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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bill Gates quer ouvir Lula (7abr2011)

Ser ex-Presidente no chamado mundo civilizado pode ser muito rentável. Isso, considerando não as verbas públicas nem os favores que muitos ganham e às vezes até merecem. Me refiro tão somente ao belíssimo mercado das palestras presidenciais.

Num mundo onde a maioria parece incapaz de pensar com a própria cabeça, os Bernardinhos da vida nadam de braçada. Nenhum demérito, obviamente. Existe competência e dinheiro sobrando pra isso. Mas é curioso ver como verdadeiramente há muita gente disposta a ouvir o que o ex-bambambam de alguma coisa tem a dizer.

Obviamente o mercado nasceu e floresceu nos Estados Unidos, onde a figura presidencial é venerada tal qual o imperador japonês durante a Segunda Guerra. Na América, não se idolatra necessariamente o ocupante do cargo, mas sim, o cargo, institucionalmente falando. O americano tem amor incondicional ao Presidente. Seja ele um imbecil criminoso como George Bush ou um cara mais tranquilo como Jimmy Carter. Se o cidadão não enriquecer como Presidente (Bush já era rico, ms ficou triliardário com as tomadas de petróleo mundo afora), poderá ficar rico como palestrante.

Afinal, 500 mil dólares por umas duas horinhas de conversa com a platéia é um dinheiro respeitável.

Nessas bandas, Fernando H. Cardoso, o que entregou o Brasil aos americanos, costumava se jactar de ser bem remunerado mundo afora. Verdade seja dita, até não era mentira. O detalhe é reparar em quem o contratava. Sempre os amigos de outrora. Afinal, uma mão lava a outra. E assim continua no tal iFHC, uma boquinha pra subsidiar os gastos não baixos do ex-mandatário do Brasil colônia.

Quando o país deixou de ser anexo da América, o ex-Presidente Lula também subiu no mercado das palestras. As notícias dão conta que empresas importantes estão pagando boas quantias para vê-lo falar como é que se faz pra tirar um país da quebradeira e devolvê-lo ao time da elite em apenas 8 anos. Acontece que muitas empresas pretendem fazer o mesmo, mas até agora, só rezavam pela cartilha neoliberal da Escola de Chicago. Nunca pararam pra pensar que dava pra ser diferente e ainda assim, continuar ganhando muito dinheiro. Já perceberam que a Escola de Chicago só trazia benefícios para quem era amigo (ou dava muito dinheiro) do rei. Para os outros, sobravam só as migalhas. Deste modo, em um mercado competitivo onde nem todo mundo é um empresário criminoso, ter idéia de como tirar o pé do atoleiro é uma ótima coisa.

Na outra ponta, esse blog não deixa de dar risadas sarcásticas. É que Lula, o tal ignorante do macacão sujo de graxa dá baile no almofadinha da Sorbonne até quando deixa o cargo. Como já dito e repetido neste insosso espaço, nada como um dia depois do outro.

Clique aqui para ler a reportagem (tímida) do Globo a respeito do Lula palestrante.

Extraído do blog Anais Políticos, postagem de 6 de abril de 2011.

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