Silas Malafaia e da multidão que o aplaudia.
“Vocês estão falando sobre o que não conhecem. Meu sobrinho é gay e é um rapaz maravilhoso. Ótimo filho, muito educado, muito honesto e estudioso. Já o meu filho é machão e vive batendo na esposa, não respeita ninguém, não para no emprego.”
“Cuidado, tia. Se o pastor escuta a senhora falando uma coisa dessas ele não deixa mais a senhora entrar na igreja”. Replicou o jovem que estava sendo entrevistado. O que contradiz a afirmação do pastor Silas Malafaia de que “ama os homossexuais” e afirma minha convicção quanto à possível frequência de um homossexual em um culto evangélico.
A mulher de 68 anos venceu o pastor e a multidão.
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