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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

domingo, 10 de abril de 2011

Secretaria da Aviação Civil tem tudo para decolar (10abr2011)

A presidenta Dilma Rousseff fez uma revolução na aviação civil, que permite uma avaliação de que esse modal de transporte tem tudo para decolar. Senão vejamos:

1. Retirou a aviação civil do âmbito do Ministério da Defesa, transferindo os seus órgãos para o âmbito da Presidência, garantindo a prioridade necessária para superar os problemas históricos e fazer avançar uma área que tem a demanda por transporte que mais cresce no país.

2. Criou a Secretaria da Aviação Civil, com status de ministério, vinculando a Infraero e a ANAC a essa secretaria e, portanto, à Presidência.

3. Indicou Antonio Gustavo Matos do Vale, um experiente executivo, para presidir a Infraero, que já se saiu muito bem na primeira entrevista à imprensa, repercutida aqui neste portal.

4. Hoje (5/4/11), a presidenta Dilma indicou Wagner Bittencourt, Diretor do BNDES, para ser o ministro da aviação civil. Lembrar que Bittencourt construiu sua carreira no BNDES, tendo sido um dos responsáveis pelo estudo realizado pela consultora McKinsey, que fez um profundo diagnóstico da aviação civil brasileira, apontando um rol de medidas institucionais e de investimentos necessários para garantir uma logística de passageiros e de cargas aéreas com uma qualidade equivalente a dos países que estão mais desenvolvidos nesse modal.

Muita gente não acreditava que a presidenta conseguisse retirar a aviação civil do controle dos militares.

Muita gente não acreditava que ela conseguisse resistir à pressão dos partidos políticos na indicação do presidente da Infraero.

Muita gente não acreditava que o governo sinalizaria para a iniciativa privada que pretende tê-la como parceira operacional na gestão de parte do sistema aeroportuário.

Tudo isso foi realizado em apenas três meses, culminando com a indicação de um executivo de carreira do BNDES para levar a cabo a missão institucional da Secretaria de Aviação Civil.

Esse conjunto de ações, costurado politicamente com muita habilidade para não gerar ruídos indesejáveis, fundamentam o nosso juízo de que essa secretaria tem tudo para decolar.

José Augusto Valente – Diretor Técnico da Agência T1

De Agência T1 em postagem de 5 de abril de 2011.

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