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Geólogo e professor aposentado, trabalho este espaço como se participasse da confecção de um imenso tapete persa. Cada blogueiro e cada sitiante vai fazendo o seu pedaço. A minha parte vai contando de mim e de como vejo as coisas. Quando me afasto para ver em perspectiva, aprendo mais de mim, com todas as partes juntas. Cada detalhe é parte de um todo que se reconstitui e se metamorfoseia a cada momento do fazer. Ver, rever, refletir, fazer, pensar, mudar, fazer diferente... Não necessariamente melhor, mas diferente, para refazer e rever e refletir e... Ninguém sabe para onde isso leva, mas sei que não estou parado e que não tenho medo de colaborar com umas quadrículas na tecedura desse multifacetado tapete de incontáveis parceiros tapeceiros mundo afora.

sábado, 23 de abril de 2011

Leilão da água em Cuiabá (23abr2011)

Abaixo reproduzo uma postagem de 19 de abril de 2011 do blog Guerrilheiros virtu@is, sobre a privatização da água em Cuiabá. É impressionante como o poder público pode sequer pensar em se desfazer de um bem coletivo, essencial à vida, estratégico para a sobrevivência das gerações futuras, passando-o para a iniciativa privada para que a mesma lucre explorando um dos recursos naturais mais disputados no mundo, a água potável.

E ainda usando o velho truque neoliberal do tucanato entreguista: sucatear para "vender". Na verdade, doar a sabe-se lá quem e sabe-se lá com quais interesses envolvidos. Temos que ficar atentos. Daqui a pouco não poderemos sequer coletar a água da chuva, quando toda a água for propriedade, por concessão, a empresas possivelmente com vínculos estrangeiros.


Hoje, a Câmara de Cuiabá pegou fogo, ou melhor, a água pôs fogo nos ânimos dos alinhados ao alcaide que apenas dizem sim e aqueles que se rebelam e mesmo sendo a minoria, fazem ecoar a voz da razão.

Fico me perguntando com a maioria na Câmara de que tem medo o alcaide?

Será que quer deixar a empresa mais sucateada e desmoralizada para com isso fazer um tipo camuflado deságio para vender?

Pode ser.

O que o alcaide não contava é com o espírito de luta na defesa do patrimônio público de tantas entidades, de políticos que começam a emprestar seu nome e prestígio.

Acho que alguns já se tocaram que o dinheiro dessa venda será para implementar o carro-chefe da reeleição do vice-prefeito no exercício da função.

Além disso, livra-se da responsabilidade pelo sucateamento e pela má gestão da empresa pública.

Hoje, aqueles mais servilistas deram aulas de geografia.

Alguns conhecem cidades e podem falar com autoridade.

Muito citada a cidade de Campinas, que na verdade não é apenas ela, mas toda uma região metropolitana e – pasmem – podem dizer com segurança que tudo o que lá acontece é bom e que o povo está feliz.

Sugiro aqueles que servem ao alcaide que demonstrem através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito como está a situação da empresa, quem são os maiores devedores, quem são os maiores credores da SANECAP e de que forma essa dívida foi contraída.

Dizer que a empresa pública não é viável, então porque tem empresa interessada em adquirir?

Seria muito mais fácil o alcaide dizer que não tem nenhum nome daqueles que integram seu staff capaz de gerir a SANECAP.

É claro que ele não irá admitir isso, pois se assim o fizer daqui a pouco será uma ilha, tal a qualidade e o desempenho de seus assessores.

Assim, quer fazer a grande liquidação do patrimônio público, embora seja cruel, a SANECAP será para as intenções privatistas um teste.

Se for permitida, depois dela será, aos poucos, mutilado o patrimônio.

Há pessoas do staff do alcaide pensando em privatizar a merenda escolar.

Pode?

Esse espetáculo ionesco, o hilário é perceber que absurdamente a comédia que nos faz rir, é a nossa própria história.

Como afirmamos, queremos pontuar o nome dos vereadores que terão a cara de pau em vender o patrimônio do povo.

É absurdo pensar que pessoas com reputação agora são servis aos interesses do alcaide, já não pensam, nem falam, sem antes o consultar.

Hilda Suzana Veiga Settineri

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